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09/09/2005
-
14h39
da Folha Online
O empresário Sebastião Augusto Buani, que administra o restaurante Fiorella, no 10º andar do anexo 4 da Câmara, vai depor nesta sexta-feira, a partir das 16h, na Polícia Federal em Brasília.
Ele deve confirmar à PF o pagamento de propina ao presidente da Casa, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), acusado de ter recebido um "mensalinho" de R$ 10 mil do empresário em troca de conceder privilégios na exploração do estabelecimento alimentício.
Buani já confirmou ontem, em entrevista coletiva, o pagamento de propina ao presidente da Câmara, na época em que ele era primeiro-secretário da Casa. Ele disse que, em troca da exploração de restaurantes, entregou ao deputado entre R$ 110 mil e R$ 120 mil até 2003.
Ainda de acordo com o empresário, o deputado teria dito que ele ganhava muito dinheiro com o restaurante. "Se eu não tivesse meus seis filhos para criar, eu teria amassado aquela prorrogação de contrato", disse. Hoje, o empresário tem nove filhos.
Buani contou que Severino foi o único parlamentar a receber o pagamento --entregue pelo próprio empresário ou por seus funcionários.
Embora tenha assumido o pagamento da propina, Buani tentou se desvincular da imagem de corruptor e disse ter sido vítima de uma fraqueza. "Não sou nem de longe um corruptor, mas ninguém é perfeito. Todo mundo tem seu momento de fraqueza, seus compromissos", disse.
Buani contou que após ter uma conversa com a filha, em agosto ou setembro de 2003, decidiu cancelar os pagamentos. Neste momento da entrevista, ele chorou e interrompeu o relato por alguns minutos. "A partir daquele dia, nunca mais paguei o 'mensalinho'."
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Sebastião Buani vai depor hoje na Polícia Federal em Brasília
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O empresário Sebastião Augusto Buani, que administra o restaurante Fiorella, no 10º andar do anexo 4 da Câmara, vai depor nesta sexta-feira, a partir das 16h, na Polícia Federal em Brasília.
Ele deve confirmar à PF o pagamento de propina ao presidente da Casa, deputado Severino Cavalcanti (PP-PE), acusado de ter recebido um "mensalinho" de R$ 10 mil do empresário em troca de conceder privilégios na exploração do estabelecimento alimentício.
Buani já confirmou ontem, em entrevista coletiva, o pagamento de propina ao presidente da Câmara, na época em que ele era primeiro-secretário da Casa. Ele disse que, em troca da exploração de restaurantes, entregou ao deputado entre R$ 110 mil e R$ 120 mil até 2003.
Ainda de acordo com o empresário, o deputado teria dito que ele ganhava muito dinheiro com o restaurante. "Se eu não tivesse meus seis filhos para criar, eu teria amassado aquela prorrogação de contrato", disse. Hoje, o empresário tem nove filhos.
Buani contou que Severino foi o único parlamentar a receber o pagamento --entregue pelo próprio empresário ou por seus funcionários.
Embora tenha assumido o pagamento da propina, Buani tentou se desvincular da imagem de corruptor e disse ter sido vítima de uma fraqueza. "Não sou nem de longe um corruptor, mas ninguém é perfeito. Todo mundo tem seu momento de fraqueza, seus compromissos", disse.
Buani contou que após ter uma conversa com a filha, em agosto ou setembro de 2003, decidiu cancelar os pagamentos. Neste momento da entrevista, ele chorou e interrompeu o relato por alguns minutos. "A partir daquele dia, nunca mais paguei o 'mensalinho'."
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