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02/10/2006
-
12h54
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília
Apenas sete dos 29 partidos políticos conseguiram ultrapassar a cláusula de barreira, conforme dados preliminares divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). São eles: PT, PSDB, PFL, PMDB, PP, PDT e PSB, que conseguiram reunir 5% dos votos nacionais e 2% dos votos em nove Estados nas eleições deste domingo.
O PSB, por exemplo, conseguiu atingir a meta ajudado por nomes como Ciro Gomes, eleito deputado federal com quase 667 mil votos, Márcio França, com 215 mil votos, e Luiza Erundina, que teve 195 mil votos.
Assim, legendas como o PPS, PV, PC do B, PSOL, PTB, PL, PSC, Prona e PTC não conseguiram ultrapassar a cláusula e podem perder representatividade em 2007.
Os partidos que não atingirem a cláusula de barreira não deixarão de existir. Mas serão impedidos de presidir comissões, não terão direito aos recursos do Fundo Partidário nem terão tempo de TV. A previsão é que os dados oficiais sejam divulgados nesta terça-feira.
Alternativas
Lideranças dos partidos que não conseguiram atingir a meta indicam dois caminhos para tentar sobreviver: a fusão ou a união dessas legendas numa federação. "Todos os partidos que não conseguiram ultrapassar a cláusula vão perder força, mas não necessariamente serão extintos. Tem que se pensar alternativas", avaliou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE).
Freire aposta numa fusão com o PV para garantir a sobrevivência política do PPS. O deputado não acredita na federação de partidos --medida que ainda precisa de aprovação do Congresso.
"A federação é algo contrário à cláusula de barreira, que tem como objetivo diminuir o número de partidos. Nós vamos com o PV discutir uma frente de esquerda democrática, a exemplo do que fez a esquerda espanhola", disse.
Com a fusão seria criado um único partido, mas com a garantia de autonomia programática para as legendas que se juntarem. Já a federação consiste em reunir os partidos sob o mesmo teto, que continuariam existindo com seus nomes atuais.
Freire disse que o PPS tinha expectativa de ultrapassar a cláusula, mas não conseguiu atingir em São Paulo os votos que pretendia, além de não ter se preparado para disputar as eleições em Estados como Goiás e Maranhão.
PTB
O líder do PTB na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PE), disse que o partido foi surpreendido com o resultado da eleição para a Câmara dos Deputados. Múcio avalia que a legenda foi prejudicada com o envolvimento de alguns de seus parlamentares nos escândalos do mensalão e dos sanguessugas. "Nós achávamos que iríamos ultrapassar. Vamos amanhã fazer uma reunião para ver o que fazer", conformou-se.
O PSOL promete travar uma guerra no Congresso para acabar com o mecanismo da cláusula de barreira. O deputado Ivan Valente (SP) disse que como é uma legenda ideológica, está descartada a hipótese de o PSOL se fundir ou aceitar participar de uma federação. "Vamos lutar para rediscutir na Câmara a clausula de barreira, mas achamos que isso não inviabiliza o partido. Vamos falar no Congresso como deputados que são referências", disse.
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Erramos: Apenas sete partidos atingem cláusula de barreira
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da Folha Online, em Brasília
Apenas sete dos 29 partidos políticos conseguiram ultrapassar a cláusula de barreira, conforme dados preliminares divulgados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). São eles: PT, PSDB, PFL, PMDB, PP, PDT e PSB, que conseguiram reunir 5% dos votos nacionais e 2% dos votos em nove Estados nas eleições deste domingo.
O PSB, por exemplo, conseguiu atingir a meta ajudado por nomes como Ciro Gomes, eleito deputado federal com quase 667 mil votos, Márcio França, com 215 mil votos, e Luiza Erundina, que teve 195 mil votos.
Assim, legendas como o PPS, PV, PC do B, PSOL, PTB, PL, PSC, Prona e PTC não conseguiram ultrapassar a cláusula e podem perder representatividade em 2007.
Os partidos que não atingirem a cláusula de barreira não deixarão de existir. Mas serão impedidos de presidir comissões, não terão direito aos recursos do Fundo Partidário nem terão tempo de TV. A previsão é que os dados oficiais sejam divulgados nesta terça-feira.
Alternativas
Lideranças dos partidos que não conseguiram atingir a meta indicam dois caminhos para tentar sobreviver: a fusão ou a união dessas legendas numa federação. "Todos os partidos que não conseguiram ultrapassar a cláusula vão perder força, mas não necessariamente serão extintos. Tem que se pensar alternativas", avaliou o presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (PE).
Freire aposta numa fusão com o PV para garantir a sobrevivência política do PPS. O deputado não acredita na federação de partidos --medida que ainda precisa de aprovação do Congresso.
"A federação é algo contrário à cláusula de barreira, que tem como objetivo diminuir o número de partidos. Nós vamos com o PV discutir uma frente de esquerda democrática, a exemplo do que fez a esquerda espanhola", disse.
Com a fusão seria criado um único partido, mas com a garantia de autonomia programática para as legendas que se juntarem. Já a federação consiste em reunir os partidos sob o mesmo teto, que continuariam existindo com seus nomes atuais.
Freire disse que o PPS tinha expectativa de ultrapassar a cláusula, mas não conseguiu atingir em São Paulo os votos que pretendia, além de não ter se preparado para disputar as eleições em Estados como Goiás e Maranhão.
PTB
O líder do PTB na Câmara, deputado José Múcio Monteiro (PE), disse que o partido foi surpreendido com o resultado da eleição para a Câmara dos Deputados. Múcio avalia que a legenda foi prejudicada com o envolvimento de alguns de seus parlamentares nos escândalos do mensalão e dos sanguessugas. "Nós achávamos que iríamos ultrapassar. Vamos amanhã fazer uma reunião para ver o que fazer", conformou-se.
O PSOL promete travar uma guerra no Congresso para acabar com o mecanismo da cláusula de barreira. O deputado Ivan Valente (SP) disse que como é uma legenda ideológica, está descartada a hipótese de o PSOL se fundir ou aceitar participar de uma federação. "Vamos lutar para rediscutir na Câmara a clausula de barreira, mas achamos que isso não inviabiliza o partido. Vamos falar no Congresso como deputados que são referências", disse.
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