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30/08/2006
-
13h02
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI dos Sanguessugas, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse nesta quarta-feira que o empresário Luiz Antônio Vedoin pode acabar preso novamente se insistir em revelar denúncias a "conta gotas" sobre supostos envolvidos na máfia das ambulâncias.
Biscaia disse acreditar que o juiz Jefferson Schneider, da 2ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, que investiga a máfia dos sanguessugas, deve pedir ao sócio da Planam que apresente de uma só vez todas as provas que possui a respeito das fraudes. Do contrário, o presidente da CPI acredita na prisão do empresário.
"Eu tenho certeza que quando o juiz voltar de férias vai pedir que o Vedoin apresente tudo o que tem. Ele tem que ser advertido sobre essa conduta. Se houver outro vazamento ou declaração que não tenha sido apresentada [à Justiça], é só o juiz dizer que vai decretar a prisão", disse Biscaia.
O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), também defendeu hoje a prisão do empresário. Para Nogueira, se as palavras de Vedoin perderem crédito, os parlamentares que efetivamente estiverem envolvidos na máfia das ambulâncias podem não ser punidos. "Se ele perder o crédito totalmente, esses deputados vão se safar com facilidade. Acho que ele [Vedoin] não deveria estar solto. Ele é objeto de manipulação", disse.
CPI
Biscaia disse que a CPI dos Sanguessugas terá reunião administrativa na próxima terça-feira, quando serão votados requerimentos solicitando novos depoimentos e a quebra de sigilos de testemunhas dos acusados de participação nas fraudes.
O deputado disse que 130 requerimentos esperam por votação na CPI. Ele teme, no entanto, que não haja número suficiente de membros da comissão diante da proximidade das eleições.
"É difícil pensar em um comparecimento maciço. Mas algumas quebras de sigilo e convocações para depoimentos se impõem, para que a CPI tenha um cronograma de trabalho a partir do dia 3 de outubro, depois das eleições", afirmou.
Entre os requerimentos, está a convocação de Cristianne Mayrink Sampaio Silva Neto, apontada como responsável por intermediar o contato entre parlamentares e o empresário.
Vedoin
Biscaia também não descarta que membros da CPI aproveitem a presença de Vedoin no Congresso na semana que vem para que membros da sub-relatoria que investiga denúncias no Poder Executivo também ouçam o empresário. Vedoin foi convidado a prestar depoimento no Conselho de Ética do Senado na próxima terça-feira.
Especial
Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
Biscaia admite que Vedoin pode ser preso novamente
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da Folha Online, em Brasília
O presidente da CPI dos Sanguessugas, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse nesta quarta-feira que o empresário Luiz Antônio Vedoin pode acabar preso novamente se insistir em revelar denúncias a "conta gotas" sobre supostos envolvidos na máfia das ambulâncias.
Biscaia disse acreditar que o juiz Jefferson Schneider, da 2ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, que investiga a máfia dos sanguessugas, deve pedir ao sócio da Planam que apresente de uma só vez todas as provas que possui a respeito das fraudes. Do contrário, o presidente da CPI acredita na prisão do empresário.
"Eu tenho certeza que quando o juiz voltar de férias vai pedir que o Vedoin apresente tudo o que tem. Ele tem que ser advertido sobre essa conduta. Se houver outro vazamento ou declaração que não tenha sido apresentada [à Justiça], é só o juiz dizer que vai decretar a prisão", disse Biscaia.
O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), também defendeu hoje a prisão do empresário. Para Nogueira, se as palavras de Vedoin perderem crédito, os parlamentares que efetivamente estiverem envolvidos na máfia das ambulâncias podem não ser punidos. "Se ele perder o crédito totalmente, esses deputados vão se safar com facilidade. Acho que ele [Vedoin] não deveria estar solto. Ele é objeto de manipulação", disse.
CPI
Biscaia disse que a CPI dos Sanguessugas terá reunião administrativa na próxima terça-feira, quando serão votados requerimentos solicitando novos depoimentos e a quebra de sigilos de testemunhas dos acusados de participação nas fraudes.
O deputado disse que 130 requerimentos esperam por votação na CPI. Ele teme, no entanto, que não haja número suficiente de membros da comissão diante da proximidade das eleições.
"É difícil pensar em um comparecimento maciço. Mas algumas quebras de sigilo e convocações para depoimentos se impõem, para que a CPI tenha um cronograma de trabalho a partir do dia 3 de outubro, depois das eleições", afirmou.
Entre os requerimentos, está a convocação de Cristianne Mayrink Sampaio Silva Neto, apontada como responsável por intermediar o contato entre parlamentares e o empresário.
Vedoin
Biscaia também não descarta que membros da CPI aproveitem a presença de Vedoin no Congresso na semana que vem para que membros da sub-relatoria que investiga denúncias no Poder Executivo também ouçam o empresário. Vedoin foi convidado a prestar depoimento no Conselho de Ética do Senado na próxima terça-feira.
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