Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/09/2006 - 12h17

Suassuna disse que corrupção é geral no Congresso, confirma Biscaia

Publicidade

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente da CPI dos Sanguessugas, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), confirmou nesta quarta-feira, em depoimento ao Conselho de Ética do Senado, conversa que manteve com o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) em julho deste ano na qual o senador disse que "pelo menos 90% dos parlamentares do Congresso levam beiradas das emendas".

Biscaia evitou fazer juízo de valor sobre a declaração de Suassuna e disse ao Conselho de Ética que o senador "não deixou claro" se a afirmação era um atestado de confissão. Suassuna é investigado pelo Conselho de Ética por suspeita de participação na máfia dos sanguessugas, que desviava recursos de emendas parlamentares para a compra superfaturada de ambulâncias.

Segundo o presidente da CPI, o empresário Luiz Antônio Vedoin, sócio da Planam, confirmou em depoimento à comissão, em agosto deste ano, que pelo menos 70% dos parlamentares cometem fraudes nas emendas. "A variação é só no percentual. Vedoin diz que apenas 70% do Congresso faz isso, enquanto o senador Suassuna acha que são 90%", disse Biscaia.

Em depoimento ao Conselho de Ética nesta terça-feira, o empresário Darci Vedoin, pai de Luiz Antônio, disse que muitos parlamentares não se envolviam com as "beiradas" das emendas, mas que a maioria tem participação nas fraudes.

Suassuna nega qualquer envolvimento nas irregularidades. O ex-assessor do senador Marcelo Cardoso de Carvalho é acusado de ter recebido R$ 222,5 mil em propina por supostas emendas apresentadas por Suassuna à Planam.

Depoimento fechado

Carvalho presta depoimento há cerca de meia hora ao Conselho de Ética para esclarecer sua ligação com a Planam. O ex-assessor foi convocado pelo senador Jefferson Peres (PDT-AM), que relata o processo contra Suassuna no Conselho.

No início do depoimento, Carvalho solicitou que sua fala fosse reservada. Apenas os senadores do Conselho e alguns assessores acompanham o depoimento do ex-assessor, que é fechado à imprensa.

Hoje também serão ouvidos pelo Conselho de Ética do Senado a chefe da assessoria parlamentar do Ministério da Saúde, Marilane Cavalcati de Albuquerque, a ex-assessora do ministério Maria da Penha Lino, o genro da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), Paulo Roberto Ribeiro, além do genro do empresário Luiz Antônio Vedoin, Ivo Spíndola.

Especial
  • Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página