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06/09/2005 - 18h21

Aleluia e Gabeira acreditam que oposição pedirá hoje a saída de Severino

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da Folha online

O líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), e o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) reafimaram nesta terça-feira que a oposição deverá encaminhar ao Conselho de Ética pedido de abertura de processo contra o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), por quebra de decoro parlamentar.

Ainda hoje, PV, PSDB, PFL, PDT e PPS deverão se reunir para tratar do assunto. Ontem, o grupo havia pedido que Severino se afastasse por conta própria até a conclusão das investigações. Severino descartou a possibilidade.

"Espero que ele [Severino], diante dessa divulgação, faça o que nós sugerimos ontem à ele: renuncie. Caso contrário, nós é que vamos tomar as providências", afirmou Aleluia.

O site da revista semanal "Veja" divulgou hoje documento assinado por Severino, datado de 2002, que prorroga a concessão para o restaurante do empresário Sebastião Buani, no anexo 4 do Congresso até 2005.

Severino havia negado a assinatura desse documento, que na prática autoriza um período total de cinco anos de concessão para o restaurante de Buani. A revista afirma que submeteu o documento a um especialista, que confirmou sua autenticidade.

Aleluia informou que durante a reunião a oposição deverá avaliar o que já foi divulgado do caso antes de tomar qualquer medida. "A nação não aceita ter um Congresso dirigido por alguém que está envolvido em denúncias de corrupção."

Da mesma maneira, Gabeira afirmou que a divulgação do documento só fortaleceu ainda mais a entrega de um processo contra Severino no Código de Ética da Câmara.

"Ele [documento] é inescapável. Consta a assinatura do Severino. Ainda não posso afirmar o que vamos fazer, até em respeito aos colegas, mas já posso afirmar que, com o documento, aumentou em 99,99% as chances da nossa entrada no Conselho de Ética da Câmara contra o presidente da Câmara".

Ontem, os parlamentares da oposição já haviam protocolado na Mesa Diretora da Câmara, documento pedindo o afastamento de Severino da Câmara, alegando que sem o seu afastamento, as investigações sobre o "mensalinho" seriam comprometidas.

O presidente da Câmara foi acusado de receber R$ 10 mil por mês de Sebastião Augusto Buani, da empresa Buani e Paulucci Ltda, para permitir que o empresário explorasse a concessão do restaurante Fiorella, no 10º andar da Câmara. O pagamento da propina teria sido feito por Buani para manter seu estabelecimento em funcionamento, mesmo após o fim de uma prorrogação de contrato.

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