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05/08/2006
-
21h05
da Folha Online
O relator da CPI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), confirmou que vai sugerir no relatório parcial a quebra do sigilo bancário dos 21 parlamentares que receberam dinheiro em espécie para aprovar emendas para a compra de ambulâncias superfaturadas com recursos do Orçamento.
O senador também irá propor a quebra de sigilo de cerca de 80 envolvidos, entre assessores de parlamentares e terceiros que receberam dinheiro em nome dos parlamentares.
"Isso precisa ser feito porque se você deixar isso sem quebrar o sigilo depois, por exemplo, ninguém mais tem competência, só o plenário das respectivas Casas, então a gente já deixa isso pronto", afirmou Lando. "É uma fórmula, no meu entender, que pode auxiliar lá para a frente", disse.
De acordo com o senador, o grupo de 90 parlamentares investigados pela CPI vai ser separado em três categorias no relatório: 21 que receberam dinheiro em espécie, seis citados pelo Ministério Público mas sem evidência de participação no esquema e 63 contra os quais há provas concretas de participação na fraude das ambulâncias.
Segundo Amir Lando, o relatório parcial que será apresentado na próxima quinta-feira terá três partes: a primeira será uma descrição do esquema, a segunda parte fará uma análise dos tipos de crimes cometidos e de cada caso separadamente e a terceira parte serão as sugestões das medidas corretivas para evitar que o esquema se repita.
Ele afirmou que cada parlamentar envolvido terá um processo separado. "Nós vamos fazer um resumo do comportamento de cada um à luz dos testemunhos, das gravações telefônicas, dos documentos, porque assim nós poderemos formular um juízo de valor sobre cada um", disse Lando.
A CPI dos Sanguessugas realizou na sexta-feira uma acareação entre o sócio da Planan, Luiz Vedoin, o responsável pela montagem dos equipamentos nas ambulâncias, Romildo Medeiros, e o ex-assessor do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), Marcelo Carvalho.
Em relação ao depoimento do ex-assessor, que teria dito que o único dinheiro recebido por ele da Planan (R$ 29.500) foi relacionado à venda de um barco, Amir Lando afirmou que "há uma convicção de que realmente o barco é furado", insinuando que a história do barco é falsa. Sobre o senador Suassuna, Amir Lando preferiu não emitir nenhum juízo.
A apresentação do primeiro relatório parcial da CPI está marcada para a próxima quinta-feira. O relatório deverá apresentar os nomes dos deputados e senadores envolvidos com as fraudes. A segunda fase dos trabalhos será concentrada nos envolvidos que trabalham no poder Executivo.
Em maio deste ano, a Polícia Federal desencadeou a Operação Sanguessuga, que prendeu parlamentares, assessores e servidores públicos acusados de utilizar R$ 110 milhões do Orçamento na compra de ambulâncias superfaturadas.
A empresa Planam, com sede no Mato Grosso, era responsável pela montagem das ambulâncias e entrega dos carros às prefeituras. Segundo as investigações da Polícia Federal, a empresa chegou a superfaturar o preço das ambulâncias em até 110%.
Com Agência Brasil
Especial
Leia o que já foi publicado sobre CPI dos Sanguessugas
Relator pedirá quebra de sigilo de 101 investigados na CPI dos Sanguessugas
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O relator da CPI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), confirmou que vai sugerir no relatório parcial a quebra do sigilo bancário dos 21 parlamentares que receberam dinheiro em espécie para aprovar emendas para a compra de ambulâncias superfaturadas com recursos do Orçamento.
O senador também irá propor a quebra de sigilo de cerca de 80 envolvidos, entre assessores de parlamentares e terceiros que receberam dinheiro em nome dos parlamentares.
"Isso precisa ser feito porque se você deixar isso sem quebrar o sigilo depois, por exemplo, ninguém mais tem competência, só o plenário das respectivas Casas, então a gente já deixa isso pronto", afirmou Lando. "É uma fórmula, no meu entender, que pode auxiliar lá para a frente", disse.
De acordo com o senador, o grupo de 90 parlamentares investigados pela CPI vai ser separado em três categorias no relatório: 21 que receberam dinheiro em espécie, seis citados pelo Ministério Público mas sem evidência de participação no esquema e 63 contra os quais há provas concretas de participação na fraude das ambulâncias.
Segundo Amir Lando, o relatório parcial que será apresentado na próxima quinta-feira terá três partes: a primeira será uma descrição do esquema, a segunda parte fará uma análise dos tipos de crimes cometidos e de cada caso separadamente e a terceira parte serão as sugestões das medidas corretivas para evitar que o esquema se repita.
Ele afirmou que cada parlamentar envolvido terá um processo separado. "Nós vamos fazer um resumo do comportamento de cada um à luz dos testemunhos, das gravações telefônicas, dos documentos, porque assim nós poderemos formular um juízo de valor sobre cada um", disse Lando.
A CPI dos Sanguessugas realizou na sexta-feira uma acareação entre o sócio da Planan, Luiz Vedoin, o responsável pela montagem dos equipamentos nas ambulâncias, Romildo Medeiros, e o ex-assessor do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), Marcelo Carvalho.
Em relação ao depoimento do ex-assessor, que teria dito que o único dinheiro recebido por ele da Planan (R$ 29.500) foi relacionado à venda de um barco, Amir Lando afirmou que "há uma convicção de que realmente o barco é furado", insinuando que a história do barco é falsa. Sobre o senador Suassuna, Amir Lando preferiu não emitir nenhum juízo.
A apresentação do primeiro relatório parcial da CPI está marcada para a próxima quinta-feira. O relatório deverá apresentar os nomes dos deputados e senadores envolvidos com as fraudes. A segunda fase dos trabalhos será concentrada nos envolvidos que trabalham no poder Executivo.
Em maio deste ano, a Polícia Federal desencadeou a Operação Sanguessuga, que prendeu parlamentares, assessores e servidores públicos acusados de utilizar R$ 110 milhões do Orçamento na compra de ambulâncias superfaturadas.
A empresa Planam, com sede no Mato Grosso, era responsável pela montagem das ambulâncias e entrega dos carros às prefeituras. Segundo as investigações da Polícia Federal, a empresa chegou a superfaturar o preço das ambulâncias em até 110%.
Com Agência Brasil
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