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13/08/2006
-
07h48
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em São José da Tapera
A disputa pela paternidade do programa bolsa família, principal projeto social do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, levou o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, a repetir ontem, em São José da Tapera (a 240 km de Maceió, AL), o trajeto feito em 2001 pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso ao lançar na cidade o cartão bolsa alimentação.
Assim como FHC, Alckmin desceu de helicóptero no estádio de futebol. Cumprimentou as pessoas no alambrado e percorreu a pé um trecho de 500 metros de ruas até a escola particular João Paulo 2, onde discursou em um salão.
Acompanhado por cerca de 500 pessoas, o tucano lembrou o evento de cinco anos atrás. "Toda essa rede social foi criada pelo presidente Fernando Henrique", disse ele. "O que era bolsa alimentação, bolsa escola, vale-gás, mudou de nome, mas não tem problema nenhum", afirmou. "Se a minha filha mudar de nome, não vai deixar de ser minha filha por causa disso."
Sempre filmado por sua equipe, Alckmin seguiu depois para a casa da agricultora Maria de Oliveira da Paz, 50, nove filhos, a primeira pessoa a receber o bolsa alimentação de FHC.
Instruída pela equipe tucana, ela vestiu sobre a blusa que usava a camiseta azul do extinto projeto social, momentos antes de cumprimentar Alckmin. Após um abraço, Paz exibiu o cartão que ganhou na época e que lhe dava o direito de receber R$ 30 por mês. Em seguida, os dois posaram juntos para os fotógrafos e cinegrafistas.
A mulher já havia sido entrevistada horas antes pela equipe de Alckmin. O grupo filmou também partes da cidade, como a feira de alimentos e um estacionamento de carros de boi.
Questionado sobre esse comportamento, o candidato tucano disse que apenas tentava impedir a circulação de boatos "dos adversários" sobre o fim do bolsa família, na eventualidade de vitória sua nas eleições.
Paz, que hoje recebe R$ 95 do bolsa família, disse que os dois programas a ajudaram muito, mas que, por ter sido beneficiada inicialmente no governo de Fernando Henrique, votou em José Serra, em 2002, e votará em "Geraldo" este ano.
A mulher afirmou desconhecer as denúncias de corrupção contra o PT e integrantes do governo federal e reclamou que há dois meses deixou de ser atendida pelo Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil).
Antes de viajar para o interior da Bahia, Alckmin comentou o resultado das recentes pesquisas eleitorais, que apontam queda na intenção de votos à sua candidatura. "Não há queda", disse. "São pequenas oscilações", declarou. "Nessa época há muita volatilidade."
Sobre o crescimento da candidatura de Heloísa Helena (PSOL), o tucano disse que isso não o preocupava. "A eleição caminha para o segundo turno."
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da Agência Folha, em São José da Tapera
A disputa pela paternidade do programa bolsa família, principal projeto social do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, levou o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, a repetir ontem, em São José da Tapera (a 240 km de Maceió, AL), o trajeto feito em 2001 pelo ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso ao lançar na cidade o cartão bolsa alimentação.
Assim como FHC, Alckmin desceu de helicóptero no estádio de futebol. Cumprimentou as pessoas no alambrado e percorreu a pé um trecho de 500 metros de ruas até a escola particular João Paulo 2, onde discursou em um salão.
Acompanhado por cerca de 500 pessoas, o tucano lembrou o evento de cinco anos atrás. "Toda essa rede social foi criada pelo presidente Fernando Henrique", disse ele. "O que era bolsa alimentação, bolsa escola, vale-gás, mudou de nome, mas não tem problema nenhum", afirmou. "Se a minha filha mudar de nome, não vai deixar de ser minha filha por causa disso."
Sempre filmado por sua equipe, Alckmin seguiu depois para a casa da agricultora Maria de Oliveira da Paz, 50, nove filhos, a primeira pessoa a receber o bolsa alimentação de FHC.
Instruída pela equipe tucana, ela vestiu sobre a blusa que usava a camiseta azul do extinto projeto social, momentos antes de cumprimentar Alckmin. Após um abraço, Paz exibiu o cartão que ganhou na época e que lhe dava o direito de receber R$ 30 por mês. Em seguida, os dois posaram juntos para os fotógrafos e cinegrafistas.
A mulher já havia sido entrevistada horas antes pela equipe de Alckmin. O grupo filmou também partes da cidade, como a feira de alimentos e um estacionamento de carros de boi.
Questionado sobre esse comportamento, o candidato tucano disse que apenas tentava impedir a circulação de boatos "dos adversários" sobre o fim do bolsa família, na eventualidade de vitória sua nas eleições.
Paz, que hoje recebe R$ 95 do bolsa família, disse que os dois programas a ajudaram muito, mas que, por ter sido beneficiada inicialmente no governo de Fernando Henrique, votou em José Serra, em 2002, e votará em "Geraldo" este ano.
A mulher afirmou desconhecer as denúncias de corrupção contra o PT e integrantes do governo federal e reclamou que há dois meses deixou de ser atendida pelo Peti (Programa de Erradicação do Trabalho Infantil).
Antes de viajar para o interior da Bahia, Alckmin comentou o resultado das recentes pesquisas eleitorais, que apontam queda na intenção de votos à sua candidatura. "Não há queda", disse. "São pequenas oscilações", declarou. "Nessa época há muita volatilidade."
Sobre o crescimento da candidatura de Heloísa Helena (PSOL), o tucano disse que isso não o preocupava. "A eleição caminha para o segundo turno."
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