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25/08/2006 - 16h36

Machado quer tirar da Comissão de Orçamento suspeitos de integrar máfia das ambulâncias

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ANDREZA MATAIS
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Comissão de Orçamento do Congresso Nacional, deputado Gilmar Machado (PT-MG), vai propor o afastamento dos membros da comissão suspeitos de participação na máfia das ambulâncias. No total, 17 parlamentares estão entre os investigados pelo Conselho de Ética da Câmara e do Senado. A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), acusada de receber R$ 35 mil do esquema, é vice-presidente da comissão.

Machado convocou os líderes partidários para reunião dia 5 de setembro, quando vai defender o afastamento dos 17 parlamentares. "Espero que quem tenha problema peça automaticamente para deixar a comissão. Senão, vai haver uma pressão política muito forte para que eles saiam", afirmou à Folha Online.

O deputado admite que o regimento do Congresso não obriga o afastamento de parlamentares investigados. Mas considera que o bom senso deve prevalecer nesse caso --já que o esquema teve origem nas emendas parlamentares ao Orçamento da União. Os deputados e senadores acusados apresentavam emendas destinadas à compra de ambulâncias superfaturadas da empresa Planam.

"Nós vamos solicitar aos líderes que eles se afastem temporariamente até que as denúncias sejam investigadas. É a única coisa que podemos fazer", disse Machado.

Partidos como PL e PTB, que aparecem entre as legendas com o maior número de suspeitos de envolvimento nas fraudes, têm juntos nove deputados na comissão, entre titulares e suplentes, que são alvo de investigação do Conselho de Ética.

Entre os senadores, dois dos três investigados no caso da máfia das ambulâncias têm assento na comissão: Serys Slhessarenko e Ney Suassuna (PMDB-PB). O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), que foi citado recentemente pelo empresário Luiz Antonio Vedoin como participante das fraudes, mas não está entre os investigados pelo Conselho de Ética, também é suplente da comissão.

Para o deputado Gilmar Machado, se os parlamentares insistirem em permanecer no órgão, o Orçamento de 2007 pode ficar sob suspeita. "Hoje, nós já temos essas coisas. Imagine se não mudarmos", criticou.

Ele defende que a comissão tenha uma rodízio de membros para evitar que, todo ano legislativo, ela seja composta pelos mesmos parlamentares.

A Comissão de Orçamento tem o total de 172 membros, dos quais 86 são titulares, com o mesmo número de suplentes. Os suspeitos de participação nas fraudes representam quase 10% dos integrantes da comissão.

Confira abaixo os nomes dos parlamentares da Comissão de Orçamento que são investigados pelo Conselho de Ética:

Benjamin Maranhão (PMDB-PB) - titular
Marcelino Fraga (PMDB-ES) - suplente
Laura Carneiro (PFL-RJ) - titular
Josué Bengtson (PTB-PA) - titular
Alceste Almeida (PTB-RR) - suplente
Cleuber Carneiro (PTB-MG) - suplente
Ricarte Freitas (PTB-MT) - suplente
Amauri Gasques (PL-SP) - titular
Wellington Roberto (PL-PB) - titular
Coronel Alves (PL-AP) - suplente
Raimundo Santos (PL-PA) - suplente
Wellington Fagundes (PL-MT) - suplente
Serys Slhessarenko (PT-MT) - titular
José Divino (sem partido-RJ) - titular
Vieira Reis (PRB-RJ) - suplente
Ney Suassuna (PMDB-PB) - suplente
João Grandão (PT-MS) - suplente

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