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03/10/2006
-
10h48
MATHEUS PICHONELLI
da Folha de S.Paulo
Dois ex-governadores de São Paulo que disputavam uma vaga na Câmara dos Deputados viveram situações distintas ontem após a divulgação do resultado das urnas.
De um lado, Paulo Salim Maluf (PP), 75, que, com 739.827 votos, tornou-se o candidato mais lembrado do Estado nestas eleições. De outro, o deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB), 58, que não teve sucesso na busca por um novo mandato.
Ontem, Maluf comemorava o fato de ter sido lembrado por eleitores de várias partes do Estado e atribuiu o resultado às obras realizadas em suas gestões. Mesmo assim, admitiu ter se surpreendido com os números da votação.
Também demonstrando surpresa com a apuração, Fleury disse que uma possível explicação para o revés tenha sido seu trabalho como parlamentar: "Assumi tarefas em comissões, me dediquei integralmente, e não tive tanto tempo para a campanha".
Para Fleury, o sistema político acaba punindo o bom parlamentar, que fica distante das bases. Outros fatores para a derrota, segundo ele, seriam o desgaste vivido pelo Congresso nos últimos anos e o fato de que algumas de suas propostas, como o projeto que institui o voto aberto nas sessões parlamentares, não terem tido boa visibilidade.
Já para Maluf, o desempenho na campanha --segundo ele "limpa e sem ódio"-- foi fundamental: "Eu ligava para as rádios e jornais das cidades e agendava debates para o dia seguinte. Era sempre muito bem-vindo. Sem pedir votos, apenas propunha debates."
Maluf se prepara para voltar a Brasília 21 anos após ter sido preterido na escolha do Colégio Eleitoral para a Presidência da República em 1985. Para ele, o Congresso não está desacreditado. "Desacreditados estão os sanguessugas. Têm outros 400 deputados que são boa gente, mas que não estão na mídia." Questionado sobre seus planos, Maluf não mede palavras: "quero ser o melhor deputado".
Maluf, que está com os bens bloqueados e é investigado pela Justiça por desvio de recursos públicos e envio ilegal de remessas para o exterior, terá, na Câmara, o benefício do foro privilegiado.
Especial
Leia a cobertura especial das eleições 2006
Candidato mais votado, Maluf atribui resultado às obras realizadas em SP
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da Folha de S.Paulo
Dois ex-governadores de São Paulo que disputavam uma vaga na Câmara dos Deputados viveram situações distintas ontem após a divulgação do resultado das urnas.
De um lado, Paulo Salim Maluf (PP), 75, que, com 739.827 votos, tornou-se o candidato mais lembrado do Estado nestas eleições. De outro, o deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB), 58, que não teve sucesso na busca por um novo mandato.
Ontem, Maluf comemorava o fato de ter sido lembrado por eleitores de várias partes do Estado e atribuiu o resultado às obras realizadas em suas gestões. Mesmo assim, admitiu ter se surpreendido com os números da votação.
Também demonstrando surpresa com a apuração, Fleury disse que uma possível explicação para o revés tenha sido seu trabalho como parlamentar: "Assumi tarefas em comissões, me dediquei integralmente, e não tive tanto tempo para a campanha".
Para Fleury, o sistema político acaba punindo o bom parlamentar, que fica distante das bases. Outros fatores para a derrota, segundo ele, seriam o desgaste vivido pelo Congresso nos últimos anos e o fato de que algumas de suas propostas, como o projeto que institui o voto aberto nas sessões parlamentares, não terem tido boa visibilidade.
Já para Maluf, o desempenho na campanha --segundo ele "limpa e sem ódio"-- foi fundamental: "Eu ligava para as rádios e jornais das cidades e agendava debates para o dia seguinte. Era sempre muito bem-vindo. Sem pedir votos, apenas propunha debates."
Maluf se prepara para voltar a Brasília 21 anos após ter sido preterido na escolha do Colégio Eleitoral para a Presidência da República em 1985. Para ele, o Congresso não está desacreditado. "Desacreditados estão os sanguessugas. Têm outros 400 deputados que são boa gente, mas que não estão na mídia." Questionado sobre seus planos, Maluf não mede palavras: "quero ser o melhor deputado".
Maluf, que está com os bens bloqueados e é investigado pela Justiça por desvio de recursos públicos e envio ilegal de remessas para o exterior, terá, na Câmara, o benefício do foro privilegiado.
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