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05/07/2006 - 10h11

Mais sanguessugas serão acusados, diz procurador

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ADRIANO CEOLIN
LEONARDO SOUZA
da Folha de S.Paulo, em Brasília

O procurador da República no Mato Grosso Mário Lúcio Avelar afirmou ontem, em reunião reservada da CPI dos Sanguessugas, que as investigações sobre a máfia das ambulâncias são suficientes para denunciar à Justiça cerca de 60 parlamentares. A informação foi dada ontem pelo deputado José Carlos Aleluia (PFL-BA), um dos integrantes da CPI.

A CPI ouviu o também o delegado da Polícia Federal Tardelli Boaventura, que comandou o inquérito do esquema.

Durante o depoimento de Avelar e Boaventura, a CPI aprovou requerimento pedindo ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), o afastamento dos deputados João Caldas (PL-AL) e Nilton Capixaba (PTB-RO) de seus cargos na Mesa Diretora da Casa. Caldas nega irregularidade e classificou como "política" a decisão da CPI. Capixaba não se manifestou.

Até agora, o Supremo Tribunal Federal autorizou a abertura de inquéritos contra 15 parlamentares, mas determinou sigilo. Reservadamente, entretanto, os integrantes da CPI dizem que os nomes são praticamente os mesmos dos que aparecem como recebedores de dinheiro na contabilidade da Planam, suposta cabeça da máfia.

Além de Caldas e Capixaba, os deputados federais listados nos papéis da empresa como beneficiários de R$ 990 mil são: Teté Bezerra (PMDB-MT), Lino Rossi (PP-MT), Paulo Baltazar (PSB-RJ), Pedro Henry (PP-MT), Paulo Feijó (PSDB-RJ), Fernando Gonçalves (PTB-RJ), Benedito Dias (PP-AP), Iris Simões (PTB-PR), Wanderval Santos (PL-SP), Pastor Amarildo (PSC-TO) e Cabo Júlio.

Contudo, dois parlamentares que assistiram à explicação de Avelar notaram uma parte do texto que dizia que os parlamentares João Mendes (PSB-RJ), José Divino (PRB-RJ), Jorge Pinheiro (PL-DF) e Paulo Baltazar (PSB-RJ) comprovadamente receberam a verba.

O Ministério Público Federal já solicitou a abertura de mais 42 inquéritos, que devem ser autorizados pelo STF, somando um total de 57 congressistas investigados.

Planam

Luiz Antônio Trevisan Vedoin, filho do dono da Planam, Darci José Vedoin, conseguiu ontem liminar do STF que garante a ele o direito de ficar calado no seu depoimento, hoje.

Ontem, no depoimento conjunto à CPI, Boaventura e Avelar confirmaram que a fraude chegou a ser operada também no Ministério de Ciência e Tecnologia (na compra de unidades móveis para inclusão digital) e também houve tentativa da quadrilha para burlar licitações relacionadas ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, autarquia do Ministério da Educação.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a CPI dos Sanguessugas
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