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13/09/2005 - 20h05

Buani diz que está com cópia de cheque que compromete Severino

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FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília

O empresário Sebastião Buani informou por meio de seu advogado que está com a cópia do cheque de R$ 7,5 mil que teria entregue ao presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), para garantir a prorrogação do contrato de concessão do restaurante Fiorella no anexo 4 do 10º andar da Câmara.

O cheque, segundo Sebastião Coelho, teria sido apresentado no caixa pelo motorista de Severino. "Diga à imprensa que estou com o cheque em mãos", disse Buani, por meio de seu advogado. "Ele disse que está feliz porque tudo que falou é confirmado com o cheque que está nas mãos dele. A verdade dele está confirmada", acrescentou Coelho.

Desde que Severino foi acusado de cobrar propina, Buani disse que teria dado esse cheque a Severino como uma das parcelas do "mensalinho". O cheque teria sido retirado na boca do caixa de uma agência do Bradesco em Brasília por um dos motoristas de Severino quando era primeiro-secretário.

Coelho disse que Buani concederá uma entrevista amanhã, às 11h, e depois entregará o cheque ao delegado da Polícia Federal que investiga o caso, Sérgio Menezes.

A PF espera a cópia do cheque para continuar a série de depoimentos necessários para esclarecer o caso. De posse do cheque, seriam ouvidos, por exemplo, o motorista que teria sacado o dinheiro.

Se o cheque não for entregue, Buani deverá ter os sigilos bancário e telefônico quebrados mediante autorização judicial.

Ontem, Menezes disse que já vê indícios suficientes para que Severino passe da condição de acusador para investigado. Por isso, o caso deverá ser encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) porque, Severino, por ser deputado, tem foro privilegiado.

Severino é acusado de receber propina para prorrogar a concessão de restaurante que opera na Câmara. A principal peça contra Severino é o termo de prorrogação, até 2005, do contrato para exploração do restaurante. No documento, com data de 4 de abril de 2002, consta a assinatura de Severino Cavalcanti, então primeiro-secretário da Casa.

Em entrevista coletiva, Severino rebateu as denúncias e disse que o documento é falso.

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