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19/09/2006
-
13h35
FELIPE NEVES
da Folha Online
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu nesta terça-feira que o partido deve abrir um processo interno para apurar o episódio da compra de um dossiê contra os candidatos do PSDB José Serra e Geraldo Alckmin.
"Eu acho e recomendo ao presidente Ricardo Berzoini que, de pronto, se instaure um processo de apuração, o mais completo a respeito, porque o procedimento foi inteiramente condenável", afirmou Suplicy pouco antes do lançamento oficial do programa de governo de Aloizio Mercadante.
Para o senador, a instauração de um processo interno vai mostrar à sociedade que o PT quer esclarecer os fatos. Sem isso, opina, o partido pode sair prejudicado nas eleições.
"Acho que o Partido dos Trabalhadores precisa mostrar, o mais rapidamente possível, o seu empenho em elucidar inteiramente os episódios, até para que não haja prejuízo para nós nas eleições de 1º de outubro", disse.
Suplicy afirmou ainda que a postura da Polícia Federal e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, mostra que o governo federal e, por conseguinte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão bastante empenhados em esclarecer o caso.
Questionado sobre o fato da PF não ter mostrado ao público o dinheiro apreendido com Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha, o senador disse que não entendia o motivo. Afirmou, ainda, que também está curioso para ver as notas.
"Não vejo qualquer problema que possa prejudicar a apuração dos fatos, ao tornar transparente o tipo de nota encontrado."
O caso
Gedimar foi preso pela Polícia Federal na sexta-feira em São Paulo juntamente com Valdebran, filiado ao PT do Mato Grosso. Com eles, a PF apreendeu R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria usado na compra de um dossiê que vincularia José Serra, candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, com a máfia das ambulâncias.
À PF, Gedimar disse que o dinheiro veio do PT e que seu contato no partido seria alguém chamado "Freud", o que provocou a demissão do assessor pessoal do presidente Lula, Freud Godoy.
Especial
Leia cobertura completa das eleições 2006
Leia a cobertura completa sobre a máfia das ambulâncias
Suplicy defende que PT investigue caso de compra de dossiê
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da Folha Online
O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) defendeu nesta terça-feira que o partido deve abrir um processo interno para apurar o episódio da compra de um dossiê contra os candidatos do PSDB José Serra e Geraldo Alckmin.
"Eu acho e recomendo ao presidente Ricardo Berzoini que, de pronto, se instaure um processo de apuração, o mais completo a respeito, porque o procedimento foi inteiramente condenável", afirmou Suplicy pouco antes do lançamento oficial do programa de governo de Aloizio Mercadante.
Para o senador, a instauração de um processo interno vai mostrar à sociedade que o PT quer esclarecer os fatos. Sem isso, opina, o partido pode sair prejudicado nas eleições.
"Acho que o Partido dos Trabalhadores precisa mostrar, o mais rapidamente possível, o seu empenho em elucidar inteiramente os episódios, até para que não haja prejuízo para nós nas eleições de 1º de outubro", disse.
Suplicy afirmou ainda que a postura da Polícia Federal e do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, mostra que o governo federal e, por conseguinte, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão bastante empenhados em esclarecer o caso.
Questionado sobre o fato da PF não ter mostrado ao público o dinheiro apreendido com Gedimar Pereira Passos e Valdebran Padilha, o senador disse que não entendia o motivo. Afirmou, ainda, que também está curioso para ver as notas.
"Não vejo qualquer problema que possa prejudicar a apuração dos fatos, ao tornar transparente o tipo de nota encontrado."
O caso
Gedimar foi preso pela Polícia Federal na sexta-feira em São Paulo juntamente com Valdebran, filiado ao PT do Mato Grosso. Com eles, a PF apreendeu R$ 1,7 milhão. O dinheiro seria usado na compra de um dossiê que vincularia José Serra, candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB, com a máfia das ambulâncias.
À PF, Gedimar disse que o dinheiro veio do PT e que seu contato no partido seria alguém chamado "Freud", o que provocou a demissão do assessor pessoal do presidente Lula, Freud Godoy.
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