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18/09/2006
-
17h14
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
A denúncia de que um assessor especial da Presidência da República seria o suposto operador da compra de um dossiê contra tucanos, mudou os ânimos na campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. A avaliação é que o escândalo, pela proximidade com o gabinete de Lula, deve afetar a campanha do petista e pode garantir o segundo turno.
O líder do PSDB no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que é um novo "Waldomiro" que surge, em referência a Freud Godoy. "Trata-se de um assessor direto do presidente. Essa bomba cai dentro do Palácio do Planalto. Freud é uma pessoa do Gilberto Carvalho [chefe de gabinete do presidente Lula]. Nós estamos com a reedição do caso Waldomiro, mas de forma mais explosiva", disse Agripino.
Waldomiro Diniz foi flagrado cobrando propina de empresários de casas de jogos. A denúncia veio à tona quando ele era assessor do então ministro José Dirceu.
Assessor da Presidência e ex-coordenador de segurança das últimas quatro campanhas de Lula ao Planalto, Freud foi apontado pelo advogado Gedimar Passos como o responsável pela operação que resultaria no pagamento de R$ 1,7 milhão pela compra de material contra José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, e Geraldo Alckmin. O material teria sido encomendado pelo PT de São Paulo, que nega a denúncia. A divulgação do seu nome, o fez pedir demissão hoje.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), disse que se o escândalo for "bem administrado" pela oposição pode trazer ganhos para a campanha de Alckmin. "Nós precisamos mostrar para o eleitorado que o modelo de corrupção do PT não se esgotou com as CPIs. É o modelo de corrupção implantado pelo PT, onde os fins justificam os meios", disse.
O menos entusiasmado é o vice na chapa de Alckmin, senador José Jorge (PFL-PE). "Não sei [se terá repercussão na campanha]. Acho que enquanto não aparecer a foto do dinheiro não pega", disse. Em discurso no plenário do Senado, José Jorge levantou suspeitas de que Freud também teve seu nome envolvido no escândalo do morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
A Folha Online entrou em contato com o deputado Romeu Tuma, na época delegado do caso, e o promotor de São Paulo Roberto Wider. Ambos negaram terem ouvido citação a Freud Godoy.
Especial
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Para oposição, Freud é o "Waldomiro" do chefe de gabinete de Lula
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da Folha Online, em Brasília
A denúncia de que um assessor especial da Presidência da República seria o suposto operador da compra de um dossiê contra tucanos, mudou os ânimos na campanha de Geraldo Alckmin (PSDB) à Presidência da República. A avaliação é que o escândalo, pela proximidade com o gabinete de Lula, deve afetar a campanha do petista e pode garantir o segundo turno.
O líder do PSDB no Senado, José Agripino Maia (RN), disse que é um novo "Waldomiro" que surge, em referência a Freud Godoy. "Trata-se de um assessor direto do presidente. Essa bomba cai dentro do Palácio do Planalto. Freud é uma pessoa do Gilberto Carvalho [chefe de gabinete do presidente Lula]. Nós estamos com a reedição do caso Waldomiro, mas de forma mais explosiva", disse Agripino.
Waldomiro Diniz foi flagrado cobrando propina de empresários de casas de jogos. A denúncia veio à tona quando ele era assessor do então ministro José Dirceu.
Assessor da Presidência e ex-coordenador de segurança das últimas quatro campanhas de Lula ao Planalto, Freud foi apontado pelo advogado Gedimar Passos como o responsável pela operação que resultaria no pagamento de R$ 1,7 milhão pela compra de material contra José Serra, candidato do PSDB ao governo de São Paulo, e Geraldo Alckmin. O material teria sido encomendado pelo PT de São Paulo, que nega a denúncia. A divulgação do seu nome, o fez pedir demissão hoje.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), disse que se o escândalo for "bem administrado" pela oposição pode trazer ganhos para a campanha de Alckmin. "Nós precisamos mostrar para o eleitorado que o modelo de corrupção do PT não se esgotou com as CPIs. É o modelo de corrupção implantado pelo PT, onde os fins justificam os meios", disse.
O menos entusiasmado é o vice na chapa de Alckmin, senador José Jorge (PFL-PE). "Não sei [se terá repercussão na campanha]. Acho que enquanto não aparecer a foto do dinheiro não pega", disse. Em discurso no plenário do Senado, José Jorge levantou suspeitas de que Freud também teve seu nome envolvido no escândalo do morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel.
A Folha Online entrou em contato com o deputado Romeu Tuma, na época delegado do caso, e o promotor de São Paulo Roberto Wider. Ambos negaram terem ouvido citação a Freud Godoy.
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