Publicidade
Publicidade
15/08/2006
-
09h34
RANIER BRAGON
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Documentos como depósitos em contas correntes e anotações reforçam e dão sustentação à acusação de Luiz Antonio Vedoin contra mais de uma centena de congressistas, ex-congressistas, prefeitos e outros integrantes do Executivo. Soma 1.376 páginas a documentação entregue por ele à CPI dos Sanguessugas.
Sócio da Planam, empresa que encabeçou a máfia das ambulâncias, Vedoin entregou às autoridades cópias de anotações pessoais, recibos de depósitos e transferências bancárias e documentos de veículos dados como propina.
O mais farto registro de participação na fraude é sobre o deputado Lino Rossi (PP-MT). São 152 páginas com cópias de cheques que teriam sido repassados ao parlamentar, cópias de depósitos bancários na conta do deputado, além de outros documentos como uma nota fiscal da compra de vários eletrodomésticos que teriam sido entregues a Rossi.
Segundo Vedoin, Rossi foi o primeiro parlamentar a manter contato com a Planam. Com ajuda dele, a empresa teria ampliado seu leque de contatos no Congresso. A CPI diz que o deputado recebeu R$ 3,1 milhões em propina. Rossi nega participação em irregularidades.
Depósitos em conta
Os documentos de Vedoin também são fartos em relação ao deputado Cabo Júlio (PMDB-MG), contra quem há uma série de depósitos feitos pelos Vedoin em várias contas pessoais suas no Banco do Brasil. Cabo Júlio disse que apresentará sua defesa após analisar o relatório da CPI.
Outro com depósito em conta corrente é João Caldas (PL-AL), quarto-secretário da Câmara, que recebeu R$ 6.000 da Planam em conta pessoal. Caldas diz que mandou estornar o depósito, que teria sido feito com o intuito de incriminá-lo.
Os documentos mostram também depósitos na conta de supostos emissários que o dirigente petista José Airton Cirilo teria enviado para negociar com os Vedoin. José Airton nega participação na fraude.
Entre os casos em que Vedoin apresentou comprovantes de transferência de veículos a parlamentares, está um Fiat Ducato repassado a Ricarte de Freitas (PTB-MT), que admite o seu uso, como teste, durante dois meses em 2002. Ricarte nega relação com a máfia.
Outro documento se refere a um Fiat transferido para Lino Rossi, que teria depois sido repassado ao senador Magno Malta (PL-ES). Os documentos de Vedoin incluem um cheque de R$ 50 mil com a anotação "Magno Mata (sic)". Malta nega relação com a quadrilha, dizendo que só usou o veículo devido à amizade que tem com Rossi.
Leia mais
CPI dos Sanguessugas denuncia 72 parlamentares; veja lista
CPI dos Sanguessugas absolve 18 parlamentares
Especial
Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
Enquete: os partidos devem expulsar os parlamentares citados na lista da CPI dos Sanguessugas?
Documentos de Vedoin incriminam congressistas
Publicidade
ADRIANO CEOLIN
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Documentos como depósitos em contas correntes e anotações reforçam e dão sustentação à acusação de Luiz Antonio Vedoin contra mais de uma centena de congressistas, ex-congressistas, prefeitos e outros integrantes do Executivo. Soma 1.376 páginas a documentação entregue por ele à CPI dos Sanguessugas.
Sócio da Planam, empresa que encabeçou a máfia das ambulâncias, Vedoin entregou às autoridades cópias de anotações pessoais, recibos de depósitos e transferências bancárias e documentos de veículos dados como propina.
O mais farto registro de participação na fraude é sobre o deputado Lino Rossi (PP-MT). São 152 páginas com cópias de cheques que teriam sido repassados ao parlamentar, cópias de depósitos bancários na conta do deputado, além de outros documentos como uma nota fiscal da compra de vários eletrodomésticos que teriam sido entregues a Rossi.
Segundo Vedoin, Rossi foi o primeiro parlamentar a manter contato com a Planam. Com ajuda dele, a empresa teria ampliado seu leque de contatos no Congresso. A CPI diz que o deputado recebeu R$ 3,1 milhões em propina. Rossi nega participação em irregularidades.
Depósitos em conta
Os documentos de Vedoin também são fartos em relação ao deputado Cabo Júlio (PMDB-MG), contra quem há uma série de depósitos feitos pelos Vedoin em várias contas pessoais suas no Banco do Brasil. Cabo Júlio disse que apresentará sua defesa após analisar o relatório da CPI.
Outro com depósito em conta corrente é João Caldas (PL-AL), quarto-secretário da Câmara, que recebeu R$ 6.000 da Planam em conta pessoal. Caldas diz que mandou estornar o depósito, que teria sido feito com o intuito de incriminá-lo.
Os documentos mostram também depósitos na conta de supostos emissários que o dirigente petista José Airton Cirilo teria enviado para negociar com os Vedoin. José Airton nega participação na fraude.
Entre os casos em que Vedoin apresentou comprovantes de transferência de veículos a parlamentares, está um Fiat Ducato repassado a Ricarte de Freitas (PTB-MT), que admite o seu uso, como teste, durante dois meses em 2002. Ricarte nega relação com a máfia.
Outro documento se refere a um Fiat transferido para Lino Rossi, que teria depois sido repassado ao senador Magno Malta (PL-ES). Os documentos de Vedoin incluem um cheque de R$ 50 mil com a anotação "Magno Mata (sic)". Malta nega relação com a quadrilha, dizendo que só usou o veículo devido à amizade que tem com Rossi.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice