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01/06/2006 - 17h26

Petistas e tucanos antecipam debate eleitoral e trocam farpas em público

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ANDREZA MATAIS
ANA PAULA RIBEIRO
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online, em Brasília e SP

A eleição para escolha do presidente acontece só em outubro. Mas petistas e tucanos --principais adversários nas urnas-- elevaram hoje o tom dos ataques mútuos e indicaram qual será o tom da campanha eleitoral deste ano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o primeiro a provocar os adversários. Em viagem a Manaus (AM), Lula desafiou a oposição a mostrar na TV as sessões das CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) criadas para investigar o "mensalão", entre outras denúncias contra o Planalto.

"Quero que eles coloquem CPI na televisão todo dia, toda hora. Que coloquem as torturas que fizeram com muita gente lá", afirmou Lula.

Incomodado, o pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, disse que Lula passou da "omissão ao cinismo". "O presidente passou da omissão para o cinismo. Primeiro ele dizia que de nada sabia, agora fala que corrupção não tem problema. Agora é cinismo mesmo, que é mais imperdoável do que omissão."

O presidente do PT, Ricardo Berzoini, rebateu hoje as declarações dos tucanos sobre a suposta "bomba fiscal" que o partido estaria preparando para o eventual segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Berzoini disse que o PSDB está usando a estratégia do terrorismo para tentar atingir o PT.

"É a estratégia do terrorismo. O PSDB tenta criar fatos a partir de mentiras e colocar medo nas pessoas", afirmou Berzoini.

Berzoini reagiu às acusações e alfinetou a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). "O governo Lula não precisou fazer programa de privatização todo ano para fechar contas. Quem sempre foi irresponsável na área fiscal foi o PSDB e PFL", afirmou ele.

O ministro Guido Mantega (Fazenda) também rebateu as críticas tucanas à suposta "farra cambial e fiscal" do governo Lula. "Quando se fala em farra cambial me vem à mente aquele período do governo Fernando Henrique Cardoso onde o câmbio era mantido artificialmente congelado. (...) Quando soltaram o câmbio, em janeiro de 1999, o castelo de cartas desmoronou e se descobriu que era uma farra cambial", cutucou o ministro.

São Paulo

Em São Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a suspeita de corrupção que atingiu o governo Lula. Para combater o mal, FHC defendeu um "choque de moral".

O ministro Tarso Genro (Relações Institucionais) rebateu FHC e disse que "essa visão de choque ético não tem nenhuma fundamentação". "A ética se constrói consensualmente, no interior do Estado, no interior da sociedade civil", afirmou ele.

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