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18/09/2006
-
09h33
MARTA SALOMON
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A pretexto da inclusão de fotos do presidenciável tucano Geraldo Alckmin no dossiê negociado com um dos chefes da máfia dos sanguessugas e da suspeita de que o governo tentaria abafar o caso, o PSDB e o PFL irão hoje ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) questionar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a 13 dias das eleições.
Logo cedo, o advogado da coligação que apóia Alckmin apresentará queixa de crime contra o suposto envolvimento do PT na intermediação da compra de imagens, documentos e da entrevista que mostrariam proximidade do presidenciável tucano e do candidato do PSDB ao governo de SP, José Serra, com a máfia dos sanguessugas, que fraudava licitações para a compra de ambulâncias com dinheiro público.
Junto com a notícia-crime, os dois partidos apresentam à Justiça Eleitoral pedido de investigação do caso. "Há um certo receio de demora da Polícia Federal em esclarecer a origem do dinheiro destinado à compra do dossiê", disse Tasso Jereissati, presidente do PSDB.
"Temos a notícia de que a PF já identificou o indivíduo do PT responsável pela entrega do dinheiro e não divulgou a informação nem divulgou fotos do dinheiro", disse Jereissati sobre o R$ 1,7 milhão apreendido na sexta-feira com Valdebran Carlos Padilha da Silva e Gedimar Pereira Passos, em SP.
"Temos de apurar quem são os personagens do PT envolvidos no falso dossiê contra Alckmin e Serra", insistiu o senador Jorge Bornhausen (SC), presidente do PFL. Como Tasso, ele lança suspeitas contra a atuação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. "Ele [o ministro] está funcionando como criminalista do Lula e tentando impedir investigações".
Procurado por Tasso no sábado, o ministro da Justiça se comprometeu com uma investigação imparcial do caso.
Bastos disse que a PF trabalhará com isenção e negou tentativa de abafar o caso. Segundo ele, não se pode duvidar de uma polícia que foi a responsável pela prisão das pessoas que tentavam negociar o dossiê. Tasso e Bornhausen marcaram encontro com o presidente do TSE, Marco Aurélio de Mello, às 15h, no Rio, para cobrar providências sobre o episódio.
"Não sei se há crime eleitoral e se o caso diz respeito à eleição presidencial. O órgão competente é a Justiça Eleitoral. Mas vai depender dos elementos existentes", comentou o ministro. "Sou servidor público e disse que os receberia [os presidentes do PSDB e do PFL] como receberia o presidente do PT, se ele me procurasse".
A punição mais grave para eventual crime eleitoral seria a cassação do registro de candidatura de Lula. Tasso não comentou se a expectativa do partido é uma mudança no quadro das pesquisas de intenção de voto às vésperas da disputa do primeiro turno.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Tucanos acionam chapa de Lula no TSE
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
A pretexto da inclusão de fotos do presidenciável tucano Geraldo Alckmin no dossiê negociado com um dos chefes da máfia dos sanguessugas e da suspeita de que o governo tentaria abafar o caso, o PSDB e o PFL irão hoje ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) questionar a candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a 13 dias das eleições.
Logo cedo, o advogado da coligação que apóia Alckmin apresentará queixa de crime contra o suposto envolvimento do PT na intermediação da compra de imagens, documentos e da entrevista que mostrariam proximidade do presidenciável tucano e do candidato do PSDB ao governo de SP, José Serra, com a máfia dos sanguessugas, que fraudava licitações para a compra de ambulâncias com dinheiro público.
Junto com a notícia-crime, os dois partidos apresentam à Justiça Eleitoral pedido de investigação do caso. "Há um certo receio de demora da Polícia Federal em esclarecer a origem do dinheiro destinado à compra do dossiê", disse Tasso Jereissati, presidente do PSDB.
"Temos a notícia de que a PF já identificou o indivíduo do PT responsável pela entrega do dinheiro e não divulgou a informação nem divulgou fotos do dinheiro", disse Jereissati sobre o R$ 1,7 milhão apreendido na sexta-feira com Valdebran Carlos Padilha da Silva e Gedimar Pereira Passos, em SP.
"Temos de apurar quem são os personagens do PT envolvidos no falso dossiê contra Alckmin e Serra", insistiu o senador Jorge Bornhausen (SC), presidente do PFL. Como Tasso, ele lança suspeitas contra a atuação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. "Ele [o ministro] está funcionando como criminalista do Lula e tentando impedir investigações".
Procurado por Tasso no sábado, o ministro da Justiça se comprometeu com uma investigação imparcial do caso.
Bastos disse que a PF trabalhará com isenção e negou tentativa de abafar o caso. Segundo ele, não se pode duvidar de uma polícia que foi a responsável pela prisão das pessoas que tentavam negociar o dossiê. Tasso e Bornhausen marcaram encontro com o presidente do TSE, Marco Aurélio de Mello, às 15h, no Rio, para cobrar providências sobre o episódio.
"Não sei se há crime eleitoral e se o caso diz respeito à eleição presidencial. O órgão competente é a Justiça Eleitoral. Mas vai depender dos elementos existentes", comentou o ministro. "Sou servidor público e disse que os receberia [os presidentes do PSDB e do PFL] como receberia o presidente do PT, se ele me procurasse".
A punição mais grave para eventual crime eleitoral seria a cassação do registro de candidatura de Lula. Tasso não comentou se a expectativa do partido é uma mudança no quadro das pesquisas de intenção de voto às vésperas da disputa do primeiro turno.
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