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02/02/2006
-
16h55
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
Os integrantes do Conselho de Ética da Câmara repudiaram nesta quinta-feira a divulgação da lista de supostos beneficiários de recursos doados pela empresa Furnas.
A manifestação dos integrantes ocorreu após o deputado cassado Roberto Jefferson dizer ontem à Polícia Federal que recebeu R$ 75 mil de caixa dois por meio de Furnas. Ele é um dos cerca de 150 políticos que constam de uma lista de supostos beneficiários de repasses irregulares para a campanha de 2002.
"Em primeiro lugar, precisamos ver quem fez esta lista. Eu não acredito nela. É mais um golpe para tentar desestabilizar o Conselho", avaliou o presidente do órgão, deputado Ricardo Izar. Na lista constam os nomes de cinco integrantes do Conselho. "É uma lista apócrifa que não se pode admitir a divulgação. É um delírio de um louco", disse o deputado Nelson Trad (PMDB-MS).
Uma cópia do documento foi entregue à PF pelo lobista Nilton Monteiro, responsável por revelar a existência do caixa dois do PSDB de Minas Gerais. Constam da lista candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual de diversos Estados e partidos que receberam recursos, nas eleições de 2002, por meio de um caixa dois gerenciado a partir de Furnas, que chegaria a R$ 40 milhões.
Nem fé, nem crédito público
O deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) mostrou sua indignação com a divulgação da lista e acusou a Procuradoria de Câmara de negligência porque ainda não tomou providências contra quem fez e quem divulgou a lista. "Meu nome consta desta lista. Roberto Jefferson é hoje um cidadão desmoralizado, condenado porque cometeu crime. Ele não merece fé, nem crédito público."
A cópia da contabilidade entregue à PF tem autenticação em cartório e firma reconhecida para a assinatura de Dimas Toledo, que consta da quinta folha, logo após o registro de local e data no qual o documento teria sido elaborado: "Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2002".
O deputado Orlando Fantazzini (PSOL-RJ) também disse não acreditar que a lista seja verdadeira. Já o deputado Julio Delgado (PSB-MG) afirmou que teve conhecimento da lista há mais de 20 dias e resolveu ignorar o fato.
"Meu nome também consta desta lista. Foi elaborada por pessoas que chafurdaram na lama e querem envolver pessoas de bem. A lista já teve sua autenticidade contestada oficialmente e representa uma das falsificações mais absurdas", avaliou Delgado.
Para Ricardo Izar, as constantes tentativas de desacreditar o Conselho têm fracassado sucessivamente. "Há um tumulto para desestabilizar o Conselho. Querem descredenciar este órgão, mas nós não estamos deixando. Quanto mais eles tentam, mais fortes nós ficamos", afirmou. O deputado não quis acusar diretamente quem são as pessoas que estariam tentando desmoralizar o Conselho.
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da Folha Online, em Brasília
Os integrantes do Conselho de Ética da Câmara repudiaram nesta quinta-feira a divulgação da lista de supostos beneficiários de recursos doados pela empresa Furnas.
A manifestação dos integrantes ocorreu após o deputado cassado Roberto Jefferson dizer ontem à Polícia Federal que recebeu R$ 75 mil de caixa dois por meio de Furnas. Ele é um dos cerca de 150 políticos que constam de uma lista de supostos beneficiários de repasses irregulares para a campanha de 2002.
"Em primeiro lugar, precisamos ver quem fez esta lista. Eu não acredito nela. É mais um golpe para tentar desestabilizar o Conselho", avaliou o presidente do órgão, deputado Ricardo Izar. Na lista constam os nomes de cinco integrantes do Conselho. "É uma lista apócrifa que não se pode admitir a divulgação. É um delírio de um louco", disse o deputado Nelson Trad (PMDB-MS).
Uma cópia do documento foi entregue à PF pelo lobista Nilton Monteiro, responsável por revelar a existência do caixa dois do PSDB de Minas Gerais. Constam da lista candidatos a presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual de diversos Estados e partidos que receberam recursos, nas eleições de 2002, por meio de um caixa dois gerenciado a partir de Furnas, que chegaria a R$ 40 milhões.
Nem fé, nem crédito público
O deputado Jairo Carneiro (PFL-BA) mostrou sua indignação com a divulgação da lista e acusou a Procuradoria de Câmara de negligência porque ainda não tomou providências contra quem fez e quem divulgou a lista. "Meu nome consta desta lista. Roberto Jefferson é hoje um cidadão desmoralizado, condenado porque cometeu crime. Ele não merece fé, nem crédito público."
A cópia da contabilidade entregue à PF tem autenticação em cartório e firma reconhecida para a assinatura de Dimas Toledo, que consta da quinta folha, logo após o registro de local e data no qual o documento teria sido elaborado: "Rio de Janeiro, 30 de novembro de 2002".
O deputado Orlando Fantazzini (PSOL-RJ) também disse não acreditar que a lista seja verdadeira. Já o deputado Julio Delgado (PSB-MG) afirmou que teve conhecimento da lista há mais de 20 dias e resolveu ignorar o fato.
"Meu nome também consta desta lista. Foi elaborada por pessoas que chafurdaram na lama e querem envolver pessoas de bem. A lista já teve sua autenticidade contestada oficialmente e representa uma das falsificações mais absurdas", avaliou Delgado.
Para Ricardo Izar, as constantes tentativas de desacreditar o Conselho têm fracassado sucessivamente. "Há um tumulto para desestabilizar o Conselho. Querem descredenciar este órgão, mas nós não estamos deixando. Quanto mais eles tentam, mais fortes nós ficamos", afirmou. O deputado não quis acusar diretamente quem são as pessoas que estariam tentando desmoralizar o Conselho.
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