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06/09/2005
-
20h43
PAULO PEIXOTO
da Agência Folha, em Belo Horizonte
O secretário de Finanças e Planejamento do PT de Minas Gerais, Carlos Magno Ribeiro Costa, admitiu hoje ter sacado dinheiro na conta da SMPB Comunicação, então vinculada ao empresário Marcos Valério de Souza. A manifestação do tesoureiro foi feita durante reunião da executiva estadual e só ocorreu porque deputados da bancada estadual exigiram a presença dele na reunião para explicar os saques. A cobrança é fruto da disputa interna que vive o partido.
Magno não deu entrevistas e o comando do PT mineiro também não detalhou o destino do dinheiro, alegando que o tesoureiro ainda vai produzir um relatório detalhado. Mas o partido admitiu, pela primeira vez, a ocorrência dos saques, mais de um mês após Valério revelar a lista dos beneficiados com dinheiro de suas contas.
Foram deputados que fazem oposição ao Campo Majoritário que anunciaram que Magno admitiu os saques, mas afirmaram que o destino dos recursos ainda não está totalmente explicado. Os recursos teriam sido gastos nas campanhas eleitorais de 2004 e com computadores para os diretórios municipais.
De acordo com a listagem entregue por Marcos Valério à CPI dos Correios, o tesoureiro do PT-MG teria recebido R$ 774 mil entre março e agosto de 2004. Na lista aparece também o nome de Rodrigo Barroso Fernandes, tesoureiro da campanha à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que nega. Na reunião da executiva, Magno teria dito que não sacou toda essa quantia.
O Campo Majoritário é a principal tendência petista. É responsabilizada pelas irregularidades envolvendo o esquema Valério-Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT nacional, com conhecimento dos dirigentes nacionais afastados pelo partido.
Ao deixar a reunião, o deputado estadual Durval Angelo, um dos candidatos à presidência do PT mineiro que se opõe ao Campo Majoritário, disse "achar estranho" muita coisa nessa história dos saques, como o fato de Magno dizer ter recebido os recursos sem conhecimento do comando do partido. Disse estranhar que essa questão até hoje não tenha sido totalmente esclarecida, sugerindo que o atraso se deve à disputa interna, que ocorrerá no próximo dia 18.
O deputado estadual Rogério Correia, também da esquerda petista, disse que, como integrante da executiva na época dos saques, nunca foi comunicado sobre as retiradas e o destino do dinheiro.
O secretário de Comunicação do PT, Renato Siqueira, ao confirmar o saque, disse que parte do dinheiro foi usado para pagar computadores. Ele disse que não poderia falar mais porque Magno ainda vai apresentar um relatório completo sobre os fatos e que essa questão continua sendo discutida. "O diretório nacional avocou para si essa questão toda, porque a situação que levou a isso foi provocada pelo Delúbio Soares. Esse trabalho ainda não foi concluído", afirmou.
Quando seu nome foi divulgado, o tesoureiro da campanha de Pimentel, Rodrigo Barroso Fernandes, negou em nota ter recebido R$ 274 mil. Na Polícia Federal, no início de agosto, ele se reservou ao direito de só falar em juízo. Em nota, o advogado dele, João Batista Oliveira Filho, disse que "Rodrigo reafirma que não realizou o saque em questão e que não entende como o nome dele foi parar nessa relação".
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Disputa faz PT-MG admitir que tesoureiro sacou na conta de Valério
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da Agência Folha, em Belo Horizonte
O secretário de Finanças e Planejamento do PT de Minas Gerais, Carlos Magno Ribeiro Costa, admitiu hoje ter sacado dinheiro na conta da SMPB Comunicação, então vinculada ao empresário Marcos Valério de Souza. A manifestação do tesoureiro foi feita durante reunião da executiva estadual e só ocorreu porque deputados da bancada estadual exigiram a presença dele na reunião para explicar os saques. A cobrança é fruto da disputa interna que vive o partido.
Magno não deu entrevistas e o comando do PT mineiro também não detalhou o destino do dinheiro, alegando que o tesoureiro ainda vai produzir um relatório detalhado. Mas o partido admitiu, pela primeira vez, a ocorrência dos saques, mais de um mês após Valério revelar a lista dos beneficiados com dinheiro de suas contas.
Foram deputados que fazem oposição ao Campo Majoritário que anunciaram que Magno admitiu os saques, mas afirmaram que o destino dos recursos ainda não está totalmente explicado. Os recursos teriam sido gastos nas campanhas eleitorais de 2004 e com computadores para os diretórios municipais.
De acordo com a listagem entregue por Marcos Valério à CPI dos Correios, o tesoureiro do PT-MG teria recebido R$ 774 mil entre março e agosto de 2004. Na lista aparece também o nome de Rodrigo Barroso Fernandes, tesoureiro da campanha à reeleição do prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, que nega. Na reunião da executiva, Magno teria dito que não sacou toda essa quantia.
O Campo Majoritário é a principal tendência petista. É responsabilizada pelas irregularidades envolvendo o esquema Valério-Delúbio Soares, o ex-tesoureiro do PT nacional, com conhecimento dos dirigentes nacionais afastados pelo partido.
Ao deixar a reunião, o deputado estadual Durval Angelo, um dos candidatos à presidência do PT mineiro que se opõe ao Campo Majoritário, disse "achar estranho" muita coisa nessa história dos saques, como o fato de Magno dizer ter recebido os recursos sem conhecimento do comando do partido. Disse estranhar que essa questão até hoje não tenha sido totalmente esclarecida, sugerindo que o atraso se deve à disputa interna, que ocorrerá no próximo dia 18.
O deputado estadual Rogério Correia, também da esquerda petista, disse que, como integrante da executiva na época dos saques, nunca foi comunicado sobre as retiradas e o destino do dinheiro.
O secretário de Comunicação do PT, Renato Siqueira, ao confirmar o saque, disse que parte do dinheiro foi usado para pagar computadores. Ele disse que não poderia falar mais porque Magno ainda vai apresentar um relatório completo sobre os fatos e que essa questão continua sendo discutida. "O diretório nacional avocou para si essa questão toda, porque a situação que levou a isso foi provocada pelo Delúbio Soares. Esse trabalho ainda não foi concluído", afirmou.
Quando seu nome foi divulgado, o tesoureiro da campanha de Pimentel, Rodrigo Barroso Fernandes, negou em nota ter recebido R$ 274 mil. Na Polícia Federal, no início de agosto, ele se reservou ao direito de só falar em juízo. Em nota, o advogado dele, João Batista Oliveira Filho, disse que "Rodrigo reafirma que não realizou o saque em questão e que não entende como o nome dele foi parar nessa relação".
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