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28/03/2006
-
11h20
ROSE ANE SILVEIRA
da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), informou nesta terça-feira que a votação do processo contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), no plenário da casa pode não acontecer amanhã, como estava anteriormente previsto.
Pelo regimento interno da Câmara, Cunha tem até amanhã à tarde para recorrer da decisão do Conselho de Ética, que recomendou a cassação de seu mandato, à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
"É um direito que o deputado tem de recorrer. Não posso fazer nada a não ser seguir o regimento. Se não houver recurso, o processo entra em pauta amanhã em sessão extraordinária", afirmou Aldo.
Sobre a saída de Antonio Palocci da Fazenda, o presidente da Câmara disse esperar que o acirramento das disputas entre governo e oposição no Congresso diminua a partir de agora. "Espero que o clima volte à normalidade e possamos colocar em votação matérias importantes que estão aguardando", afirmou.
A expectativa é que João Paulo Cunha seja o oitavo parlamentar a escapar da cassação pelas acusações de envolvimento com o suposto "mensalão".
O relator do processo contra Cunha é o deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que teve seu relatório foi aprovado no Conselho com nove votos favoráveis e cinco contrários.
Contra Cunha pesa o fato de sua mulher, Márcia Regina Cunha, ter sacado R$ 50 mil de uma conta da agência do Rural em Brasília, mantida pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o principal operador do mensalão.
Em sua defesa, Cunha inicialmente disse que a mulher foi à agência pagar uma conta de TV a cabo. Depois, ele mudou a versão e disse que o dinheiro foi usado para ajudar na campanha do PT em Osasco.
Em seu parecer, Schirmer acusou o deputado de também ter firmado um contrato irregular com a empresa de Marcos Valério enquanto era presidente da Câmara.
O contrato foi considerado irregular pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e por uma comissão de sindicância da Casa.
Até o momento, o placar das votações dos processos de cassação dos supostos envolvidos no "mensalão" mostra que somente três deputados foram cassados e sete conseguiram manter seus mandatos.
O último a escapar da cassação foi o deputado João Magno (PT-MG). O parecer do Conselho de Ética que pedia a cassação foi rejeitado por 207 votos contrários e 201 favoráveis.
Ainda na semana passada, o plenário também rejeitou a cassação do deputado Wanderval Santos (PL-SP). Como são necessários pelo menos 257 votos para cassar um mandato, o relatório foi arquivado, com 242 votos a favor da cassação e 179 contrários.
Também conseguiram manter seus mandatos os deputados Pedro Henry (PP-MT), Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP), Sandro Mabel (PP-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG).
Dos principais protagonistas do suposto escândalo do mensalão, apenas Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE), foram cassados.
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Aldo diz que João Paulo pode recorrer e adiar votação
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), informou nesta terça-feira que a votação do processo contra o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), no plenário da casa pode não acontecer amanhã, como estava anteriormente previsto.
Pelo regimento interno da Câmara, Cunha tem até amanhã à tarde para recorrer da decisão do Conselho de Ética, que recomendou a cassação de seu mandato, à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça).
"É um direito que o deputado tem de recorrer. Não posso fazer nada a não ser seguir o regimento. Se não houver recurso, o processo entra em pauta amanhã em sessão extraordinária", afirmou Aldo.
Sobre a saída de Antonio Palocci da Fazenda, o presidente da Câmara disse esperar que o acirramento das disputas entre governo e oposição no Congresso diminua a partir de agora. "Espero que o clima volte à normalidade e possamos colocar em votação matérias importantes que estão aguardando", afirmou.
A expectativa é que João Paulo Cunha seja o oitavo parlamentar a escapar da cassação pelas acusações de envolvimento com o suposto "mensalão".
O relator do processo contra Cunha é o deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que teve seu relatório foi aprovado no Conselho com nove votos favoráveis e cinco contrários.
Contra Cunha pesa o fato de sua mulher, Márcia Regina Cunha, ter sacado R$ 50 mil de uma conta da agência do Rural em Brasília, mantida pelo publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, acusado de ser o principal operador do mensalão.
Em sua defesa, Cunha inicialmente disse que a mulher foi à agência pagar uma conta de TV a cabo. Depois, ele mudou a versão e disse que o dinheiro foi usado para ajudar na campanha do PT em Osasco.
Em seu parecer, Schirmer acusou o deputado de também ter firmado um contrato irregular com a empresa de Marcos Valério enquanto era presidente da Câmara.
O contrato foi considerado irregular pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e por uma comissão de sindicância da Casa.
Até o momento, o placar das votações dos processos de cassação dos supostos envolvidos no "mensalão" mostra que somente três deputados foram cassados e sete conseguiram manter seus mandatos.
O último a escapar da cassação foi o deputado João Magno (PT-MG). O parecer do Conselho de Ética que pedia a cassação foi rejeitado por 207 votos contrários e 201 favoráveis.
Ainda na semana passada, o plenário também rejeitou a cassação do deputado Wanderval Santos (PL-SP). Como são necessários pelo menos 257 votos para cassar um mandato, o relatório foi arquivado, com 242 votos a favor da cassação e 179 contrários.
Também conseguiram manter seus mandatos os deputados Pedro Henry (PP-MT), Roberto Brant (PFL-MG), Professor Luizinho (PT-SP), Sandro Mabel (PP-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG).
Dos principais protagonistas do suposto escândalo do mensalão, apenas Roberto Jefferson (PTB-RJ), José Dirceu (PT-SP) e Pedro Corrêa (PP-PE), foram cassados.
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