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22/09/2005
-
21h17
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
A deputada estadual Ana Cavalcanti (PP), filha do ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP), disse, em pronunciamento na Assembléia Legislativa de Pernambuco, que a renúncia de seu pai foi "fruto de um golpe", consolidado, segundo ela, "com o apoio de alguns setores da mídia".
Para a parlamentar, houve cerceamento do "direito à ampla defesa", o que caracterizaria o golpe. "Infelizmente", afirmou, isso ocorreu "com o apoio de alguns setores da mídia, paradoxalmente instrumento que deveria servir à democracia".
Afirmando ser "porta-voz da verdade no Estado", Ana disse também que Severino foi vítima de preconceito "no comando de um barco onde muitos dos tripulantes se julgavam donos do saber e da intelectualidade".
A deputada classificou a cassação do mandato do pai como um ato político, articulado "por aqueles que não se conformavam em ter um humilde nordestino na presidência da Câmara, fora dos círculos da elite que dominava a casa até então", declarou.
Ana comparou Severino ao ex-presidente da Câmara Ibsen Pinheiro (PMBD-RS), que teve o mandato cassado em 1993, suspeito de enriquecimento ilícito e envolvimento com a "máfia do orçamento". As acusações não se confirmaram até hoje.
No seu discurso de cinco páginas, a parlamentar fez ainda um resumo do trabalho realizado pelo pai nos sete meses em que presidiu a Câmara. E repetiu que, em em 42 anos de vida pública, ele "passou de um rico comerciante a um político pobre".
"[Severino] Dedicou toda a sua vida a fazer política", afirmou. "Desfez-se de todo o patrimônio construído por toda uma vida pelo prazer de fazer política em favor de seu povo." Para a deputada, "o sucesso na vida pública incomodou muita gente".
Ana criticou o empresário Sebastião Buani, autor das denúncias de recebimento de propina que levaram Severino a renunciar o mandato. Chamou-o de "ardiloso". Disse que ele apresentou versões contraditórias e não revelou "provas cabais".
Especial
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Filha de Severino diz que renúncia de pai foi fruto de golpe
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da Agência Folha, em Recife
A deputada estadual Ana Cavalcanti (PP), filha do ex-presidente da Câmara Severino Cavalcanti (PP), disse, em pronunciamento na Assembléia Legislativa de Pernambuco, que a renúncia de seu pai foi "fruto de um golpe", consolidado, segundo ela, "com o apoio de alguns setores da mídia".
Para a parlamentar, houve cerceamento do "direito à ampla defesa", o que caracterizaria o golpe. "Infelizmente", afirmou, isso ocorreu "com o apoio de alguns setores da mídia, paradoxalmente instrumento que deveria servir à democracia".
Afirmando ser "porta-voz da verdade no Estado", Ana disse também que Severino foi vítima de preconceito "no comando de um barco onde muitos dos tripulantes se julgavam donos do saber e da intelectualidade".
A deputada classificou a cassação do mandato do pai como um ato político, articulado "por aqueles que não se conformavam em ter um humilde nordestino na presidência da Câmara, fora dos círculos da elite que dominava a casa até então", declarou.
Ana comparou Severino ao ex-presidente da Câmara Ibsen Pinheiro (PMBD-RS), que teve o mandato cassado em 1993, suspeito de enriquecimento ilícito e envolvimento com a "máfia do orçamento". As acusações não se confirmaram até hoje.
No seu discurso de cinco páginas, a parlamentar fez ainda um resumo do trabalho realizado pelo pai nos sete meses em que presidiu a Câmara. E repetiu que, em em 42 anos de vida pública, ele "passou de um rico comerciante a um político pobre".
"[Severino] Dedicou toda a sua vida a fazer política", afirmou. "Desfez-se de todo o patrimônio construído por toda uma vida pelo prazer de fazer política em favor de seu povo." Para a deputada, "o sucesso na vida pública incomodou muita gente".
Ana criticou o empresário Sebastião Buani, autor das denúncias de recebimento de propina que levaram Severino a renunciar o mandato. Chamou-o de "ardiloso". Disse que ele apresentou versões contraditórias e não revelou "provas cabais".
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