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17/08/2006 - 09h11

Presidente do Conselho de Ética do Senado desqualifica provas

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da Folha de S.Paulo, em Brasília

O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), sinalizou ontem que deve arquivar os pedidos de cassação contra os senadores Ney Suassuna (PB), ex-líder de seu partido, e contra os senadores Magno Malta (PL-ES) e Serys Slhessarenko (PT-MT). João Alberto desqualificou os depoimentos que são a base da acusação feita pela CPI dos Sanguessugas.

"Não aceito a palavra do Vedoin como prova. Ele é um bandido", afirmou João Alberto, referindo-se aos depoimentos de Darci Vedoin e de seu filho Luiz Antonio Vedoin, donos da Planam, empresa que encabeçou a fraude das ambulâncias.

Os depoimentos são o principal pilar do relatório da CPI, que pediu a cassação dos três senadores e de 69 deputados.

João Alberto argumentou também que supostos depósitos feitos pela quadrilha para um assessor de Suassuna não bastam para incriminá-lo.

"Tem que ver se o senador sabia, se participou", disse ele, acrescentando: "Eu preciso de robustez de provas para abrir os processos". O senador decide até a próxima quinta-feira se abre ou não os processos. Se ele arquivá-los, qualquer membro do conselho pode recorrer ao plenário da decisão.

Suassuna, Serys e Malta são acusados de receber propina para destinar recursos do Orçamento para a aquisição de ambulâncias superfaturadas.
Suassuna teria recebido R$ 222,5 mil por meio do ex-assessor Marcelo Carvalho. Os dois negam participação na fraude.

Malta usou um carro dado ao deputado Lino Rossi (PP-MT) pelos Vedoin. Além disso, há cópia de um cheque de R$ 50 mil com a anotação "Magno Mata" (sic). O senador nega relação com a quadrilha, dizendo que só usou o veículo devido a sua amizade com Rossi.

Os Vedoin afirmam ter pago ao genro de Serys R$ 35 mil. A senadora nega que seu genro tenha recebido o dinheiro.

Câmara

O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PTB-SP), marcou para as 11h de terça a instauração dos processos contra os deputados. Ele disse que cerca de dez acusados devem renunciar ao mandato até lá, seguindo o exemplo de Coriolano Sales (PFL-BA).

A Folha apurou que pelo menos outros três deputados --Reginaldo Germano (PP-BA), Nilton Capixaba (PTB-RO) e Marcelino Fraga (PMDB-ES)-- já manifestaram a colegas que têm prontas as suas cartas de renúncia.

Ao renunciarem, os acusados evitam a inelegibilidade que viria em caso de cassação. Para que a investigação seja extinta, a renúncia tem que ocorrer antes da abertura do processo no conselho.

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