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06/09/2006
-
22h30
FRANCISCO FIGUEIREDO
da Agência Folha
O empresário José Wilson Siqueira Campos Júnior, 49, filho do candidato ao governo do Tocantins José Wilson Siqueira Campos (PSDB), 78, entregou ontem ao Ministério Público Federal documentos que, segundo ele, comprovam que seu pai comanda uma "organização criminosa" no Estado.
De acordo com Júnior, entre os documentos estão papéis que indicam como uma propriedade de 1.004 hectares próxima a Palmas foi repassada a um "laranja" de seu pai cerca de dois anos depois de ser desapropriada pelo governo do Estado, além de supostas provas de ligação de sua família com o que classifica como um "império de comunicação" no Tocantins.
Ainda segundo o filho do ex-governador, os bens de seu pai em nome de terceiros somam dezenas de milhões de reais. À Justiça Eleitoral, Siqueira Campos declarou um patrimônio de R$ 431 mil, do qual não faz parte nenhuma empresa. Apesar disso, o candidato declarou ser empresário em seu registro de candidatura.
"Ele apresentou elementos concretos que demandam apuração", disse Adrian Ziemba, procurador da República no Tocantins. De acordo com o procurador, as acusações não se restringem à Justiça Eleitoral e contribuem com outros materiais já em posse do Ministério Público.
Júnior aguarda intimação da Polícia Federal para prestar depoimento formal sobre o caso. Ele diz não ser esta a primeira vez que encaminha documentos ao MP, nem a última. "Tenho 32,7 quilos de documentos."
Procurado, Siqueira Campos informou, por meio de sua assessoria, que estava em campanha no interior do Estado e que, por se tratar de tema delicado que envolve membro da família, preferia não se pronunciar.
Em nota, a coligação pela qual concorre Siqueira Campos afirmou que Júnior "tem promovido diversas ações com fins eleitoreiros, a fim de tumultuar o processo sucessório no Tocantins, servindo de massa de manobra dos adversários do ex-governador Siqueira Campos".
Ainda segundo a nota, o filho do candidato se aproveita da proximidade das eleições para fazer acusações que só poderão ser devidamente esclarecidas após o pleito.
Júnior nega qualquer motivação política ou interesse em herança. "Não quero nada, só a verdade", afirmou ele. Em março, Júnior organizou uma invasão de moradores de áreas pobres de Palmas à área supostamente grilada por seu pai.
Siqueira Campos tenta chegar ao seu quarto mandato como governador. Em 2002, foi o principal cabo eleitoral do atual governador, Marcelo Miranda (PMDB), que concorre à reeleição depois de romper com o tucano durante o governo. Os dois polarizam a disputa.
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Filho acusa Siqueira Campos de comandar organização criminosa
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da Agência Folha
O empresário José Wilson Siqueira Campos Júnior, 49, filho do candidato ao governo do Tocantins José Wilson Siqueira Campos (PSDB), 78, entregou ontem ao Ministério Público Federal documentos que, segundo ele, comprovam que seu pai comanda uma "organização criminosa" no Estado.
De acordo com Júnior, entre os documentos estão papéis que indicam como uma propriedade de 1.004 hectares próxima a Palmas foi repassada a um "laranja" de seu pai cerca de dois anos depois de ser desapropriada pelo governo do Estado, além de supostas provas de ligação de sua família com o que classifica como um "império de comunicação" no Tocantins.
Ainda segundo o filho do ex-governador, os bens de seu pai em nome de terceiros somam dezenas de milhões de reais. À Justiça Eleitoral, Siqueira Campos declarou um patrimônio de R$ 431 mil, do qual não faz parte nenhuma empresa. Apesar disso, o candidato declarou ser empresário em seu registro de candidatura.
"Ele apresentou elementos concretos que demandam apuração", disse Adrian Ziemba, procurador da República no Tocantins. De acordo com o procurador, as acusações não se restringem à Justiça Eleitoral e contribuem com outros materiais já em posse do Ministério Público.
Júnior aguarda intimação da Polícia Federal para prestar depoimento formal sobre o caso. Ele diz não ser esta a primeira vez que encaminha documentos ao MP, nem a última. "Tenho 32,7 quilos de documentos."
Procurado, Siqueira Campos informou, por meio de sua assessoria, que estava em campanha no interior do Estado e que, por se tratar de tema delicado que envolve membro da família, preferia não se pronunciar.
Em nota, a coligação pela qual concorre Siqueira Campos afirmou que Júnior "tem promovido diversas ações com fins eleitoreiros, a fim de tumultuar o processo sucessório no Tocantins, servindo de massa de manobra dos adversários do ex-governador Siqueira Campos".
Ainda segundo a nota, o filho do candidato se aproveita da proximidade das eleições para fazer acusações que só poderão ser devidamente esclarecidas após o pleito.
Júnior nega qualquer motivação política ou interesse em herança. "Não quero nada, só a verdade", afirmou ele. Em março, Júnior organizou uma invasão de moradores de áreas pobres de Palmas à área supostamente grilada por seu pai.
Siqueira Campos tenta chegar ao seu quarto mandato como governador. Em 2002, foi o principal cabo eleitoral do atual governador, Marcelo Miranda (PMDB), que concorre à reeleição depois de romper com o tucano durante o governo. Os dois polarizam a disputa.
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