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17/05/2006
-
15h39
FELIPE RECONDO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) respondeu hoje às reclamações feitas ontem pelo ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, de que o governo federal teria responsabilidade pela onda de violência em SP ao não repassar recursos para a segurança.
Sem considerar que Alckmin deixou o governado de São Paulo para disputar as eleições de outubro --cargo que foi ocupado por Cláudio Lembo (PFL)--, o ministro afirmou que o tucano preferiu negociar o fim dos ataques a policiais e rebeliões em presídios com os integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) a pedir a ajuda do governo federal, que ofereceu o contingente de 4 mil homens da Força Nacional de Segurança Pública.
"Agora, segundo vocês estão informando, o governo paulista, o governo do senhor Alckmin, parece que preferiu negociar com criminosos a aceitar a ajuda do governo. Então, não é correto o que ele está fazendo", disse Tarso após reunião na Câmara dos Deputados.
O secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, admitiu nesta terça-feira que o PCC apresentou condições para pôr fim à série de ataques a forças de segurança do Estado e que houve uma reunião entre representantes do governo e o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola; mas voltou a negar que tenha havido acordo entre as partes.
Ajuda federal
"Ele [Alckmin] tem o direito de não aceitá-la [oferta de ajuda do governo federal], mas ninguém tem o direito de transferir responsabilidades e declinar de sua responsabilidade diante do povo de São Paulo, justamente alguém que disse ter dado um choque de gestão", continuou Tarso, em referência ao mote da campanha de Alckmin.
Tarso fez questão, mesmo ao ser questionado sobre outros assuntos, de criticar Alckmin e o governo de São Paulo. Acrescentou que a crise atual na segurança do estado tem origem na gestão de Geraldo Alckmin.
"A crise não começou agora, mas com as rebeliões da Febem, e o Estado não deu a devida atenção", disse. "Nós temos, neste momento, que despolitizar,tirar o caráter eleitoral dessa questão. Se não, não trataremos com seriedade essa questão. Parece que ele [Alckmin] está querendo exatamente fazer isso".
Ao governo federal, de acordo com o ministro, caberia uma "função supletiva" de repassar recursos e disponibilizar dos serviços da Polícia Federal. A reclamação feita ontem por Alckmin, referendada por secretários de segurança de 23 estados, é justamente de que o governo não repassaria recursos suficientes para o combate ao crime.
O pré-candidato tucano afirmou que, ainda neste mês, o governo federal não assinou os convênios com o governo de São Paulo para repassar o dinheiro previsto nos fundos penitenciário e de segurança.
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da Folha Online, em Brasília
O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) respondeu hoje às reclamações feitas ontem pelo ex-governador de São Paulo e pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, de que o governo federal teria responsabilidade pela onda de violência em SP ao não repassar recursos para a segurança.
Sem considerar que Alckmin deixou o governado de São Paulo para disputar as eleições de outubro --cargo que foi ocupado por Cláudio Lembo (PFL)--, o ministro afirmou que o tucano preferiu negociar o fim dos ataques a policiais e rebeliões em presídios com os integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) a pedir a ajuda do governo federal, que ofereceu o contingente de 4 mil homens da Força Nacional de Segurança Pública.
"Agora, segundo vocês estão informando, o governo paulista, o governo do senhor Alckmin, parece que preferiu negociar com criminosos a aceitar a ajuda do governo. Então, não é correto o que ele está fazendo", disse Tarso após reunião na Câmara dos Deputados.
O secretário de Administração Penitenciária de São Paulo, Nagashi Furukawa, admitiu nesta terça-feira que o PCC apresentou condições para pôr fim à série de ataques a forças de segurança do Estado e que houve uma reunião entre representantes do governo e o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola; mas voltou a negar que tenha havido acordo entre as partes.
Ajuda federal
"Ele [Alckmin] tem o direito de não aceitá-la [oferta de ajuda do governo federal], mas ninguém tem o direito de transferir responsabilidades e declinar de sua responsabilidade diante do povo de São Paulo, justamente alguém que disse ter dado um choque de gestão", continuou Tarso, em referência ao mote da campanha de Alckmin.
Tarso fez questão, mesmo ao ser questionado sobre outros assuntos, de criticar Alckmin e o governo de São Paulo. Acrescentou que a crise atual na segurança do estado tem origem na gestão de Geraldo Alckmin.
"A crise não começou agora, mas com as rebeliões da Febem, e o Estado não deu a devida atenção", disse. "Nós temos, neste momento, que despolitizar,tirar o caráter eleitoral dessa questão. Se não, não trataremos com seriedade essa questão. Parece que ele [Alckmin] está querendo exatamente fazer isso".
Ao governo federal, de acordo com o ministro, caberia uma "função supletiva" de repassar recursos e disponibilizar dos serviços da Polícia Federal. A reclamação feita ontem por Alckmin, referendada por secretários de segurança de 23 estados, é justamente de que o governo não repassaria recursos suficientes para o combate ao crime.
O pré-candidato tucano afirmou que, ainda neste mês, o governo federal não assinou os convênios com o governo de São Paulo para repassar o dinheiro previsto nos fundos penitenciário e de segurança.
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