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22/11/2005
-
14h40
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Paulo Okamotto, em depoimento à CPI dos Bingos nesta terça-feira, afirmou que assumiu sozinho a dívida de R$ 29.436,26 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o PT porque foi procurador da rescisão de Lula quando ele saiu do partido em dezembro de 2003.
Ele não conseguiu explicar ao relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), o motivo pelo qual arcou com essa dívida sozinho e com recursos próprios.
Okamotto confirmou que o presidente não reconhece a dívida, que foi insistentemente cobrada por Delúbio Soares, então tesoureiro do PT. Okamotto explicou que no PT os dirigentes são profissionalizados, isto é, contratados na carteira e que a rescisão salarial do presidente Lula totalizou R$ 49.229,58, referentes a saldo de salários, férias e décimo-terceiro a receber.
Deste valor, o PT queria descontar, segundo Okamotto, R$ 17.346,73, referentes a imposto de renda e INSS e mais os R$ 29.436,26, referentes a "adiantamentos de diárias e pagamentos de passagens".
Okamotto negou a versão de que os R$ 29 mil se referiam a um empréstimo a Lula feito pelo partido e que supostamente teria como fonte os recursos do fundo partidário, o que é proibido por lei. "Eu fiquei indignado com essa cobrança. Tentei resolver a questão, mas não consegui. Perguntei ao presidente Lula se eu podia pagar essa dívida. Ele disse que sim. A minha esposa sacou R$ 12 mil no Bradesco para quitar uma parte dessa dívida, o resto eu fui sacando em cotas do Banco do Brasil", afirmou.
O presidente do Sebrae explicou que os R$ 29 mil estão divididos em: R$ 5 mil de um adiantamento dado a Lula em 1997; R$ 13,662 mil para o pagamento de passagem aérea de ida e volta à China para Marisa Letícia, a mulher de Lula; R$ 9,312 mil para adiantamento de viagens internacionais, pegos pela assessoria internacional do partido em nome de Lula; R$ 1,461 mil, para o pagamento de mensalidades da assistência médica de Lula feito pelo PT.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Paulo Okamotto
Okamotto não explica motivo de assumir dívida de R$ 29 mil de Lula sozinho
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da Folha Online, em Brasília
O presidente do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Paulo Okamotto, em depoimento à CPI dos Bingos nesta terça-feira, afirmou que assumiu sozinho a dívida de R$ 29.436,26 do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o PT porque foi procurador da rescisão de Lula quando ele saiu do partido em dezembro de 2003.
Ele não conseguiu explicar ao relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), o motivo pelo qual arcou com essa dívida sozinho e com recursos próprios.
Okamotto confirmou que o presidente não reconhece a dívida, que foi insistentemente cobrada por Delúbio Soares, então tesoureiro do PT. Okamotto explicou que no PT os dirigentes são profissionalizados, isto é, contratados na carteira e que a rescisão salarial do presidente Lula totalizou R$ 49.229,58, referentes a saldo de salários, férias e décimo-terceiro a receber.
Deste valor, o PT queria descontar, segundo Okamotto, R$ 17.346,73, referentes a imposto de renda e INSS e mais os R$ 29.436,26, referentes a "adiantamentos de diárias e pagamentos de passagens".
Okamotto negou a versão de que os R$ 29 mil se referiam a um empréstimo a Lula feito pelo partido e que supostamente teria como fonte os recursos do fundo partidário, o que é proibido por lei. "Eu fiquei indignado com essa cobrança. Tentei resolver a questão, mas não consegui. Perguntei ao presidente Lula se eu podia pagar essa dívida. Ele disse que sim. A minha esposa sacou R$ 12 mil no Bradesco para quitar uma parte dessa dívida, o resto eu fui sacando em cotas do Banco do Brasil", afirmou.
O presidente do Sebrae explicou que os R$ 29 mil estão divididos em: R$ 5 mil de um adiantamento dado a Lula em 1997; R$ 13,662 mil para o pagamento de passagem aérea de ida e volta à China para Marisa Letícia, a mulher de Lula; R$ 9,312 mil para adiantamento de viagens internacionais, pegos pela assessoria internacional do partido em nome de Lula; R$ 1,461 mil, para o pagamento de mensalidades da assistência médica de Lula feito pelo PT.
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