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09/11/2005
-
18h01
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Em um depoimento ao Conselho de Ética que durou menos de 20 minutos, o ex-líder do governo na Câmara Professor Luizinho (PT-SP) afirmou que "nenhum centavo de recursos irregulares" foi usado em sua campanha eleitoral. Mais uma vez, o petista transferiu para o seu ex-assessor José Nilson dos Santos a responsabilidade sobre os R$ 20 mil recebidos por Santos dos recursos do chamado "valerioduto".
O deputado reafirmou sua confiança em seu ex-assessor, que disse tê-lo acompanhado na carreira política há 10 anos. "Agora ele não é mais meu assessor. Devido às circunstâncias, tive que demiti-lo. Mas ele ainda priva da minha confiança e de meu total respeito. O José Nilson nunca cuidou de finanças, mas sim da coordenação política em meu gabinete."
O ex-líder do governo confirmou que procurou o então tesoureiro do PT Delúbio Soares, em julho de 2003, para saber da possibilidade de liberação de recursos para ajudar nas campanhas municipais dos pré-candidatos petistas que contavam com o seu apoio. "Ele me disse que era possível e depois nunca mais falamos do assunto. Ele [Delúbio] nunca me deu retorno."
O ex-assessor de Luizinho confirmou em depoimento nas CPIs e na Polícia Federal ter recebido R$ 20 mil de Delúbio em 2003 provenientes das contas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza para o pagamento de desenhos e materiais de campanha para três pré-candidatos do PT à disputa de cargos em Câmaras municipais em cidades do Grande ABC.
Indagado pelo relator do seu caso, deputado Pedro Canedo (PP-GO), se é normal o PT gastar tanto dinheiro com material promocional de pré-candidatos, Luizinho afirmou que sim.
"Todos temos conhecimento de que as eleições não começam no ano eleitoral, mas muito antes. Nós temos as pré-campanhas. Na minha região, elas são muito fortes. Não sei de que forma esta ajuda aos pré-candidatos se deu, nem as circunstâncias", afirmou Luizinho.
O depoimento de professor Luizinho no Conselho foi suspenso devido à votação no Plenário da Câmara, do processo contra o deputado Sandro Mabel (PL-GO). A expectativa é de que a reunião seja retomada nesta noite. Caso o Plenário retome a votação dos destaques da MP 258, o depoimento do ex-líder do governo só será retomado na quinta-feira de manhã.
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Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Professor Luizinho culpa ex-assessor por envolvimento em "valerioduto"
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da Folha Online, em Brasília
Em um depoimento ao Conselho de Ética que durou menos de 20 minutos, o ex-líder do governo na Câmara Professor Luizinho (PT-SP) afirmou que "nenhum centavo de recursos irregulares" foi usado em sua campanha eleitoral. Mais uma vez, o petista transferiu para o seu ex-assessor José Nilson dos Santos a responsabilidade sobre os R$ 20 mil recebidos por Santos dos recursos do chamado "valerioduto".
O deputado reafirmou sua confiança em seu ex-assessor, que disse tê-lo acompanhado na carreira política há 10 anos. "Agora ele não é mais meu assessor. Devido às circunstâncias, tive que demiti-lo. Mas ele ainda priva da minha confiança e de meu total respeito. O José Nilson nunca cuidou de finanças, mas sim da coordenação política em meu gabinete."
O ex-líder do governo confirmou que procurou o então tesoureiro do PT Delúbio Soares, em julho de 2003, para saber da possibilidade de liberação de recursos para ajudar nas campanhas municipais dos pré-candidatos petistas que contavam com o seu apoio. "Ele me disse que era possível e depois nunca mais falamos do assunto. Ele [Delúbio] nunca me deu retorno."
O ex-assessor de Luizinho confirmou em depoimento nas CPIs e na Polícia Federal ter recebido R$ 20 mil de Delúbio em 2003 provenientes das contas do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza para o pagamento de desenhos e materiais de campanha para três pré-candidatos do PT à disputa de cargos em Câmaras municipais em cidades do Grande ABC.
Indagado pelo relator do seu caso, deputado Pedro Canedo (PP-GO), se é normal o PT gastar tanto dinheiro com material promocional de pré-candidatos, Luizinho afirmou que sim.
"Todos temos conhecimento de que as eleições não começam no ano eleitoral, mas muito antes. Nós temos as pré-campanhas. Na minha região, elas são muito fortes. Não sei de que forma esta ajuda aos pré-candidatos se deu, nem as circunstâncias", afirmou Luizinho.
O depoimento de professor Luizinho no Conselho foi suspenso devido à votação no Plenário da Câmara, do processo contra o deputado Sandro Mabel (PL-GO). A expectativa é de que a reunião seja retomada nesta noite. Caso o Plenário retome a votação dos destaques da MP 258, o depoimento do ex-líder do governo só será retomado na quinta-feira de manhã.
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