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01/02/2006 - 12h58

Pedro Corrêa diz que não se afastará da presidência do PP

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ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília

O deputado Pedro Corrêa (PP-PE), que teve o pedido de cassação do seu mandato aprovado nesta quarta-feira no Conselho de Ética da Câmara, afirmou que não pretende se afastar da presidência do seu partido, apesar de responsabilizar o cargo pela sua condenação.

"Os conselheiros deixaram claro que não recebi dinheiro, não fiz caixa dois, só fui condenado porque ocupo a presidência do partido", disse Corrêa, após a reunião do Conselho.

Sobre a possibilidade de deixar o comando do PP, ele foi taxativo: "Não vou me afastar. Tenho apoio. Estão todos aí comigo". O deputado afirmou ainda que ele e seus advogados de defesa vão analisar a possibilidade de entrar com um recurso na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) contra a decisão do Conselho.

O pedido de cassação do mandato de Pedro Corrêa foi aprovado hoje por 11 votos a favor e três contrários. Sobre o resultado da votação, o presidente nacional do PP acusou o Conselho de não ser um órgão livre. "No plenário vou ter os votos de homens livres e não o voto de homens policiados."

Corrêa disse ainda ter certeza de que será eleito para um novo mandato na Câmara, caso não seja cassado. "Quem elege é o povo. É o povo quem quer. Eu sempre fui vitorioso." Segundo o deputado, ele nunca foi derrotado e está em seu sétimo mandato.

Enquanto Corrêa manifesta confiança na sua absolvição em plenário, o relator do seu processo no Conselho, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), também disse estar confiante na aprovação do seu relatório. "Não tem a menor perspectiva de que ele seja absolvido em plenário. Tenho absoluta convicção que meu relatório será aprovado", afirmou.

Apesar da vitória do relatório de Sampaio, os integrantes do Conselho ainda demonstram preocupação com os rumos das investigações e os resultados de seus trabalhos. Tanto o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) como o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) questionaram o porquê de a Mesa Diretora ainda não ter colocado em votação no plenário da Câmara o processo contra o deputado Roberto Brant (PFL-MG).

Desde o início da convocação extraordinária do Congresso, o Conselho já aprovou quatro pedidos de cassação. Os prazos para a entrada destes processos em pauta estão sendo prejudicados devido à falta de quórum no plenário, mas, mesmo assim, Delgado alerta que o caso de Brant já poderia ter sido votado.

"O deputado não recorreu à CCJ. Não há porque não entrar em pauta. A impressão que dá é que há um acordo para que o deputado Roberto Brant não seja o primeiro a ser julgado em plenário", avaliou Delgado.

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