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24/08/2006 - 21h46

Alckmin sobe o tom e diz que não será o presidente "que não sabe, que não viu"

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JAMES CIMINO
da Folha Online

A trégua entre os candidatos à Presidência da República parece ter acabado no horário eleitoral gratuito. No programa desta noite, Geraldo Alckmin (PSDB) seguiu os mandamentos do PFL e não poupou ataques à administração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no governo federal.

Começou com o depoimento à lá "Páginas da Vida", em que uma cidadã dizia que "o presidente sempre soube de tudo" e que "é um absurdo achar que as pessoas são tão ingênuas".

Logo depois, Alckmin apontou as falhas do governo federal na questão da saúde. O tucano ridicularizou a afirmação de Lula sobre a saúde pública, que, segundo o presidente, estaria "quase perfeita". "Este é o tipo de declaração de quem não sabe, quem não viu", criticou Alckmin, que bateu na mesma tecla que José Serra ontem. Ambos acusaram o governo de ter abandonado a prática dos mutirões da saúde.

Lula, por sua vez, falou de educação. Disse que a crise econômica "atrapalhou um pouco", mas que seu governo investiu "da creche à universidade". Ressaltou que acabou com a lei que impedia a criação de escolas técnicas (criada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e acusou o governo de São Paulo de ter sido o único a se recusar em participar do sistema de avaliação do ensino de 1ª a 4ª séries criado por ele.

O petista reconheceu "os problemas de qualificação e remuneração" dos professores e anunciou um investimento de R$ 5 bilhões no Fundeb. "Desenvolvimento será o lema de meu segundo mandato", disse.

Em um aspecto, contudo, os dois candidatos demonstraram estar de acordo: sobre o número de hospitais e universidades "criados" por ambos. Conforme reportagem da Folha Online, grande parte dessas obras já existiam ou foram apenas adaptadas.

Escolhas

Os outros dois principais candidatos à disputa em âmbito federal, Cristovam Buarque (PDT) e Heloísa Helena (PSOL), apresentaram programas que falavam sobre escolhas.

O ex-ministro da Educação comparou os programas bolsa escola, criado por ele no Distrito Federal e que pagava um salário mínimo a famílias que mantivessem seus filhos na escola, e o bolsa família, do governo federal, que paga de R$ 15 a R$ 95 por família.

Buarque disse que há uma diferença entre os dois programas: "Falta escola ao bolsa família", criticou o senador, que afirmou que seu programa, enquanto governador do DF, era muito melhor que o bolsa família. Para ele, o eleitor deverá escolher, na hora de votar, entre um e outro.

Já Heloísa Helena usou o velho recurso do efeito dominó, ao mostrar que Lula é apoiado por Sarney, que apoiava FHC que, por fim, apóia Alckmin, ou seja, não há diferença entre escolher o petista ou o tucano. "Todos, no fundo, têm a mesma cara", afirmava o programa da candidata, que também acusou o candidato do PT de "usar um tempo enorme para contar mentiras" e de mostrar "um país das maravilhas que não existe".

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