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06/09/2006 - 15h39

Maria da Penha nega participação na máfia das ambulâncias

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

A ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino negou hoje em depoimento ao Conselho de Ética do Senado qualquer envolvimento na máfia dos sanguessugas. Muito emocionada, a ex-assessora disse que nunca agiu a mando dos empresários Luiz Antonio e Darci Vedoin para facilitar a liberação de recursos para a compra superfaturada de ambulâncias.

"Eu nunca tive o poder que me deram. Eu não poderia fazer com que áreas técnicas do Ministério aprovassem convênios [com a Planam]. E pela minha ética, eu jamais atenderia a esses pedidos", afirmou Maria da Penha.

A ex-assessora chegou às lágrimas por duas vezes durante o depoimento. Disse que foi apontada como integrante da máfia por ter trabalhado na Planam entre os anos de 2004 e 2005.

"A Polícia Federal já investigava a Planam há muitos anos e Tinha que comprovar o envolvimento de alguém. Como eu tinha trabalhado na Planam, no momento era oportuno para dizer que eu era o braço da empresa lá dentro [no Ministério]", afirmou.

Maria da Penha disse que foi "usada" pelos Vedoin, que não relataram à Polícia Federal nem à Justiça sobre a sua inocência. Ao ser questionada pelos senadores sobre o grau de honestidade de Darci e Luiz Antonio Vedoin, a ex-assessora deu nota 1, na escala de zero a 10.

A ex-assessora negou ter tido contato com o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) no período em que trabalhou no Ministério da Saúde. E garantiu não ter conhecimento de possíveis ligações de Suassuna com a máfia dos sanguessugas. Maria da Penha também não apresentou novidades a respeito dos outros senadores acusados de envolvimento com a máfia sanguessuga: Serys Slhessarenko (PT-MT) e Magno Malta (PL-ES).

Depoimento aberto

Ao contrário do depoimento do ex-assessor de Suassuna ao Conselho de Ética, Marcelo Cardoso de Carvalho, Maria da Penha falou ao Conselho publicamente, em sessão aberta. Depois da ex-assessora, prestou depoimento a atual assessora do Ministério da Saúde, Marilane de Albuquerque.

Ela também negou em depoimento aberto ter conhecimento de irregularidades no Ministério que possam ter contribuído para a ação da máfia sanguessuga. A assessora disse que teve contatos com vários parlamentares e assessores de deputados e senadores no Ministério da Saúde, mas afirmou que faz parte da sua função manter contato com diversos parlamentares --sem qualquer relação com as irregularidades.

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