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02/10/2006 - 03h37

Saiba mais sobre o governador eleito de São Paulo

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da Folha Online

O ex-prefeito de São Paulo José Serra (PSDB), 64, confirmou as pesquisas e venceu, com folga, a disputa ao governo de São Paulo no primeiro turno. Ele bateu o senador Aloizio Mercadante (PT), 52.

A vitória de Serra mantém a hegemonia do PSDB no Estado. Desde 1994, quando Mário Covas foi eleito governador, o partido domina São Paulo. Em 1998, Covas foi reeleito. Antes de terminar o segundo mandato, em 2001, ele teve que se licenciar por causa de um câncer --que culminaria com a sua morte. Geraldo Alckmin, então vice, assumiu o governo e foi reeleito em 2002.

"Quero agradecer ao povo [do Estado] de São Paulo e também ao povo de minha cidade de São Paulo que fez com que eu tivesse a maior votação já obtida por um governador no primeiro turno", afirmou o tucano em comemoração na região de Pinheiros, zona oeste da capital paulista.

Com 99,92% das urnas apuradas, à 1h desta segunda-feira, Serra havia sido o escolhido de 12.373.391 eleitores, o que representa 57,94% dos votos válidos no Estado.

Histórico

Casado e pai de dois filhos, José Serra, 64, iniciou sua vida política no movimento estudantil no início dos anos 60. Aos 21 anos, ele já era presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes). Perseguido pela ditadura militar, passou 14 anos no exílio, período que marcou sua formação pessoal e intelectual.

Serra passou pela França, mas permaneceu a maior parte do tempo no Chile e nos Estados Unidos. No exterior, após ter sido impedido de concluir o curso de engenharia que iniciara na Politécnica, se estabeleceu de vez na área econômica.

No Chile fez seu mestrado na Escolatina (Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile) e deu aula de matemática para economistas em um órgão da Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), da ONU. Foi no Chile que Serra trabalhou ao lado do sociólogo Fernando Henrique Cardoso.

No país sul-americano, Serra conheceu sua mulher, a então bailarina Sílvia Mônica Allende, e teve seus dois filhos, Verônica e Luciano. Em 1973, com o golpe do general Pinochet, a família toda seguiu para os EUA. Nas universidades de Cornell e Princeton, Serra continuou seu estudo acadêmico (concluiu o doutorado) e se aproximou mais ainda de FHC.

Serra voltou ao Brasil em 1978, antes da anistia concedida no ano seguinte aos exilados, com um perfil bem mais moderado do que o estudante dos anos 60. Antes de se tornar professor na Unicamp (Universidade de Campinas), tentou se eleger deputado pelo MDB, mas teve a candidatura impugnada.

Enquanto lecionava, se engajou na coordenação da campanha de FHC ao Senado. Serra iniciou sua vida política, de fato, como secretário de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo, em 1983, durante o governo Franco Montoro (1983-1987). Três anos depois, foi eleito deputado federal e, em 1990, reeleito.

Em 1994, foi eleito senador com 6,5 milhões de votos. No ano seguinte, porém, deixou o cargo para integrar a equipe do então presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Foi ministro do Planejamento de 1995 a 1996 e deixou a pasta para concorrer, relutante, à Prefeitura de São Paulo --ficou atrás de Celso Pitta e de Luiza Erundina.

Voltou ao governo em 1998 como ministro da Saúde, cargo ocupado até fevereiro de 2002. Naquele ano, disputou a Presidência da República, quando perdeu para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em 2004, levou pela primeira vez o PSDB à Prefeitura de São Paulo, vencendo Marta Suplicy (PT), que tentava a reeleição.

Especial
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