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06/02/2006
-
18h54
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), afirmou que o atraso na votação dos processos de cassação de mandato de nove parlamentares pode, ao invés de beneficiá-los com um dia a mais de prazo, pode prejudicá-los.
"Se a falta de quórum for de alguma forma um feitiço, há o risco de que se volte contra o feiticeiro", afirmou. O presidente da Câmara adiantou que pretende concluir até março a votação dos nove processos abertos cinco que ainda estão no Conselho de Ética e quatro que já foram encaminhados ao plenário.
Nesta segunda-feira, apenas 50 deputados marcaram presença no plenário, número insuficiente para a abertura de sessão são necessários 51 parlamentares para o início dos trabalhos. Com isso, os deputados Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE), que já tiveram os pedidos de cassação de seus mandatos aprovados no Conselho, ganham mais um dia de fôlego.
Para agilizar a votação desses processos, Aldo disse que pode colocar processos em votação na terça-feira, por exemplo, dia em que o quórum na Câmara não dos mais elevados. "É uma possibilidade a ser analisada", afirmou. Outros processos não foram colocados em votação às terças-feiras para evitar que os deputados cassáveis se beneficiassem com a falta de parlamentares na Casa.
Fernando Henrique
O presidente da Câmara indicou discordar que o tema ética deva ser o central nas eleições deste ano, uma contraposição às declarações feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à revista "Isto É".
"Eu sempre digo que o tema fundamental e de interesse do país devem ser os rumos do nosso país. As investigações estão sendo feitas pela Polícia Federal, Congresso Nacional, as CPIs que já avançaram muito, mas se algum líder político acha que esse deve ser o tema central é um direito. Cabe ao povo julgar se é esse o tema fundamental", afirmou.
"O presidente FHC é um líder político respeitável, mas nem todas as vezes que um líder político respeitável fala significa que ele esteja certo e que suas palavras correspondam à sabedoria, à temperança, à maturidade e à habilidade que um líder da envergadura do presidente FHC deve ter", acrescentou.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre os processos de cassação de mandato na Câmara
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Aldo diz que atraso nos processo pode prejudicar cassáveis
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B-SP), afirmou que o atraso na votação dos processos de cassação de mandato de nove parlamentares pode, ao invés de beneficiá-los com um dia a mais de prazo, pode prejudicá-los.
"Se a falta de quórum for de alguma forma um feitiço, há o risco de que se volte contra o feiticeiro", afirmou. O presidente da Câmara adiantou que pretende concluir até março a votação dos nove processos abertos cinco que ainda estão no Conselho de Ética e quatro que já foram encaminhados ao plenário.
Nesta segunda-feira, apenas 50 deputados marcaram presença no plenário, número insuficiente para a abertura de sessão são necessários 51 parlamentares para o início dos trabalhos. Com isso, os deputados Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE), que já tiveram os pedidos de cassação de seus mandatos aprovados no Conselho, ganham mais um dia de fôlego.
Para agilizar a votação desses processos, Aldo disse que pode colocar processos em votação na terça-feira, por exemplo, dia em que o quórum na Câmara não dos mais elevados. "É uma possibilidade a ser analisada", afirmou. Outros processos não foram colocados em votação às terças-feiras para evitar que os deputados cassáveis se beneficiassem com a falta de parlamentares na Casa.
Fernando Henrique
O presidente da Câmara indicou discordar que o tema ética deva ser o central nas eleições deste ano, uma contraposição às declarações feitas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à revista "Isto É".
"Eu sempre digo que o tema fundamental e de interesse do país devem ser os rumos do nosso país. As investigações estão sendo feitas pela Polícia Federal, Congresso Nacional, as CPIs que já avançaram muito, mas se algum líder político acha que esse deve ser o tema central é um direito. Cabe ao povo julgar se é esse o tema fundamental", afirmou.
"O presidente FHC é um líder político respeitável, mas nem todas as vezes que um líder político respeitável fala significa que ele esteja certo e que suas palavras correspondam à sabedoria, à temperança, à maturidade e à habilidade que um líder da envergadura do presidente FHC deve ter", acrescentou.
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