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16/09/2006
-
13h21
da Folha Online
O surgimento do suposto dossiê com denúncias contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin gerou polêmica e um princípio de troca de acusações no meio político. Alckmin, candidato a presidente, afirmou se tratar de "mais um caso de corrupção ligado ao PT", enquanto o petista Aloizio Mercadante, candidato ao governo paulista, repudiou o caso.
Hoje, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (do PFL, aliado ao PSDB), chamou de "armação triste", de "véspera das eleições". "Já era um fato repetitivo nas outras eleições e agora, outro grupo faz a mesma coisa que no passado outros fizeram", afirmou, após cerimônia no centro da capital paulista.
Pela manhã, Mercadante repudiou o episódio. "Acho que esse caminho nunca é bom para a política. Nós temos que divergir, fazer a questão política, apresentar propostas, ganhar a eleição no debate, apresentando alternativas para eleitores", disse o candidato, em campanha pela zona leste da capital.
Ontem, Serra, candidato ao governo paulista, deu uma breve declaração para a Rede Globo, em que afirma ser "uma baixaria de campanha" contra sua candidatura. Quando surgiram as primeiras notícias na imprensa, Serra chamou de "kit baixaria do PT", durante campanha na zona sul da capital paulista, na quinta-feira.
A acusação contra o PT também foi repisada por Alckmin na tarde de ontem, em termos ainda mais duros. "[Mais um caso de corrupção, de dinheiro sujo, estelionato, chantagem ligado ao PT. É dever da polícia apresentar os criminosos à sociedade, à opinião pública", afirmou ele, em campanha no Paraná, para acrescentar: "Você vê uma mentira política, um crime, uma chantagem e logo aparece do que se trata: uma ação política incorreta do PT e de pessoas ligadas ao PT".
O PT ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas pode divulgar uma nota à imprensa até o final desta tarde.
Vedoin e sanguessugas
Ontem, a Polícia Federal prendeu Luiz Antônio Vedoin --acusado de chefiar a máfia dos sanguessugas-- que enfrenta a acusação de tentar vender um dossiê para Valdebran Padilha, filiado ao PT de Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos, que foram detidos com R$ 1,7 milhão --R$ 1,168 milhão e mais US$ 248 mil em um hotel na capital paulista.
A PF suspeita que o dinheiro seria usado para comprar o suposto dossiê: uma fita de vídeo, fotografias e documentos que supostamente comprometeriam Serra e Alckmin.
Vedoin, em entrevista publicada na edição mais recente da revista "Istoé", afirmou que o esquema de compra superfaturada de ambulâncias teria começado quando Serra era ministro da Saúde do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A prisão de Vedoin aconteceu depois do depoimento à PF de Paulo Roberto Dalcol Trevisan, primo de Vedoin, no qual Trevisan disse ter recebido de Vedoin o material contra os dois candidatos tucanos.
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O surgimento do suposto dossiê com denúncias contra os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin gerou polêmica e um princípio de troca de acusações no meio político. Alckmin, candidato a presidente, afirmou se tratar de "mais um caso de corrupção ligado ao PT", enquanto o petista Aloizio Mercadante, candidato ao governo paulista, repudiou o caso.
Hoje, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (do PFL, aliado ao PSDB), chamou de "armação triste", de "véspera das eleições". "Já era um fato repetitivo nas outras eleições e agora, outro grupo faz a mesma coisa que no passado outros fizeram", afirmou, após cerimônia no centro da capital paulista.
Pela manhã, Mercadante repudiou o episódio. "Acho que esse caminho nunca é bom para a política. Nós temos que divergir, fazer a questão política, apresentar propostas, ganhar a eleição no debate, apresentando alternativas para eleitores", disse o candidato, em campanha pela zona leste da capital.
Ontem, Serra, candidato ao governo paulista, deu uma breve declaração para a Rede Globo, em que afirma ser "uma baixaria de campanha" contra sua candidatura. Quando surgiram as primeiras notícias na imprensa, Serra chamou de "kit baixaria do PT", durante campanha na zona sul da capital paulista, na quinta-feira.
A acusação contra o PT também foi repisada por Alckmin na tarde de ontem, em termos ainda mais duros. "[Mais um caso de corrupção, de dinheiro sujo, estelionato, chantagem ligado ao PT. É dever da polícia apresentar os criminosos à sociedade, à opinião pública", afirmou ele, em campanha no Paraná, para acrescentar: "Você vê uma mentira política, um crime, uma chantagem e logo aparece do que se trata: uma ação política incorreta do PT e de pessoas ligadas ao PT".
O PT ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas pode divulgar uma nota à imprensa até o final desta tarde.
Vedoin e sanguessugas
Ontem, a Polícia Federal prendeu Luiz Antônio Vedoin --acusado de chefiar a máfia dos sanguessugas-- que enfrenta a acusação de tentar vender um dossiê para Valdebran Padilha, filiado ao PT de Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos, que foram detidos com R$ 1,7 milhão --R$ 1,168 milhão e mais US$ 248 mil em um hotel na capital paulista.
A PF suspeita que o dinheiro seria usado para comprar o suposto dossiê: uma fita de vídeo, fotografias e documentos que supostamente comprometeriam Serra e Alckmin.
Vedoin, em entrevista publicada na edição mais recente da revista "Istoé", afirmou que o esquema de compra superfaturada de ambulâncias teria começado quando Serra era ministro da Saúde do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
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