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21/08/2006
-
15h27
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) vai solicitar nesta segunda-feira ao Ministério Público Federal a prisão dos empresários Luiz Antônio e Darci Vedoin, sócios da empresa Planam --acusada de operar a máfia das ambulâncias.
Em entrevista à revista "Veja" desta semana, Luiz Antônio Vedoin incluiu o nome do senador entre os supostos beneficiários do esquema de compra superfaturada de ambulâncias.
Além de pedir que o Ministério Público solicite a prisão dos empresários, Paes de Barros também vai pedir o fim do benefício da delação premiada --que permite ao réu dizer o que sabe em troca de redução da pena.
"Ele [Luiz Antônio] prestou depoimentos por 12 dias à Justiça e à Polícia Federal e em nenhum momento citou o meu nome. À revista 'Veja', me incluiu na lista dos parlamentares beneficiados. Ele está comercializando depoimentos à imprensa e não pode ficar solto", disse o senador.
Segundo Paes de Barros, está claro que Luiz Antônio mentiu à CPI dos Sanguessugas ou à Justiça. "Eu sou 100% do bem. Eles estão mentindo e devem perder a delação", reagiu o senador.
Ele também disse que vai apresentar defesa prévia à CPI dos Sanguessugas, para comprovar que não participou do esquema liderado por Luiz Antônio Vedoin. Mas disse que ainda não definiu se vai participar da reunião da comissão marcada para a próxima quarta-feira, quando poderia apresentar a defesa pessoalmente.
"Eu não sou membro da CPI e estou no auge da campanha eleitoral no meu Estado. Essa hipótese ainda tenho que analisar", disse.
Acusações
Em entrevista à Folha Online, o senador acusou o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), de estar por trás das novas denúncias reveladas por Vedoin à revista. O senador disputa com Maggi e com a senadora Serys Slhessarenko (PT) o governo do Mato Grosso. A senadora também foi apontada por Vedoin como integrante do esquema dos sanguessugas.
"A nossa campanha aqui no Estado denuncia os sanguessugas. E o governador do Estado criou um viveiro de sanguessugas. A lógica indica que, se alguém tem interesse nisso, por exclusão só pode ser ele", afirmou Paes de Barros.
Vedoin acusa o senador tucano de ter recebido R$ 40 mil em propina, por intermédio do deputado Lino Rossi (PP-MT), suspeito de cooptar parlamentares para a máfia no Congresso Nacional. Segundo o empresário, o senador apresentou emenda no valor de R$ 400 mil para a compra de ambulâncias superfaturadas em troca da propina.
Hoje, Rossi negou qualquer acordo que teria beneficiado Paes de Barros. O senador também afirmou que não apresentou emenda no valor de R$ 400 mil para a compra de ambulâncias.
"Eu mandei o ofício pedindo a emenda, mas cancelei porque o secretário de Saúde do meu Estado disse que não era comprando ambulâncias que iríamos resolver os problemas do sistema de saúde do Estado."
Especial
Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
Enquete: os depoimentos dos empresários sanguessugas devem ser usados como provas?
Senador tucano nega acusações e ameaça pedir a prisão dos Vedoin
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da Folha Online, em Brasília
O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) vai solicitar nesta segunda-feira ao Ministério Público Federal a prisão dos empresários Luiz Antônio e Darci Vedoin, sócios da empresa Planam --acusada de operar a máfia das ambulâncias.
Em entrevista à revista "Veja" desta semana, Luiz Antônio Vedoin incluiu o nome do senador entre os supostos beneficiários do esquema de compra superfaturada de ambulâncias.
Além de pedir que o Ministério Público solicite a prisão dos empresários, Paes de Barros também vai pedir o fim do benefício da delação premiada --que permite ao réu dizer o que sabe em troca de redução da pena.
"Ele [Luiz Antônio] prestou depoimentos por 12 dias à Justiça e à Polícia Federal e em nenhum momento citou o meu nome. À revista 'Veja', me incluiu na lista dos parlamentares beneficiados. Ele está comercializando depoimentos à imprensa e não pode ficar solto", disse o senador.
Segundo Paes de Barros, está claro que Luiz Antônio mentiu à CPI dos Sanguessugas ou à Justiça. "Eu sou 100% do bem. Eles estão mentindo e devem perder a delação", reagiu o senador.
Ele também disse que vai apresentar defesa prévia à CPI dos Sanguessugas, para comprovar que não participou do esquema liderado por Luiz Antônio Vedoin. Mas disse que ainda não definiu se vai participar da reunião da comissão marcada para a próxima quarta-feira, quando poderia apresentar a defesa pessoalmente.
"Eu não sou membro da CPI e estou no auge da campanha eleitoral no meu Estado. Essa hipótese ainda tenho que analisar", disse.
Acusações
Em entrevista à Folha Online, o senador acusou o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PPS), de estar por trás das novas denúncias reveladas por Vedoin à revista. O senador disputa com Maggi e com a senadora Serys Slhessarenko (PT) o governo do Mato Grosso. A senadora também foi apontada por Vedoin como integrante do esquema dos sanguessugas.
"A nossa campanha aqui no Estado denuncia os sanguessugas. E o governador do Estado criou um viveiro de sanguessugas. A lógica indica que, se alguém tem interesse nisso, por exclusão só pode ser ele", afirmou Paes de Barros.
Vedoin acusa o senador tucano de ter recebido R$ 40 mil em propina, por intermédio do deputado Lino Rossi (PP-MT), suspeito de cooptar parlamentares para a máfia no Congresso Nacional. Segundo o empresário, o senador apresentou emenda no valor de R$ 400 mil para a compra de ambulâncias superfaturadas em troca da propina.
Hoje, Rossi negou qualquer acordo que teria beneficiado Paes de Barros. O senador também afirmou que não apresentou emenda no valor de R$ 400 mil para a compra de ambulâncias.
"Eu mandei o ofício pedindo a emenda, mas cancelei porque o secretário de Saúde do meu Estado disse que não era comprando ambulâncias que iríamos resolver os problemas do sistema de saúde do Estado."
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