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18/07/2006
-
19h19
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A maioria dos partidos que tiveram parlamentares envolvidos com o esquema dos sanguessugas adotaram a mesma estratégia. Os representantes dos partidos disseram que vão chamar os deputados para explicar as denúncias. Punições só serão adotadas depois de concluída as investigações na Justiça (Veja lista dos 57 parlamentares investigados pela CPI dos Sanguessugas)
A exceção, até agora, é o PSDB. O presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissati (CE), anunciou que vai expulsar os três deputados do partido envolvidos.
Em nota, Tasso afirmou que "o partido não aceitará em seus quadros pessoas envolvidas em quaisquer práticas ilícitas, especialmente num episódio vergonhoso como este". "Não pode haver outro caminho senão a expulsão". Os deputados envolvidos são: Eduardo Gomes (TO), Itamar Serpa (RJ) e Paulo Feijó (RJ).
Dos 17 partidos com representação no Congresso, 10 têm parlamentares investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta participação no esquema.
O presidente nacional do PP, deputado Nélio Dias (RN), é um dos citados na lista da CPI dos Sanguessugas divulgada hoje. O deputado se disse inocente e informou que irá abrir um processo contra as pessoas que estão o acusando. Segundo Dias, o PP, que tem 13 deputados denunciados, só vai se posicionar sobre as denúncias após as investigações.
O líder do PP na Câmara, deputado Mário Negromonte (BA), também está na lista da CPI. Em nota, disse que ficou 'surpreso e estarrecido' porque tinha a informação de que não havia provas contra ele. Segundo o deputado, seu nome contava de uma degravação de escuta telefônica da Polícia Federal "onde terceiros apenas comentavam" que ele tinha sido eleito líder do partido. "Não se fala sobre dinheiro, depósito ou compra de ambulâncias".
Em nota, o PTB informa que "não tem conhecimento do que ocorre no gabinete dos deputados e que não pode fazer pré-julgamento". Informa ainda que cabe à Justiça tomar providências contra os que tiverem as denúncias comprovadas e não ao partido. O PTB tem 13 acusados.
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse que quem estiver na lista terá que dar explicações ao partido. Quatro deputados do PFL estão entre os acusados. O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), também informou que o partido vai notificar o deputado Fernando Estima (SP) para que ele encaminhe cópia da defesa que apresentou à CPI.
Estima disse que "estranhou" a inclusão do seu nome, pois não apresentou emendas ao Orçamento em 2005. Ele assumiu o mandato em agosto de 2005, na vaga do deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP), que renunciou no escândalo do mensalão. Procurados, os representantes do PL, PRB e PSC não foram encontrados.
O segundo vice-presidente do PMDB, Eliseu Padilha (RS), disse que o partido vai estimular o aprofundamento das investigações para evitar injustiças. Ele afirmou que o PMDB vai punir os parlamentares depois da sentença definitiva. O PMDB tem cinco deputados ma lista.
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A exceção, até agora, é o PSDB. O presidente nacional do partido, senador Tasso Jereissati (CE), anunciou que vai expulsar os três deputados do partido envolvidos.
Em nota, Tasso afirmou que "o partido não aceitará em seus quadros pessoas envolvidas em quaisquer práticas ilícitas, especialmente num episódio vergonhoso como este". "Não pode haver outro caminho senão a expulsão". Os deputados envolvidos são: Eduardo Gomes (TO), Itamar Serpa (RJ) e Paulo Feijó (RJ).
Dos 17 partidos com representação no Congresso, 10 têm parlamentares investigados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por suposta participação no esquema.
O presidente nacional do PP, deputado Nélio Dias (RN), é um dos citados na lista da CPI dos Sanguessugas divulgada hoje. O deputado se disse inocente e informou que irá abrir um processo contra as pessoas que estão o acusando. Segundo Dias, o PP, que tem 13 deputados denunciados, só vai se posicionar sobre as denúncias após as investigações.
O líder do PP na Câmara, deputado Mário Negromonte (BA), também está na lista da CPI. Em nota, disse que ficou 'surpreso e estarrecido' porque tinha a informação de que não havia provas contra ele. Segundo o deputado, seu nome contava de uma degravação de escuta telefônica da Polícia Federal "onde terceiros apenas comentavam" que ele tinha sido eleito líder do partido. "Não se fala sobre dinheiro, depósito ou compra de ambulâncias".
Em nota, o PTB informa que "não tem conhecimento do que ocorre no gabinete dos deputados e que não pode fazer pré-julgamento". Informa ainda que cabe à Justiça tomar providências contra os que tiverem as denúncias comprovadas e não ao partido. O PTB tem 13 acusados.
O presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), disse que quem estiver na lista terá que dar explicações ao partido. Quatro deputados do PFL estão entre os acusados. O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE), também informou que o partido vai notificar o deputado Fernando Estima (SP) para que ele encaminhe cópia da defesa que apresentou à CPI.
Estima disse que "estranhou" a inclusão do seu nome, pois não apresentou emendas ao Orçamento em 2005. Ele assumiu o mandato em agosto de 2005, na vaga do deputado Valdemar Costa Neto (PL-SP), que renunciou no escândalo do mensalão. Procurados, os representantes do PL, PRB e PSC não foram encontrados.
O segundo vice-presidente do PMDB, Eliseu Padilha (RS), disse que o partido vai estimular o aprofundamento das investigações para evitar injustiças. Ele afirmou que o PMDB vai punir os parlamentares depois da sentença definitiva. O PMDB tem cinco deputados ma lista.
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