Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/09/2005 - 17h17

Documento liga Severino a empresário no caso "mensalinho"

Publicidade

da Folha Online

O site da revista semanal "Veja" divulgou nesta terça-feira documento assinado pelo presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), datado de 2002, que prorroga a concessão para o restaurante do empresário Sebastião Buani no anexo 4 do Congresso até 2005.

Severino havia negado a assinatura desse documento, que na prática autoriza um período total de 5 anos de concessão para o restaurante de Buani. A revista afirma que submeteu o documento a um especialista, que confirmou sua autenticidade.

O empresário Buani está no centro do mais novo escândalo que atinge o Legislativo: a suspeita de que o presidente da Câmara tenha recebido propina de Buani --o chamado "mensalinho"-- para estender a concessão.

Se confirmada sua legitimidade, a assinatura de Severino constitui um complicador para sua situação à frente da presidência da Câmara: à época da assinatura, o deputado do PP era primeiro-secretário da Casa e não tinha, portanto, autoridade para estender a concessão.

De acordo com a revista, a comprovação de que Severino realmente assinou tal documento constitui quebra de decoro e crime previsto pela Lei das Licitações --beneficiar de forma ilegal um concessionário de serviço público-- com pena prevista de 2 a 4 anos de cadeia.

Polêmica

Pode se datar o início do "inferno astral" de Severino a partir de sua entrevista à Folha de S. Paulo, publicada no último dia 30. Na entrevista, ele defendeu penas mais brandas para os parlamentares que foram beneficiados por saques das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O teor das declações provocou polêmica na Casa e um bate-boca que ganhou as páginas dos jornais entre Severino e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ).

No final de semana passado, as revistas semanais trouxeram reportagens com as primeiras denúncias sobre o suposto pagamento de propina a Severino. Conforme as revistas, Severino teria recebido um "mensalinho" de R$ 10 mil ao longo de 2003 de Buani, sócio da empresa Buani & Paulucci Ltda. O presidente da Câmara negou o recebimento da propinas.

O deputado seria pago para permitir que o empresário renovasse os contratos de arrendamento que mantinha com a Câmara. Buani comanda a rede de restaurantes Fiorela --um deles fica localizado no 10º andar da Casa. Ontem, o empresário negou o pagamento de propina, durante depoimento à comissão de sindicância da Câmara.

No texto publicado em seu site, a revista "Veja" revela que sua fonte para a primeira reportagem foi o ex-empregado de Buani e ex-gerente do restaurante da Câmara, Izeilton Carvalho, que presta depoimento nesta tarde à Polícia Federal.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre Severino Cavalcanti
  • Leia o que já foi publicado sobre a empresa Buani e Paulucci Ltda
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página