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27/03/2006
-
18h46
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
Antigo assessor econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Guido Mantega, 56, enfrenta resistências de parte do mercado financeiro por conta de idéias consideradas fora da ortodoxia econômica.
Fez parte da equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e depois foi chamado para integrar a primeira equipe ministerial, no Ministério do Planejamento.
À frente do Planejamento, Mantega enfrentou dificuldades para aprovar o projeto de lei das PPPs (Parcerias Público-Privadas). O projeto precisou ser modificado várias para ser aprovado.
O método de trabalho de Mantega também foi criticado. Foi atribuído ao ex-ministro a responsabilidade pela demora para liberação de verbas do Orçamento da União.
Mantega é um defensor da redução da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que serve como referência para os empréstimos do BNDES. Hoje a taxa está em 9% ao ano.
Na semana passada, ele disse ser possível a redução em dois pontos percentuais da TJLP, considerando uma inflação de 4,5% neste ano e o risco-país em torno de 250 pontos --inflação e risco são os dois componentes que servem como base para a formação da TJLP.
Se assumir o cargo até quinta-feira, ele terá como defender essa redução na reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que na próxima reunião irá definir a TJLP para o segundo trimestre.
O CMN é formado pelos ministros do Planejamento e Fazenda e pelo presidente do Banco Central.
Durante a campanha eleitoral de Lula, Mantega sempre foi o principal assessor econômico do petista. No entanto, ele perdeu o lugar de porta-voz econômico para Antonio Palocci, que comandou o Ministério da Fazenda.
Nascido em Gênova, na Itália, Mantega veio com três anos e meio para o Brasil. Formou-se em economia pela USP (Universidade de São Paulo) e fez doutorado em sociologia. É professor da Fundação Getúlio Vargas (SP) e autor de 'Acumulação monopolista e crises no Brasil' (1991), 'Economia Política Brasileira' (1988), 'Conversas com economistas brasileiros' (1999).
Integra a equipe econômica do PT desde 1989. Na administração de Luiza Erundina na Prefeitura de São Paulo (89-92), Mantega foi chefe de gabinete do secretário de Planejamento, Paul Singer, e depois foi diretor de Orçamento. Em 1993, tornou-se o principal assessor econômico de Lula.
Em 1994, foi um dos coordenadores do programa econômico do PT e criticou muito o Plano Real, em conjunto com Aloizio Mercadante e Jorge Mattoso. Após o pleito, Mercadante foi responsabilizado por Eduardo Suplicy e outros economistas de esquerda (Paulo Nogueira Batista Jr., João Machado, Odilon Guedes e Luiz Carlos Merege) de ter avaliado mal o impacto político do Real. Mantega apoiou Mercadante.
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da Folha de S.Paulo
Antigo assessor econômico do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Guido Mantega, 56, enfrenta resistências de parte do mercado financeiro por conta de idéias consideradas fora da ortodoxia econômica.
Fez parte da equipe de transição do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e depois foi chamado para integrar a primeira equipe ministerial, no Ministério do Planejamento.
À frente do Planejamento, Mantega enfrentou dificuldades para aprovar o projeto de lei das PPPs (Parcerias Público-Privadas). O projeto precisou ser modificado várias para ser aprovado.
O método de trabalho de Mantega também foi criticado. Foi atribuído ao ex-ministro a responsabilidade pela demora para liberação de verbas do Orçamento da União.
Mantega é um defensor da redução da TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), que serve como referência para os empréstimos do BNDES. Hoje a taxa está em 9% ao ano.
Na semana passada, ele disse ser possível a redução em dois pontos percentuais da TJLP, considerando uma inflação de 4,5% neste ano e o risco-país em torno de 250 pontos --inflação e risco são os dois componentes que servem como base para a formação da TJLP.
Se assumir o cargo até quinta-feira, ele terá como defender essa redução na reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), que na próxima reunião irá definir a TJLP para o segundo trimestre.
O CMN é formado pelos ministros do Planejamento e Fazenda e pelo presidente do Banco Central.
Durante a campanha eleitoral de Lula, Mantega sempre foi o principal assessor econômico do petista. No entanto, ele perdeu o lugar de porta-voz econômico para Antonio Palocci, que comandou o Ministério da Fazenda.
Nascido em Gênova, na Itália, Mantega veio com três anos e meio para o Brasil. Formou-se em economia pela USP (Universidade de São Paulo) e fez doutorado em sociologia. É professor da Fundação Getúlio Vargas (SP) e autor de 'Acumulação monopolista e crises no Brasil' (1991), 'Economia Política Brasileira' (1988), 'Conversas com economistas brasileiros' (1999).
Integra a equipe econômica do PT desde 1989. Na administração de Luiza Erundina na Prefeitura de São Paulo (89-92), Mantega foi chefe de gabinete do secretário de Planejamento, Paul Singer, e depois foi diretor de Orçamento. Em 1993, tornou-se o principal assessor econômico de Lula.
Em 1994, foi um dos coordenadores do programa econômico do PT e criticou muito o Plano Real, em conjunto com Aloizio Mercadante e Jorge Mattoso. Após o pleito, Mercadante foi responsabilizado por Eduardo Suplicy e outros economistas de esquerda (Paulo Nogueira Batista Jr., João Machado, Odilon Guedes e Luiz Carlos Merege) de ter avaliado mal o impacto político do Real. Mantega apoiou Mercadante.
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