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10/11/2005 - 09h16

Ministro decide ir ao Senado; PFL quer levá-lo à CPI

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CHICO DE GOIS
Enviado especial da Folha a Brasília

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, comparecerá à Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado no dia 22. A data foi confirmada ontem pelo líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). A oposição, porém, diz que vai insistir em convocá-lo a prestar depoimento na CPI dos Bingos sobre seu suposto envolvimento na remessa de dinheiro de Cuba para a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.

A reunião da CAE acontece às terças, mas, como na próxima semana há um feriado, a opção recaiu no dia 22. "Há uma sobrecarga de atividades no Senado e temos de votar a MP 258 [que cria a Super Receita] até o dia 18; por isso, de comum acordo, fechamos o depoimento do ministro para o dia 22", disse Mercadante.

O comparecimento de Palocci na CAE foi negociada pelo próprio líder do governo no Senado, a pedido do ministro. A intenção de Palocci é falar o máximo possível sobre economia e responder a poucas perguntas sobre o caso de Cuba e sobre a denúncia de seu ex-secretário Rogério Buratti de que havia uma caixinha mensal de R$ 50 mil na Prefeitura de Ribeirão Preto, paga por empreiteiras, quando Palocci era prefeito.

Ele sempre negou a existência do caso. E disse que a acusação da revista "Veja" de que Cuba enviou dólares para a campanha de Lula, em 2002, dentro de três caixas de uísque, "é fantasiosa".

"O ministro nunca se furtou de vir ao Congresso e sempre concedeu entrevistas coletivas para explicar todo e qualquer assunto", declarou Mercadante.

O senador José Jorge (PFL-PE) qualificou de "obrigação" o comparecimento do ministro da Fazenda à CAE. E disse que isso não afasta a possibilidade de a CPI convocá-lo a prestar esclarecimentos sobre as acusações de ex-auxiliares dele.

"Vou insistir para que ele vá à CPI depois dos depoimentos do Buratti e do Vladimir Poleto", anunciou José Jorge.

Mercadante contestou a oposição. "Não há nada que justifique a convocação do ministro pela CPI", declarou. "Se aparecerem fatos novos, vamos analisar."

A mesma opinião tem o senador Tião Viana (PT-AC). "O ministro está sob ataque político pelo que ele representou como prefeito de Ribeirão Preto. (...) O julgamento dele tem de se dar em cima da verdade e a pior coisa que pode haver no ambiente político é utilizar a convocação dele como triunfo --'se ele não vier, vamos para o ataque'."

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