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27/04/2006
-
07h07
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Texeira de Freitas
Inicialmente marcada para ontem, a reintegração de posse de uma fazenda da Suzano Papel e Celulose invadida por cerca de 3.500 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foi suspensa pela Polícia Militar por 24 horas a pedido do Incra da Bahia. Os 120 policiais que chegaram à propriedade invadida em Teixeira de Freitas (820 km de Salvador), às 7h30 de ontem, deixaram o local à tarde, sem nenhum aviso à Justiça.
A PM informou que, por solicitação do superintendente regional do Incra no Estado, José Leal, "decidiu suspender momentaneamente a operação de reintegração de posse" e marcou para hoje, "sob qualquer hipótese", o cumprimento da decisão do juiz Roney Jorge Cunha Moreira.
Em sua sentença, o juiz determinou a saída imediata dos sem-terra --ontem, dez dias depois da decisão, o mandado ainda não tinha sido cumprido. "Estamos aqui para negociar, jamais vamos usar da violência para expulsar os sem-terra", disse o capitão PM Cléber Ribeiro de Araújo, comandante da operação.
O Incra informou que solicitou à PM mais 24 horas porque o superintendente Leal apresentaria uma nova proposta aos sem-terra para a desocupação da área --os agricultores querem 10 mil hectares de terra (cada hectare tem 10 mil metros quadrados) e liberação de crédito agrícola.
Os sem-terra baianos soltaram fogos de artifício para que todos soubessem da chegada dos 120 policiais mobilizados pelo governo estadual para a operação.
Apenas seis PMs (quatro negociadores) conversaram com os líderes dos sem-terra --os integrantes da Caema (Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica), fortemente armados, ficaram a 200 metros do acampamento montado pelos agricultores.
Após a chegada da PM, os sem-terra bloquearam a estrada que dá acesso à fazenda e colocaram cerca de 30 crianças na frente do bloqueio.
Depois de cantar os hinos do movimento, os agricultores, com foices e enxadas, destruíram e queimaram uma placa instalada pela Suzano contendo as especificações técnicas da fazenda --área de 975 hectares, sendo 625 ha com plantação de eucalipto.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ocupações dos sem-terra
Pedido do Incra faz PM suspender reintegração de posse na Suzano
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da Agência Folha, em Texeira de Freitas
Inicialmente marcada para ontem, a reintegração de posse de uma fazenda da Suzano Papel e Celulose invadida por cerca de 3.500 integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) foi suspensa pela Polícia Militar por 24 horas a pedido do Incra da Bahia. Os 120 policiais que chegaram à propriedade invadida em Teixeira de Freitas (820 km de Salvador), às 7h30 de ontem, deixaram o local à tarde, sem nenhum aviso à Justiça.
A PM informou que, por solicitação do superintendente regional do Incra no Estado, José Leal, "decidiu suspender momentaneamente a operação de reintegração de posse" e marcou para hoje, "sob qualquer hipótese", o cumprimento da decisão do juiz Roney Jorge Cunha Moreira.
Em sua sentença, o juiz determinou a saída imediata dos sem-terra --ontem, dez dias depois da decisão, o mandado ainda não tinha sido cumprido. "Estamos aqui para negociar, jamais vamos usar da violência para expulsar os sem-terra", disse o capitão PM Cléber Ribeiro de Araújo, comandante da operação.
O Incra informou que solicitou à PM mais 24 horas porque o superintendente Leal apresentaria uma nova proposta aos sem-terra para a desocupação da área --os agricultores querem 10 mil hectares de terra (cada hectare tem 10 mil metros quadrados) e liberação de crédito agrícola.
Os sem-terra baianos soltaram fogos de artifício para que todos soubessem da chegada dos 120 policiais mobilizados pelo governo estadual para a operação.
Apenas seis PMs (quatro negociadores) conversaram com os líderes dos sem-terra --os integrantes da Caema (Companhia de Ações Especiais da Mata Atlântica), fortemente armados, ficaram a 200 metros do acampamento montado pelos agricultores.
Após a chegada da PM, os sem-terra bloquearam a estrada que dá acesso à fazenda e colocaram cerca de 30 crianças na frente do bloqueio.
Depois de cantar os hinos do movimento, os agricultores, com foices e enxadas, destruíram e queimaram uma placa instalada pela Suzano contendo as especificações técnicas da fazenda --área de 975 hectares, sendo 625 ha com plantação de eucalipto.
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