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22/03/2006
-
22h36
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O plenário da Câmara rejeitou na noite desta quarta-feira o pedido de adiamento da votação do processo de cassação do mandato do deputado João Magno (PT-MG). O requerimento feito pela liderança do PFL na Casa, que alegou que o quorum em plenário era muito baixo para a "apreciação de uma matéria desta importância", disse o líder do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ).
O requerimento foi rejeitado por 285 votos contrários, 77 favoráveis e uma abstenção. Este resultado só comprovou, na opinião do PFL, que não há quorum suficiente para votar um processo de cassação.
O pedido de adiamento da votação irritou a liderança do PT na Câmara. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) acusou o PFL de "casuísmo" e de tentar garantir a cassação do mandato de Magno ao propor o adiamento da votação desta noite.
"Por que o PFL não tentou adiar a votação do processo do deputado Roberto Brant (PFL-MG). Me espanta a leviandade com que o PFL trata uma questão tão séria", atacou o líder petista.
Antes da votação deste requerimento o relator do processo contra João Magno, o deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), defendeu na tribuna da Câmara a cassação do mandato do deputado petista por quebra de decoro parlamentar. Apesar de tecer vários elogios a Magno, Carneiro afirmou que ele cometeu "uma ilegalidade" ao receber recursos de caixa dois para sua campanha eleitoral.
Em sua defesa, Magno voltou a repetir que o relator usou de dois pesos e duas medidas em seu julgamento no Conselho. Segundo Magno, os recursos de caixa dois recebidos por ele são exatamente iguais aos recebidos por Roberto Brant. "Se ele é inocente, eu também sou", afirmou. O deputado reconheceu ter recebido R$ 426 mil do caixa dois do PT por intermédio do empresário Marcos Valério.
João Magno mais uma vez alegou que recebeu os recursos em boa-fé. O dinheiro foi utilizado para saldar dívidas de suas campanhas a deputado federal, em 2002, e a prefeito de Ipatinga (MG), em 2004. Mas a prestação de contas ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas Gerais só foi feita em outubro de 2005, depois do escândalo do "mensalão".
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Câmara rejeita pedido de adiamento da votação do processo de Magno
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da Folha Online, em Brasília
O plenário da Câmara rejeitou na noite desta quarta-feira o pedido de adiamento da votação do processo de cassação do mandato do deputado João Magno (PT-MG). O requerimento feito pela liderança do PFL na Casa, que alegou que o quorum em plenário era muito baixo para a "apreciação de uma matéria desta importância", disse o líder do partido, deputado Rodrigo Maia (RJ).
O requerimento foi rejeitado por 285 votos contrários, 77 favoráveis e uma abstenção. Este resultado só comprovou, na opinião do PFL, que não há quorum suficiente para votar um processo de cassação.
O pedido de adiamento da votação irritou a liderança do PT na Câmara. O deputado Henrique Fontana (PT-RS) acusou o PFL de "casuísmo" e de tentar garantir a cassação do mandato de Magno ao propor o adiamento da votação desta noite.
"Por que o PFL não tentou adiar a votação do processo do deputado Roberto Brant (PFL-MG). Me espanta a leviandade com que o PFL trata uma questão tão séria", atacou o líder petista.
Antes da votação deste requerimento o relator do processo contra João Magno, o deputado Jairo Carneiro (PFL-BA), defendeu na tribuna da Câmara a cassação do mandato do deputado petista por quebra de decoro parlamentar. Apesar de tecer vários elogios a Magno, Carneiro afirmou que ele cometeu "uma ilegalidade" ao receber recursos de caixa dois para sua campanha eleitoral.
Em sua defesa, Magno voltou a repetir que o relator usou de dois pesos e duas medidas em seu julgamento no Conselho. Segundo Magno, os recursos de caixa dois recebidos por ele são exatamente iguais aos recebidos por Roberto Brant. "Se ele é inocente, eu também sou", afirmou. O deputado reconheceu ter recebido R$ 426 mil do caixa dois do PT por intermédio do empresário Marcos Valério.
João Magno mais uma vez alegou que recebeu os recursos em boa-fé. O dinheiro foi utilizado para saldar dívidas de suas campanhas a deputado federal, em 2002, e a prefeito de Ipatinga (MG), em 2004. Mas a prestação de contas ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Minas Gerais só foi feita em outubro de 2005, depois do escândalo do "mensalão".
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