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14/07/2006
-
13h06
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá
Única pessoa ainda presa sob acusação de pertencer à máfia dos sanguessugas, o empresário Ronildo Pereira Medeiros, 37, começou a depor ontem na Justiça Federal em Cuiabá (MT) e --a exemplo de Luiz Antônio Vedoin, 31-- está confirmando o esquema.
Medeiros pode complicar ainda mais a situação dos "60 a 80 parlamentares" que, segundo a CPI dos Sanguessugas, receberam propina em troca de emendas ao Orçamento para compra de ambulâncias superfaturadas. Em maio, a Justiça decretou a prisão de 54 acusados, excetuando os parlamentares que têm foro privilegiado e cujos nomes ainda não tinham aparecido.
"As provas colhidas pela Polícia Federal são incontestáveis. Depósitos em dinheiro que constam no processo são provas inequívocas", afirmou Otto Azevedo Medeiros Júnior, advogado de Medeiros. O advogado deu entrevista ontem, no intervalo do depoimento, mas não confirmou nem negou que os depósitos eram pagamentos de propina a deputados.
O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), afirmou que deputados recebiam dinheiro em depósitos bancários e em espécie dentro do Congresso.
Medeiros já tinha prestado depoimento em junho, mas negara o esquema. "Eu analisei os autos e verifiquei que algumas omissões no primeiro interrogatório iriam prejudicá-lo", disse ontem Azevedo.
O novo depoimento deve durar cinco dias, segundo previsão do advogado. O interrogatório de Vedoin demorou nove dias e acabou na terça-feira à noite.
Conforme a advogada Laura Gisele Spinola, Vedoin envolveu cerca de cem deputados e ex-deputados no esquema. O interrogatório dele foi entregue à Procuradoria-Geral da República e deve ser enviado à CPI.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
Leia a cobertura completa sobre a crise em Brasília
Depoimento de empresário deve complicar sanguessugas
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da Agência Folha, em Cuiabá
Única pessoa ainda presa sob acusação de pertencer à máfia dos sanguessugas, o empresário Ronildo Pereira Medeiros, 37, começou a depor ontem na Justiça Federal em Cuiabá (MT) e --a exemplo de Luiz Antônio Vedoin, 31-- está confirmando o esquema.
Medeiros pode complicar ainda mais a situação dos "60 a 80 parlamentares" que, segundo a CPI dos Sanguessugas, receberam propina em troca de emendas ao Orçamento para compra de ambulâncias superfaturadas. Em maio, a Justiça decretou a prisão de 54 acusados, excetuando os parlamentares que têm foro privilegiado e cujos nomes ainda não tinham aparecido.
"As provas colhidas pela Polícia Federal são incontestáveis. Depósitos em dinheiro que constam no processo são provas inequívocas", afirmou Otto Azevedo Medeiros Júnior, advogado de Medeiros. O advogado deu entrevista ontem, no intervalo do depoimento, mas não confirmou nem negou que os depósitos eram pagamentos de propina a deputados.
O vice-presidente da CPI dos Sanguessugas, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), afirmou que deputados recebiam dinheiro em depósitos bancários e em espécie dentro do Congresso.
Medeiros já tinha prestado depoimento em junho, mas negara o esquema. "Eu analisei os autos e verifiquei que algumas omissões no primeiro interrogatório iriam prejudicá-lo", disse ontem Azevedo.
O novo depoimento deve durar cinco dias, segundo previsão do advogado. O interrogatório de Vedoin demorou nove dias e acabou na terça-feira à noite.
Conforme a advogada Laura Gisele Spinola, Vedoin envolveu cerca de cem deputados e ex-deputados no esquema. O interrogatório dele foi entregue à Procuradoria-Geral da República e deve ser enviado à CPI.
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