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18/07/2006
-
13h14
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Na primeira entrevista depois que deixou a prisão, o líder do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), Bruno Maranhão, negou que o movimento tenha invadido e depredado a Câmara Federal em junho. Maranhão acusou a "direita" de deturpar a ocupação na Câmara e responsabilizou o que chamou de "quarteto golpista" por politizar o ato.
Maranhão acusou os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Álvaro Dias (PSDB-PR) e Jorge Bornhausen (PFL-SC) de formar o "quarteto golpista".
"Não acho que o Congresso foi quebrado, se isso fosse verdade o prejuízo teria sido de R$ 10 milhões e não de R$ 84 mil como noticiou a imprensa. O problema é político. Me colocaram no programa [político] do PFL. É uma baixaria para tentar desmontar a vantagem que o Lula tem nas pesquisas", disse.
PT
Ele informou que enviou ontem um fax para o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), informando que deixou a cadeia e está à disposição do partido. Até a invasão da Câmara, Maranhão era membro da Executiva Nacional do partido e respondia pela secretaria nacional de movimentos populares.
O PT abriu um processo no Conselho de Ética contra Maranhão, mas ele disse não acreditar que será expulso da legenda. "Conheço o Lula há 25 anos, não é uma relação de um dia", afirmou. Complementando que vai atuar na campanha à reeleição do presidente "mais do que nunca". "Não só vou apoiar, como serei um dos soldados da reeleição", avisou.
A invasão
Bruno Maranhão disse que o movimento ainda estuda se irá acionar o governo na Justiça pela prisão dos integrantes do MLST que invadiram a Câmara. Segundo ele, os advogados do movimento ainda estão estudando sobre essa hipótese.
Ele confirmou que a idéia do MLST era "ocupar" o Incra ou o Congresso, mas disse que pacificamente. A opção pela Câmara foi uma reação ao posicionamento do PFL, PSDB e da bancada ruralista, segundo Maranhão, contra projetos defendidos pelo movimento.
Segundo o dirigente, o MLST "não perdeu o controle" dos seus liderados. Maranhão sustentou que não foram apenas membros do movimento que invadiram a Câmara, mas também estudantes e agentes de saúde. Os sem terra que participaram do quebra-quebra, disse, eram apenas "uns 15" e que não receberam essa orientação.
"Foi um incidente. A moça que quebrou os computadores estava há cinco meses acampada. Ela quebrou por decisão própria", disse.
Aldo Rebelo
Maranhão disparou críticas ao presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que determinou a prisão dos invasores. Segundo Maranhão, Aldo deveria ter agradecido por ele ter tirado os sem-terra do salão verde.
Ele também negou que a liberação dos líderes do movimento na madrugada de sábado tenha decorrido da ajuda da Ouvidoria Agrária Nacional, ligada ao governo federal, que teria enviado documentos para o juiz do processo. "Nós caminhamos com nossas próprias pernas", disse Maranhão.
Agenda
Maranhão informou ainda que não é dono de uma agenda divulgada pela Polícia Federal quando estava preso. A agenda relacionava o PT e a União com os custos da invasão à Câmara.
Segundo ele, a vinda dos sem-terra à Brasília foi financiada por doações dos próprios membros do MLST.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o MLST
Líder do MLST nega invasão e diz que vai trabalhar pela reeleição de Lula
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da Folha Online, em Brasília
Na primeira entrevista depois que deixou a prisão, o líder do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), Bruno Maranhão, negou que o movimento tenha invadido e depredado a Câmara Federal em junho. Maranhão acusou a "direita" de deturpar a ocupação na Câmara e responsabilizou o que chamou de "quarteto golpista" por politizar o ato.
Maranhão acusou os senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Álvaro Dias (PSDB-PR) e Jorge Bornhausen (PFL-SC) de formar o "quarteto golpista".
"Não acho que o Congresso foi quebrado, se isso fosse verdade o prejuízo teria sido de R$ 10 milhões e não de R$ 84 mil como noticiou a imprensa. O problema é político. Me colocaram no programa [político] do PFL. É uma baixaria para tentar desmontar a vantagem que o Lula tem nas pesquisas", disse.
PT
Ele informou que enviou ontem um fax para o presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), informando que deixou a cadeia e está à disposição do partido. Até a invasão da Câmara, Maranhão era membro da Executiva Nacional do partido e respondia pela secretaria nacional de movimentos populares.
O PT abriu um processo no Conselho de Ética contra Maranhão, mas ele disse não acreditar que será expulso da legenda. "Conheço o Lula há 25 anos, não é uma relação de um dia", afirmou. Complementando que vai atuar na campanha à reeleição do presidente "mais do que nunca". "Não só vou apoiar, como serei um dos soldados da reeleição", avisou.
A invasão
Bruno Maranhão disse que o movimento ainda estuda se irá acionar o governo na Justiça pela prisão dos integrantes do MLST que invadiram a Câmara. Segundo ele, os advogados do movimento ainda estão estudando sobre essa hipótese.
Ele confirmou que a idéia do MLST era "ocupar" o Incra ou o Congresso, mas disse que pacificamente. A opção pela Câmara foi uma reação ao posicionamento do PFL, PSDB e da bancada ruralista, segundo Maranhão, contra projetos defendidos pelo movimento.
Segundo o dirigente, o MLST "não perdeu o controle" dos seus liderados. Maranhão sustentou que não foram apenas membros do movimento que invadiram a Câmara, mas também estudantes e agentes de saúde. Os sem terra que participaram do quebra-quebra, disse, eram apenas "uns 15" e que não receberam essa orientação.
"Foi um incidente. A moça que quebrou os computadores estava há cinco meses acampada. Ela quebrou por decisão própria", disse.
Aldo Rebelo
Maranhão disparou críticas ao presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), que determinou a prisão dos invasores. Segundo Maranhão, Aldo deveria ter agradecido por ele ter tirado os sem-terra do salão verde.
Ele também negou que a liberação dos líderes do movimento na madrugada de sábado tenha decorrido da ajuda da Ouvidoria Agrária Nacional, ligada ao governo federal, que teria enviado documentos para o juiz do processo. "Nós caminhamos com nossas próprias pernas", disse Maranhão.
Agenda
Maranhão informou ainda que não é dono de uma agenda divulgada pela Polícia Federal quando estava preso. A agenda relacionava o PT e a União com os custos da invasão à Câmara.
Segundo ele, a vinda dos sem-terra à Brasília foi financiada por doações dos próprios membros do MLST.
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