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27/10/2005 - 15h12

Presidente do Conselho comemora decisão sobre cassação

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), comemorou a decisão do Conselho, que por 13 votos a um pediu a cassação do mandato do deputado José Dirceu (PT-SP). A decisão do Conselho será remetida para votação no plenário da Câmara, no próximo dia 9.

"Eu já esperava este resultado. Foi um relatório forte, muito bem feito, com detalhes, com minúcias. Agora vimos o resultado definitivo. Acredito que o resultado do Conselho espelhe o que vai ser a votação no plenário no dia nove", afirmou Izar.

Procurado pela reportagem da Folha Online, o Dirceu não quis comentar no momento o resultado da votação no Conselho. Segundo sua assessoria de imprensa, Dirceu ainda está analisando os fatos e antes de se manifestar vai esperar o recurso que sua defesa vai apresentar ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Durante a sessão do Conselho o advogado de defesa de Dirceu, José Luiz Oliveira Lima, disse que não iria se manifestar. O advogado pretende entrar com um recurso no STF (Supremo Tribunal FederaL) contestando a legalidade da sessão.

O deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) lamentou a decisão da defesa e afirmou que o Supremo nunca altera uma decisão de mérito do Legislativo e o recurso deve representar mais uma derrota para o petista.

Ao comentar a estratégia da defesa de Dirceu, Izar afirmou que não houve desrespeito por parte do Conselho nem cerceamento da defesa. "O deputado José Dirceu apresentou defesa prévia, rol de testemunhas, esteve presente duas vezes. Em todos os momentos demos direito de defesa, e ampla, o que gerou protesto por alguns integrantes do Conselho, que acreditam que exageramos no direito de defesa dado ao deputado José Dirceu."

Pressão

Para o relator do caso, deputado Júlio Delgado (PSB-MG), a defesa de Dirceu não tem razão de entrar com novo recurso no STF. "É uma medida protelatória. De forma nenhuma houve desrespeito à decisão do Supremo. Nós retiramos os pontos determinados e não houve alteração do texto. Houve uma aprovação prévia da retirada dos documentos pelo plenário do Conselho, o que legitimou o texto recompondo o relatório, que é o mesmo, não é um novo."

Delgado afirmou que ficou muito emocionado ao encerrar o caso no Conselho. "Foi muita pressão. Foram muitas tentativas de postergar, de adiar. Foram muitas críticas. Não aceito as acusações que me foram feitas. Eu não adulterei, nem tirei de contexto os depoimentos prestados no Conselho para fazer meu relatório. Eu também não aceito as acusações de que como líder do PPS tinha que saber do esquema do 'mensalão'."

Delgado será o relator do processo contra Dirceu também no plenário da Câmara.

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