Publicidade
Publicidade
14/08/2006
-
21h29
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Cuiabá
A empresa W.A.S. Editora Gráfica e Comunicação Ltda., do deputado estadual Wagner Salustiano (PSDB-SP), recebeu uma van e R$ 15 mil da máfia dos sanguessugas em 2001 e 2002, conforme documentos em posse da Justiça Federal em Cuiabá (MT) aos quais a reportagem teve acesso.
O empresário Darci José Vedoin, um dos chefes da máfia dos sanguessugas, disse à Justiça Federal que o veículo e o dinheiro foram o pagamento a Salustiano, então deputado federal, por ele ter feito emendas ao Orçamento da União destinadas à compra de ambulâncias.
Esses veículos, dentro do esquema da máfia, eram vendidos por empresas de Vedoin a prefeituras.
A van, no valor de R$ 65 mil, caracterizada como "caminhão/ambulância", foi transferida para a empresa W.A.S. Editora em novembro de 2001. O veículo pertencia à empresa Santa Maria, aberta em nome da empregada doméstica de Vedoin.
Ocorreram ainda duas transferências eletrônicas da empresa Klass, aberta também em nome da empregada, para a W.A.S. Editora. A primeira transação foi em agosto de 2002 no valor de R$ 10 mil. A outra, de R$ 5.000, ocorreu em setembro daquele ano.
Vedoin disse que havia sido "acordado [com Salustiano] o pagamento de 10% a título de comissão" por emenda ao Orçamento.
A W.A.S. Editora, que pertence ao deputado, foi um dos alvos de investigação do Ministério Público de São Paulo sobre supostas irregularidades nos contratos de publicidade de estatais, no então governo do tucano Geraldo Alckmin, candidato a presidente.
Em maio passado, a Folha publicou que, de uma verba de R$ 522 mil para mídia em revistas em 2004, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) destinou 46,5% à revista "'DeFato", produzida pela W.A.S. Editora.
A preferência pela empresa de Salustiano levou o Ministério Público a incluir a Sabesp na investigação de que parlamentares da base aliada, do então governo tucano, tenham sido beneficiados com o direcionamento de verbas.
A Sabesp e a W.A.S. Editora negaram direcionamento político do dinheiro de publicidade.
Outro lado
Por meio de seu advogado André Boiani e Azevedo, o deputado Salustiano respondeu que "não teve acesso a qualquer dos documentos supostamente referidos pelos srs. Darci e Luiz Antonio Vedoin em seus depoimentos".
Ainda conforme o advogado, Salustiano "salienta que jamais obteve qualquer benefício irregular em razão do exercício de mandato eletivo, desconhecendo, por completo, a existência ou não da tal máfia dos sanguessugas".
Com relação a suposto favorecimento a sua empresa, o deputado informou ser "absurda a acusação de favorecimento à W.A.S. Editora relativamente à publicidade do governo Alckmin".
Leia mais
CPI dos Sanguessugas denuncia 72 parlamentares; veja lista
CPI dos Sanguessugas absolve 18 parlamentares
Especial
Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
Enquete: os partidos devem expulsar os parlamentares citados na lista da CPI dos Sanguessugas?
Deputado recebeu veículo e R$ 15 mil de empresário sanguessuga
Publicidade
da Agência Folha, em Cuiabá
A empresa W.A.S. Editora Gráfica e Comunicação Ltda., do deputado estadual Wagner Salustiano (PSDB-SP), recebeu uma van e R$ 15 mil da máfia dos sanguessugas em 2001 e 2002, conforme documentos em posse da Justiça Federal em Cuiabá (MT) aos quais a reportagem teve acesso.
O empresário Darci José Vedoin, um dos chefes da máfia dos sanguessugas, disse à Justiça Federal que o veículo e o dinheiro foram o pagamento a Salustiano, então deputado federal, por ele ter feito emendas ao Orçamento da União destinadas à compra de ambulâncias.
Esses veículos, dentro do esquema da máfia, eram vendidos por empresas de Vedoin a prefeituras.
A van, no valor de R$ 65 mil, caracterizada como "caminhão/ambulância", foi transferida para a empresa W.A.S. Editora em novembro de 2001. O veículo pertencia à empresa Santa Maria, aberta em nome da empregada doméstica de Vedoin.
Ocorreram ainda duas transferências eletrônicas da empresa Klass, aberta também em nome da empregada, para a W.A.S. Editora. A primeira transação foi em agosto de 2002 no valor de R$ 10 mil. A outra, de R$ 5.000, ocorreu em setembro daquele ano.
Vedoin disse que havia sido "acordado [com Salustiano] o pagamento de 10% a título de comissão" por emenda ao Orçamento.
A W.A.S. Editora, que pertence ao deputado, foi um dos alvos de investigação do Ministério Público de São Paulo sobre supostas irregularidades nos contratos de publicidade de estatais, no então governo do tucano Geraldo Alckmin, candidato a presidente.
Em maio passado, a Folha publicou que, de uma verba de R$ 522 mil para mídia em revistas em 2004, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) destinou 46,5% à revista "'DeFato", produzida pela W.A.S. Editora.
A preferência pela empresa de Salustiano levou o Ministério Público a incluir a Sabesp na investigação de que parlamentares da base aliada, do então governo tucano, tenham sido beneficiados com o direcionamento de verbas.
A Sabesp e a W.A.S. Editora negaram direcionamento político do dinheiro de publicidade.
Outro lado
Por meio de seu advogado André Boiani e Azevedo, o deputado Salustiano respondeu que "não teve acesso a qualquer dos documentos supostamente referidos pelos srs. Darci e Luiz Antonio Vedoin em seus depoimentos".
Ainda conforme o advogado, Salustiano "salienta que jamais obteve qualquer benefício irregular em razão do exercício de mandato eletivo, desconhecendo, por completo, a existência ou não da tal máfia dos sanguessugas".
Com relação a suposto favorecimento a sua empresa, o deputado informou ser "absurda a acusação de favorecimento à W.A.S. Editora relativamente à publicidade do governo Alckmin".
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice