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15/08/2006 - 12h45

Janene só será julgado depois das eleições, diz Aldo

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ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O deputado José Janene (PP-PR) ganhou mais tempo para tentar evitar a cassação de seu mandato. O presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), informou nesta terça-feira que só colocará o processo de Janene em votação no plenário depois das eleições. O deputado é o último acusado de envolvimento com o escândalo do mensalão a ser julgado pela Casa.

A justificativa é a falta de quórum. "Não vou pôr processo de julgamento por perda de mandato com o quórum que temos tido no plenário neste período eleitoral", afirmou.

Na primeira semana de setembro, o Congresso fará um novo esforço concentrado. Os deputados foram convocados a trabalhar de 4 a 6 de setembro, mas o presidente da Câmara acha arriscado incluir na pauta o processo contra Janene.

O esforço concentrado de agosto reuniu quórum, mas nada foi votado por falta de acordo. A expectativa agora, porém, é que como a semana irá anteceder o feriado de 7 de Setembro, será bem menor o número de deputados que virão a Brasília.

Denúncia

Janene era líder do PP na época em que supostamente os deputados seriam comprados pelo PT para votar projetos de interesse do governo no Congresso.

O esquema foi denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) e depois pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Janene seria um dos operadores do esquema no PP.

O PP teria recebido R$ 4,1 milhões do esquema. A legenda admite ter recebido R$ 700 mil, mas alega que o dinheiro não foi para comprar deputados, mas uma ajuda do PT para pagar um advogado que trabalhou para o partido.

O processo de Janene é o mais atrasado porque foi o último a ser julgado pelo Conselho de Ética. O deputado também recorreu da sentença na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara. A CCJ não aceitou os argumentos e o processo está pronto para ser votado no plenário da Câmara. Só depende do presidente colocá-lo na pauta.

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