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07/09/2005
-
14h46
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O controlador geral da União, ministro Waldir Pires avaliou nesta quarta-feira que a crise política não deve "se arrastar até o final do ano". Pires foi um dos 24 ministros que acompanharam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Desfile Cívico Militar de Sete de Setembro em Brasília.
"Eu creio que a crise não demorará tanto tempo. Ela está findando. Os mecanismos de investigação estão funcionando. Os diversos Poderes estão produzindo resultados", disse Pires.
O ministro preferiu não comentar as novas denúncias de corrupção envolvendo o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), acusado de receber propina para a renovação de um contrato de concessão de restaurante na Casa. Segundo Waldir Pires, o governo vai se manter distante desta questão.
"Esta é uma crise que está dentro dos muros da Câmara", afirmou.
Indagado sobre a decisão de Severino de se manter no comando das investigações procedidas na Câmara, atuando como réu e juiz ao mesmo tempo, Pires afirmou: "Este é um problema da Câmara. Eu tenho uma limitação absoluta de conduta para comentar o caso. O certo é que a Câmara tem seus mecanismos regimentais para apurar os fatos."
"Toda crise política é aberta para todos as iniciativas. Eu acho que as crises vão por etapas. Elas vão se definindo. O importante é que as ações dos Poderes continuem a produzir resultados para fazer com que a nossa democracia seja cada vez mais próxima dos cidadãos", disse Pires.
O ministro contestou as críticas de que a CGU teria demorado a perceber a corrupção no governo, em especial nos Correios. Foram as denúncias de cobrança de propina nos Correios que detonaram a crise política que atinge o país há quase quatro meses.
Pires afirmou que é preciso dar credibilidade para as investigações, em especial às auditorias feitas pelo governo. "Auditoria é uma coisa séria que precisa ganhar credibilidade. A CGU está auditando contratos feitos desde 1998. Constatamos que as irregularidades tem sido a prática. A diferença é que hoje se investiga."
Pires e o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, refutaram a tese de que o público se ausentou do Desfile de Sete de Setembro neste ano devido à crise política.
Para Furlan, a sociedade tem demonstrado interesse pela Semana da Pátria, que tem programação prevista até domingo. "As comemorações foram feitas a semana inteira. Os sete dias. Até domingo o público comparecerá. A meninada veio."
Cerca de 30 mil pessoas estiveram no evento, segundo a Polícia Militar. O público representa metade do que compareceu no ano passado, de acordo com os dados da PM.
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Para Waldir Pires, crise política está terminando
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da Folha Online, em Brasília
O controlador geral da União, ministro Waldir Pires avaliou nesta quarta-feira que a crise política não deve "se arrastar até o final do ano". Pires foi um dos 24 ministros que acompanharam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Desfile Cívico Militar de Sete de Setembro em Brasília.
"Eu creio que a crise não demorará tanto tempo. Ela está findando. Os mecanismos de investigação estão funcionando. Os diversos Poderes estão produzindo resultados", disse Pires.
O ministro preferiu não comentar as novas denúncias de corrupção envolvendo o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), acusado de receber propina para a renovação de um contrato de concessão de restaurante na Casa. Segundo Waldir Pires, o governo vai se manter distante desta questão.
"Esta é uma crise que está dentro dos muros da Câmara", afirmou.
Indagado sobre a decisão de Severino de se manter no comando das investigações procedidas na Câmara, atuando como réu e juiz ao mesmo tempo, Pires afirmou: "Este é um problema da Câmara. Eu tenho uma limitação absoluta de conduta para comentar o caso. O certo é que a Câmara tem seus mecanismos regimentais para apurar os fatos."
"Toda crise política é aberta para todos as iniciativas. Eu acho que as crises vão por etapas. Elas vão se definindo. O importante é que as ações dos Poderes continuem a produzir resultados para fazer com que a nossa democracia seja cada vez mais próxima dos cidadãos", disse Pires.
O ministro contestou as críticas de que a CGU teria demorado a perceber a corrupção no governo, em especial nos Correios. Foram as denúncias de cobrança de propina nos Correios que detonaram a crise política que atinge o país há quase quatro meses.
Pires afirmou que é preciso dar credibilidade para as investigações, em especial às auditorias feitas pelo governo. "Auditoria é uma coisa séria que precisa ganhar credibilidade. A CGU está auditando contratos feitos desde 1998. Constatamos que as irregularidades tem sido a prática. A diferença é que hoje se investiga."
Pires e o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, refutaram a tese de que o público se ausentou do Desfile de Sete de Setembro neste ano devido à crise política.
Para Furlan, a sociedade tem demonstrado interesse pela Semana da Pátria, que tem programação prevista até domingo. "As comemorações foram feitas a semana inteira. Os sete dias. Até domingo o público comparecerá. A meninada veio."
Cerca de 30 mil pessoas estiveram no evento, segundo a Polícia Militar. O público representa metade do que compareceu no ano passado, de acordo com os dados da PM.
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