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26/01/2006 - 12h15

Brant diz ter certeza de sua absolvição no plenário da Câmara

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O deputado Roberto Brant (PFL-MG) disse nesta quinta-feira que está "absolutamente certo de sua absolvição" no plenário da Câmara. O pedido de cassação do deputado foi aprovado hoje por oito votos a sete no Conselho de Ética da Casa.

"Este resultado foi uma vitória. Não estou magoado com o presidente do Conselho que deu o 'voto de minerva'. Estou tranqüilo, tenho certeza de que serei absolvido no plenário", disse Brant.

Apesar de demonstrar confiança na sua absolvição, Brant reafirmou sua intenção de deixar a vida pública. "Não vou me candidatar novamente. Já abandonei a vida pública, tendo ou não o meu mandato cassado. Vou me dedicar a outras coisas, fazer assessoria, consultoria, trabalhar em alguma empresa privada", afirmou.

A sessão do Conselho de Ética sobre o caso Brant foi tumultuada. Os líderes do PFL e PSDB estiveram presentes e fizeram pressão para a absolvição de Brant. O PSDB foi criticado por ter substituído de última hora o deputado Gustavo Fruet (PR) pelo deputado Jutahy Júnior (BA).

Fruet renunciou ao seu mandato no Conselho por estar com muito trabalho na CPI dos Correios, onde ocupa o cargo de sub-relator. O deputado confirmou, no entanto, que não poderia votar contra a cassação de Brant como queria o seu partido e que deixou isto claro para o líder tucano em conversa na noite de ontem.

"Ele jamais me falou isto. Ele me disse apenas que estava com muito trabalho por causa da sub-relatoria da CPI dos Correios. Ele não estava comparecendo às reuniões do Conselho e por isto achou melhor sair", rebateu o líder do PSDB, Alberto Goldman (SP).

O relator do processo, deputado Nelson Trad (PMDB-MS), acabou batendo boca com o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), que não permitiu que Trad replicasse a defesa de Brant. "Vá mandar na sua bancada. Sua voz é pífia", afirmou Trad em resposta à crítica feita por Maia de que o relator não permitia que fosse feita qualquer defesa de Brant.

Em sua única participação durante a sessão, Jutahy Júnior afirmou que pediu para ingressar no Conselho especialmente para atuar na sessão e votar contra a cassação de Brant, "meu amigo pessoal há vários anos".

A declaração de Jutahy pegou mal junto aos integrantes do Conselho. O deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) se recusou a comentá-la. Já o deputado Orlando Fantazzini (PSOL-SP) afirmou que a declaração de Jutahy prova que os partidos estão "fazendo de tudo para livrar seus integrantes e aliados".

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