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12/10/2005
-
18h55
da Folha Online
A Polícia Civil encontrou na tarde desta quarta-feira o corpo do médico-legista Carlos Delmonte Printes, 55, em seu escritório na zona sul de São Paulo. O perito participou das investigações do caso Celso Daniel --prefeito petista assassinado em 2002-- e constatou na época que o político havia sido torturado.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o escritório do perito, que fica na Vila Mariana (zona sul), não apresentava sinais de violência, como invasão. A causa da morte do perito ainda não foi revelada, mas a polícia trabalha com a hipótese de que ele tenha sofrido um infarto. O caso está sendo apurado pelo 16º Distrito Policial (Vila Clementino).
O prefeito de Santo André, Celso Daniel, foi assassinado em janeiro de 2002, e o inquérito final, hoje reaberto, concluiu na época a tese de crime comum (seqüestro seguido de assassinato) sem tortura.
Printes foi o primeiro a analisar o corpo e a sustentar que o político foi brutalmente torturado. Ele, que disse ter sido "censurado" durante três anos, afirmou que considerava inverossímil a tese de crime comum, idéia defendida até hoje por integrantes do PT, partido do qual Celso Daniel fazia parte.
Entretanto, há suspeitas de que a morte do prefeito de Santo André estaria relacionada a um suposto esquema de corrupção montado na cidade. A família do prefeito morto sempre defendeu a tese de crime político.
O legista tinha uma carreira de 21 anos e afirmava ter feito mais de 20 mil autópsias.
Retrospectiva do caso
O prefeito foi seqüestrado no dia 18 de janeiro de 2002 e encontrado dois dias depois, em uma estrada de terra com marcas de tiros e sinais de tortura. Cerca de seis meses após o crime, a Polícia Civil encerrou o inquérito e responsabilizou seis homens da favela Pantanal pelo assassinato, com a conclusão de que havia sido um crime comum.
Em agosto deste ano, a Polícia Civil reabriu as investigações devido às recentes denúncias apresentadas na CPI do Mensalão.
Após analisar o corpo de Daniel, Printes havia estabelecido uma ordem sobre o que teria ocorrido. Primeiro, disse o perito, o petista sofreu uma lesão próxima ao ouvido esquerdo. Horas depois, foi queimado nas costas, provavelmente com o cano do revólver, e atingido por estilhaços de balas de uma arma disparada perto do corpo. Depois, atiraram ao lado do rosto de Daniel. Por último, disparos no tórax e no abdome.
Leia mais
Entenda o caso Celso Daniel
Especial
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Polícia encontra corpo de legista do caso Celso Daniel
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A Polícia Civil encontrou na tarde desta quarta-feira o corpo do médico-legista Carlos Delmonte Printes, 55, em seu escritório na zona sul de São Paulo. O perito participou das investigações do caso Celso Daniel --prefeito petista assassinado em 2002-- e constatou na época que o político havia sido torturado.
Rede Globo |
![]() |
Printes foi ao "Programa do Jô" no último dia 19 de setembro |
O prefeito de Santo André, Celso Daniel, foi assassinado em janeiro de 2002, e o inquérito final, hoje reaberto, concluiu na época a tese de crime comum (seqüestro seguido de assassinato) sem tortura.
Printes foi o primeiro a analisar o corpo e a sustentar que o político foi brutalmente torturado. Ele, que disse ter sido "censurado" durante três anos, afirmou que considerava inverossímil a tese de crime comum, idéia defendida até hoje por integrantes do PT, partido do qual Celso Daniel fazia parte.
Entretanto, há suspeitas de que a morte do prefeito de Santo André estaria relacionada a um suposto esquema de corrupção montado na cidade. A família do prefeito morto sempre defendeu a tese de crime político.
O legista tinha uma carreira de 21 anos e afirmava ter feito mais de 20 mil autópsias.
Retrospectiva do caso
O prefeito foi seqüestrado no dia 18 de janeiro de 2002 e encontrado dois dias depois, em uma estrada de terra com marcas de tiros e sinais de tortura. Cerca de seis meses após o crime, a Polícia Civil encerrou o inquérito e responsabilizou seis homens da favela Pantanal pelo assassinato, com a conclusão de que havia sido um crime comum.
Em agosto deste ano, a Polícia Civil reabriu as investigações devido às recentes denúncias apresentadas na CPI do Mensalão.
Após analisar o corpo de Daniel, Printes havia estabelecido uma ordem sobre o que teria ocorrido. Primeiro, disse o perito, o petista sofreu uma lesão próxima ao ouvido esquerdo. Horas depois, foi queimado nas costas, provavelmente com o cano do revólver, e atingido por estilhaços de balas de uma arma disparada perto do corpo. Depois, atiraram ao lado do rosto de Daniel. Por último, disparos no tórax e no abdome.
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