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28/08/2006
-
11h34
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), instaurou oficialmente hoje os três processos de cassação contra os senadores acusados de participação na máfia das ambulâncias: Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Souza retornou a Brasília para assinar os documentos que dão início aos processos. Os três senadores, segundo João Alberto, serão notificados ainda hoje.
João Alberto também designou os senadores que vão relatar cada um dos processos de cassação. Diante da dificuldade em encontrar um relator para o processo do senador Magno Malta, João Alberto fez uma troca nas relatorias.
O senador Demóstenes Torres (PFL-GO), que inicialmente seria o relator do processo contra Serys Slhessarenko, agora vai relatar o caso de Magno Malta. No lugar de Demóstenes, João Alberto escolheu o senador Paulo Octavio (PFL-DF) para relatar o processo contra Serys. Já o senador Jefferson Peres (PDT-AM) permanece como o relator do caso de Ney Suassuna.
A mudança, segundo João Alberto, ocorreu diante da ligação entre Paulo Octavio e Magno Malta. "O Paulo Octavio é muito ligado ao Magno Malta, então achei por bem fazer essa mudança, e ele também disse que não ficaria confortável com essa relatoria", disse.
Na semana passada, o presidente do Conselho de Ética conversou com vários parlamentares em busca de um relator para o caso de Malta. Vários senadores, como César Borges (PFL-BA) e Heráclito Fortes (PFL-PI), negaram o convite para assumir as relatorias. O ano eleitoral, segundo João Alberto, prejudica o ritmo das investigações --já que a maioria dos senadores está fora de Brasília em campanhas regionais.
Defesa
Com a escolha dos relatores, os três senadores têm agora prazo de cinco sessões plenárias do Senado para apresentarem defesa. O Conselho de Ética se reúne no dia 05 de setembro para a apresentação, pelos relatores, dos cronogramas de trabalho. João Alberto estima que até o dia 24 de setembro os três processos estejam concluídos pelo Conselho de Ética.
João Alberto prometeu isenção nos três processos. Mas ao contrário do que afirmou no início das investigações, quando sinalizou que poderia arquivar os processos de cassação, agora disse que os culpados serão punidos. "Devemos extirpar do nosso meio o mau político. Se alguém errou, deve pagar pelo seu erro."
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O presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (PMDB-MA), instaurou oficialmente hoje os três processos de cassação contra os senadores acusados de participação na máfia das ambulâncias: Ney Suassuna (PMDB-PB), Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES). Souza retornou a Brasília para assinar os documentos que dão início aos processos. Os três senadores, segundo João Alberto, serão notificados ainda hoje.
João Alberto também designou os senadores que vão relatar cada um dos processos de cassação. Diante da dificuldade em encontrar um relator para o processo do senador Magno Malta, João Alberto fez uma troca nas relatorias.
O senador Demóstenes Torres (PFL-GO), que inicialmente seria o relator do processo contra Serys Slhessarenko, agora vai relatar o caso de Magno Malta. No lugar de Demóstenes, João Alberto escolheu o senador Paulo Octavio (PFL-DF) para relatar o processo contra Serys. Já o senador Jefferson Peres (PDT-AM) permanece como o relator do caso de Ney Suassuna.
A mudança, segundo João Alberto, ocorreu diante da ligação entre Paulo Octavio e Magno Malta. "O Paulo Octavio é muito ligado ao Magno Malta, então achei por bem fazer essa mudança, e ele também disse que não ficaria confortável com essa relatoria", disse.
Na semana passada, o presidente do Conselho de Ética conversou com vários parlamentares em busca de um relator para o caso de Malta. Vários senadores, como César Borges (PFL-BA) e Heráclito Fortes (PFL-PI), negaram o convite para assumir as relatorias. O ano eleitoral, segundo João Alberto, prejudica o ritmo das investigações --já que a maioria dos senadores está fora de Brasília em campanhas regionais.
Defesa
Com a escolha dos relatores, os três senadores têm agora prazo de cinco sessões plenárias do Senado para apresentarem defesa. O Conselho de Ética se reúne no dia 05 de setembro para a apresentação, pelos relatores, dos cronogramas de trabalho. João Alberto estima que até o dia 24 de setembro os três processos estejam concluídos pelo Conselho de Ética.
João Alberto prometeu isenção nos três processos. Mas ao contrário do que afirmou no início das investigações, quando sinalizou que poderia arquivar os processos de cassação, agora disse que os culpados serão punidos. "Devemos extirpar do nosso meio o mau político. Se alguém errou, deve pagar pelo seu erro."
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