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15/02/2006
-
18h49
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O ex-diretor de Furnas Dimas Toledo disse nesta quarta-feira que é falsa a lista de Furnas --na qual são citados políticos que supostamente foram beneficiados com um esquema de caixa dois-- e disse que não conhece o lobista Nilton Monteiro, responsável por repassar o documento à Polícia Federal e autor das denúncias sobre irregularidades em campanhas tucanas mineiras em 1998.
"Quero negar veementemente qualquer participação na sua elaboração [da lista]. Trata-se de uma montagem ou uma falsificação cheia de não conformidade que visam unicamente manchar o nome das pessoas e empresas ali citadas", afirmou Toledo, que presta depoimento na CPI dos Correios.
"Afirmo que nunca ajudei com recursos de qualquer empresa ou de qualquer origem a nenhum parlamentar", continuou o ex-diretor.
A CPI dos Correios convocou Toledo para prestar esclarecimentos sobre a existência ou não da lista de Furnas, com suposta relação de 156 políticos de 12 partidos políticos (PDT, PFL, PL, PMDB, PP, PPS, Prona, PRTB, PSB, PSC, PSDB e PTB). Todos teriam recebido dinheiro de um esquema de caixa dois montado a partir da estatal.
O valor total das doações é de R$ 39,665 milhões. Teriam sido efetuadas nas eleições de 2002. A data no papel é 30 de novembro de 2002. A autenticação do papel fotocopiado, entretanto, deu-se em 22 de setembro de 2005.
À PF, Toledo já negou a autenticidade da lista. Até agora, a polícia tem apenas uma fotocópia autenticada da lista com a assinatura do ex-diretor.
O deputado cassado Roberto Jefferson (PTB) disse ao Blog do Josias que, em abril de 2005, Toledo esteve em sua casa e ofereceu uma mesada de R$ 1,5 milhão do suposto caixa dois da estatal para o PTB.
Jefferson foi o autor das denúncias envolvendo o suposto esquema, em entrevista à Folha em junho do ano passado. À época, Dimas negou as acusações.
O esquema, segundo Jefferson, foi "herdado" pelo ex-ministro José Dirceu, que também negou as acusações.
Ontem, o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu liminar que garante ao ex-diretor de Furnas o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo durante o depoimento.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Correios
Leia o que já foi publicado sobre a lista de Furnas
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Dimas diz que lista de Furnas é falsa e nega conhecer lobista
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da Folha Online, em Brasília
O ex-diretor de Furnas Dimas Toledo disse nesta quarta-feira que é falsa a lista de Furnas --na qual são citados políticos que supostamente foram beneficiados com um esquema de caixa dois-- e disse que não conhece o lobista Nilton Monteiro, responsável por repassar o documento à Polícia Federal e autor das denúncias sobre irregularidades em campanhas tucanas mineiras em 1998.
"Quero negar veementemente qualquer participação na sua elaboração [da lista]. Trata-se de uma montagem ou uma falsificação cheia de não conformidade que visam unicamente manchar o nome das pessoas e empresas ali citadas", afirmou Toledo, que presta depoimento na CPI dos Correios.
"Afirmo que nunca ajudei com recursos de qualquer empresa ou de qualquer origem a nenhum parlamentar", continuou o ex-diretor.
A CPI dos Correios convocou Toledo para prestar esclarecimentos sobre a existência ou não da lista de Furnas, com suposta relação de 156 políticos de 12 partidos políticos (PDT, PFL, PL, PMDB, PP, PPS, Prona, PRTB, PSB, PSC, PSDB e PTB). Todos teriam recebido dinheiro de um esquema de caixa dois montado a partir da estatal.
O valor total das doações é de R$ 39,665 milhões. Teriam sido efetuadas nas eleições de 2002. A data no papel é 30 de novembro de 2002. A autenticação do papel fotocopiado, entretanto, deu-se em 22 de setembro de 2005.
À PF, Toledo já negou a autenticidade da lista. Até agora, a polícia tem apenas uma fotocópia autenticada da lista com a assinatura do ex-diretor.
O deputado cassado Roberto Jefferson (PTB) disse ao Blog do Josias que, em abril de 2005, Toledo esteve em sua casa e ofereceu uma mesada de R$ 1,5 milhão do suposto caixa dois da estatal para o PTB.
Jefferson foi o autor das denúncias envolvendo o suposto esquema, em entrevista à Folha em junho do ano passado. À época, Dimas negou as acusações.
O esquema, segundo Jefferson, foi "herdado" pelo ex-ministro José Dirceu, que também negou as acusações.
Ontem, o STF (Supremo Tribunal Federal) concedeu liminar que garante ao ex-diretor de Furnas o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo durante o depoimento.
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