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28/08/2006
-
12h27
da Folha Online
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que recebeu ontem com "grande tristeza" a notícia da morte do arcebispo de Mariana (MG), dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, 75.
Dom Luciano morreu neste domingo, em decorrência de falência múltipla de órgãos. O arcebispo estava internado no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, desde o dia 17 de julho, para tratar de um câncer no fígado.
O corpo de dom Luciano foi velado na Catedral da Sé, na região Central de São Paulo, até o final desta manhã e depois levado no avião presidencial para Belo Horizonte e, de lá, irá para Mariana, onde será sepultado. A expectativa é que antes do enterro, que deve ocorrer na quarta-feira, o corpo seja novamente velado em Belo Horizonte.
"O Arcebispo de Mariana, que presidiu por duas vezes a CNBB, desempenhou papel relevante na luta pela redemocratização e dedicou toda a sua vida à população carente do Brasil. Deu ao País uma contribuição inestimável com seu exemplo de renúncia pessoal e dedicação aos pobres na Pastoral do Menor", afirmou o presidente Lula em nota divulgada pela Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República.
"Quero, neste momento de dor, manifestar minha solidariedade à família, à Igreja Católica e aos amigos de dom Luciano e prestar a mais sincera homenagem a este homem de obra e coração extraordinários", acrescentou Lula.
O governador de Minas Gerais e candidato à reeleição pelo PSDB, Aécio Neves, lamentou a morte do arcebispo e afirmou que o país perdeu um líder espiritual que sempre esteve próximo dos mais pobres.
"Os brasileiros e os mineiros, em especial, perdem um líder de grande valor, um homem de grande capacidade, inteligência e coragem que participou ativamente da luta pela redemocratização em nosso país, pelo resgate da cidadania e dos direitos fundamentais do homem. Perdemos também um líder espiritual que sempre esteve perto dos mais pobres. Tivemos a felicidade de termos conosco, vivendo em Mariana, e nesses últimos três anos e meio como conselheiro do governador de Minas. Ficam os seus exemplos na história e uma grande saudade no coração de nossa gente", disse Aécio em nota.
O tucano Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo PSDB, também lamentou o ocorrido. "Sempre ético e coerente na maneira corajosa de pregar e de agir, dom Luciano deixa uma invejável folha de excelentes serviços prestados à nação brasileira. Sua brava e permanente luta pela justiça social é uma inesquecível lição de amor ao Brasil, que ele sempre quis ver menos desigual e mais solidário."
Candidato à Presidência pelo PDT, o senador Cristovam Buarque, também comentou a morte de dom Luciano. "Hoje, o Brasil perdeu um dos poucos santos que já tivemos. Um santo do calibre de Dom Helder Câmara. Conheci Dom Luciano há muitos anos e sempre encontrei nele um homem de uma generosidade e uma firmeza raramente encontrada. O Brasil está de luto e vai ser muito difícil preencher a lacuna que ele deixa", afirmou.
Senado
O senador Marco Maciel (PFL-PE), em discurso hoje no plenário, pediu voto de pesar pela morte de dom Luciano.
Ele lembrou que dom Luciano participou intensamente da renovação da Igreja pós-Concílio Vaticano 2º e ao mesmo tempo como secretário-geral e presidente da CNBB, quando exerceu ativo papel na defesa dos direitos humanos, na luta pela realização da reforma agrária e pela abertura política do país.
"Na minha convivência com ele descobri sua forte vocação profética expressa na denúncia de nossas injustiças. Embora saibamos, como dizia Alceu de Amoroso Lima, ser a morte 'o avesso da vida, mas não o contrário dela', o seu falecimento consterna a todos, especialmente seus admiradores e amigos."
Especial
Leia o que já foi publicado sobre dom Luciano
Lula, Alckmin e Aécio lamentam morte do arcebispo de Mariana
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que recebeu ontem com "grande tristeza" a notícia da morte do arcebispo de Mariana (MG), dom Luciano Pedro Mendes de Almeida, 75.
Dom Luciano morreu neste domingo, em decorrência de falência múltipla de órgãos. O arcebispo estava internado no Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP, desde o dia 17 de julho, para tratar de um câncer no fígado.
O corpo de dom Luciano foi velado na Catedral da Sé, na região Central de São Paulo, até o final desta manhã e depois levado no avião presidencial para Belo Horizonte e, de lá, irá para Mariana, onde será sepultado. A expectativa é que antes do enterro, que deve ocorrer na quarta-feira, o corpo seja novamente velado em Belo Horizonte.
"O Arcebispo de Mariana, que presidiu por duas vezes a CNBB, desempenhou papel relevante na luta pela redemocratização e dedicou toda a sua vida à população carente do Brasil. Deu ao País uma contribuição inestimável com seu exemplo de renúncia pessoal e dedicação aos pobres na Pastoral do Menor", afirmou o presidente Lula em nota divulgada pela Secretaria de Imprensa e Porta-Voz da Presidência da República.
"Quero, neste momento de dor, manifestar minha solidariedade à família, à Igreja Católica e aos amigos de dom Luciano e prestar a mais sincera homenagem a este homem de obra e coração extraordinários", acrescentou Lula.
O governador de Minas Gerais e candidato à reeleição pelo PSDB, Aécio Neves, lamentou a morte do arcebispo e afirmou que o país perdeu um líder espiritual que sempre esteve próximo dos mais pobres.
"Os brasileiros e os mineiros, em especial, perdem um líder de grande valor, um homem de grande capacidade, inteligência e coragem que participou ativamente da luta pela redemocratização em nosso país, pelo resgate da cidadania e dos direitos fundamentais do homem. Perdemos também um líder espiritual que sempre esteve perto dos mais pobres. Tivemos a felicidade de termos conosco, vivendo em Mariana, e nesses últimos três anos e meio como conselheiro do governador de Minas. Ficam os seus exemplos na história e uma grande saudade no coração de nossa gente", disse Aécio em nota.
O tucano Geraldo Alckmin, candidato à Presidência pelo PSDB, também lamentou o ocorrido. "Sempre ético e coerente na maneira corajosa de pregar e de agir, dom Luciano deixa uma invejável folha de excelentes serviços prestados à nação brasileira. Sua brava e permanente luta pela justiça social é uma inesquecível lição de amor ao Brasil, que ele sempre quis ver menos desigual e mais solidário."
Candidato à Presidência pelo PDT, o senador Cristovam Buarque, também comentou a morte de dom Luciano. "Hoje, o Brasil perdeu um dos poucos santos que já tivemos. Um santo do calibre de Dom Helder Câmara. Conheci Dom Luciano há muitos anos e sempre encontrei nele um homem de uma generosidade e uma firmeza raramente encontrada. O Brasil está de luto e vai ser muito difícil preencher a lacuna que ele deixa", afirmou.
Senado
O senador Marco Maciel (PFL-PE), em discurso hoje no plenário, pediu voto de pesar pela morte de dom Luciano.
Ele lembrou que dom Luciano participou intensamente da renovação da Igreja pós-Concílio Vaticano 2º e ao mesmo tempo como secretário-geral e presidente da CNBB, quando exerceu ativo papel na defesa dos direitos humanos, na luta pela realização da reforma agrária e pela abertura política do país.
"Na minha convivência com ele descobri sua forte vocação profética expressa na denúncia de nossas injustiças. Embora saibamos, como dizia Alceu de Amoroso Lima, ser a morte 'o avesso da vida, mas não o contrário dela', o seu falecimento consterna a todos, especialmente seus admiradores e amigos."
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