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29/08/2006
-
09h54
ADRIANO CEOLIN
RANIER BRAGON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Suposta lobista da Planam no Congresso, Cristianne Mayrink Sampaio Silva Neto recebeu da empresa acusada de liderar a máfia dos sanguessugas depósitos e transferências que somam R$ 16.708. Apesar de ser apontada como representante da Planam, Cristianne trabalhou entre o início de 2003 e abril deste ano em pelo menos três gabinetes na Câmara.
Entre abril e julho de 2003 ela foi funcionária do gabinete de Sandro Mabel (PL-GO). Depois foi para a liderança do PL e, do final de 2005 a abril deste ano, ficou lotada na Coordenação de Registro Funcional da Casa; a Folha apurou que, na prática, ela trabalhava no gabinete de Pedro Corrêa (PP-PE), cassado sob acusação de envolvimento no mensalão.
Os valores depositados na conta de Cristianne constam na quebra de sigilo bancário da Planam.
A revista "Época" desta semana traz reportagem em que Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, acusaria mais quatro deputados de envolvimento no esquema --Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do Conselho de Ética, Ciro Nogueira (PP-PI), corregedor da Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE) e Luiz Piauhylino (PSB-PE).
O suposto acerto com esses deputados para direcionar verbas federais para o esquema seria feito por meio de Cristianne. Ontem, Vedoin enviou, pelo advogado Otto Medeiros de Azevedo Júnior, carta à CPI negando as acusações: "Nunca houve tratativas comerciais que envolvessem esses parlamentares com a empresa Planam". Sobre Cristianne, diz que ela "apenas atuava como relações públicas da empresa junto aos parlamentares".
Apesar do desmentido de Vedoin, a CPI dos Sanguessugas decidiu ontem checar se Cristianne havia recebido dinheiro da Planam. Foram identificadas diversas transferências on-line para a conta dela entre 5 de dezembro de 2003 e 28 de fevereiro de 2005 e o depósito de um cheque de R$ 10 mil.
Até agora, a CPI não vê relação entre o dinheiro na conta de Cristianne e a possível participação dos parlamentares.
Outro lado
A ex-servidora da Câmara Cristiane Mayrink Sampaio da Silva Neto não quis responder às perguntas da reportagem. Disse que irá conversar com o advogado e falará no final da semana. O deputado Sandro Mabel (PL-GO) disse que a contratação de Cristianne foi feita por sua chefe-de-gabinete para um período de experiência: "Ela foi demitida". Segundo ele, ela nunca se referiu à Planam. Pedro Corrêa não foi localizado.
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Planam pagou R$ 16 mil a suposta lobista
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RANIER BRAGON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Suposta lobista da Planam no Congresso, Cristianne Mayrink Sampaio Silva Neto recebeu da empresa acusada de liderar a máfia dos sanguessugas depósitos e transferências que somam R$ 16.708. Apesar de ser apontada como representante da Planam, Cristianne trabalhou entre o início de 2003 e abril deste ano em pelo menos três gabinetes na Câmara.
Entre abril e julho de 2003 ela foi funcionária do gabinete de Sandro Mabel (PL-GO). Depois foi para a liderança do PL e, do final de 2005 a abril deste ano, ficou lotada na Coordenação de Registro Funcional da Casa; a Folha apurou que, na prática, ela trabalhava no gabinete de Pedro Corrêa (PP-PE), cassado sob acusação de envolvimento no mensalão.
Os valores depositados na conta de Cristianne constam na quebra de sigilo bancário da Planam.
A revista "Época" desta semana traz reportagem em que Luiz Antonio Vedoin, sócio da Planam, acusaria mais quatro deputados de envolvimento no esquema --Ricardo Izar (PTB-SP), presidente do Conselho de Ética, Ciro Nogueira (PP-PI), corregedor da Câmara, José Múcio Monteiro (PTB-PE) e Luiz Piauhylino (PSB-PE).
O suposto acerto com esses deputados para direcionar verbas federais para o esquema seria feito por meio de Cristianne. Ontem, Vedoin enviou, pelo advogado Otto Medeiros de Azevedo Júnior, carta à CPI negando as acusações: "Nunca houve tratativas comerciais que envolvessem esses parlamentares com a empresa Planam". Sobre Cristianne, diz que ela "apenas atuava como relações públicas da empresa junto aos parlamentares".
Apesar do desmentido de Vedoin, a CPI dos Sanguessugas decidiu ontem checar se Cristianne havia recebido dinheiro da Planam. Foram identificadas diversas transferências on-line para a conta dela entre 5 de dezembro de 2003 e 28 de fevereiro de 2005 e o depósito de um cheque de R$ 10 mil.
Até agora, a CPI não vê relação entre o dinheiro na conta de Cristianne e a possível participação dos parlamentares.
Outro lado
A ex-servidora da Câmara Cristiane Mayrink Sampaio da Silva Neto não quis responder às perguntas da reportagem. Disse que irá conversar com o advogado e falará no final da semana. O deputado Sandro Mabel (PL-GO) disse que a contratação de Cristianne foi feita por sua chefe-de-gabinete para um período de experiência: "Ela foi demitida". Segundo ele, ela nunca se referiu à Planam. Pedro Corrêa não foi localizado.
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